01. Causas:
• Tratado de Versalhes (1919) –
Revanchismo contra a Alemanha – Crescimento do Nacionalismo Alemão – Ascensão
do Nazismo – Belicismo / Expansionismo – Segunda guerra mundial.
Um dos mais
importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos
totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha
surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território
Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,
inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na
Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que
se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália
quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de
1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos
governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na
criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra,
navios, tanques etc).
Na Ásia, o
Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios
vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas,
uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e
com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
• Continuidade das Disputas
Imperialistas (expansionismo do Eixo):
- Japão: Manchúria (1931).
- Itália: Etiópia (1935).
- Alemanha: Sarre (1935), Renania
(1936), Áustria (1938), Tchecoslováquia (1939).
• Política de Apaziguamento
(Inglaterra e França): Concessões para evitar confronto – Conferência de
Munique (1939).
• Guerra civil espanhola
(1936-38): laboratório militar do eixo.
• Pacto Germano-soviético (1939):
Divisão da Polônia e Neutralidade da URSS.
• Causa Imediata: Invasão da
Polônia (1939).
02. Fases da Guerra:
• 1939-1941: Vitórias do Eixo -
Ocupação da França (1940), Batalha da Inglaterra (1940) e invasão da URSS
(1941). - O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas
pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia,
Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a
Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
• 1941 – 1943: Equilíbrio de
forças - Entrada dos EUA. - Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana
de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma
traição pelos norte-americanos, os Estados Unidos entraram no conflito ao lado
das forças aliadas.
• 1943 – 1945: Vitória dos
Aliados - Stalingrado, Ofensiva Soviética e Dia D. - De 1941 a 1945 ocorreram
as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso
inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que
sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas
frentes de batalhas.
- O Brasil participa diretamente,
enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força
Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a
região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
03. Consequências:
Este
importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da
Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda
sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre
as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte
de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição
nestas cidades.
Os prejuízos
foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de
mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e
dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave,
principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de
concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do
conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo
objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também
um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos,
Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo
norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar
suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
• Conferencias de Paz:
- Yalta (1945): ONU, Domínio
soviético na Europa oriental, Divisão da Coréia.
- Postdam (1945): Divisão e
desnazificação da Alemanha, Tribunal de Nuremberg, Indenização alemã.
• Declínio do capitalismo Europeu
e Ascensão dos Estados Unidos (consolidação).
• Nova ordem internacional:
Bipolaridade – Capitalismo (EUA) X Socialismo (URSS).
• Descolonização Afro-asiática.
O Brasil e a Segunda Guerra Mundial
Neutralidade brasileira na primeira fase da guerra
Desde 1939,
início do conflito, o Brasil assumiu uma posição neutra na Segunda Guerra
Mundial. O presidente do Brasil na época era Getúlio Vargas.
Ataques nazistas e entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial
Porém, esta
posição de neutralidade acabou em 1942 quando algumas embarcações brasileiras
foram atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico. A
partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt (presidente dos
Estados Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados (Estados
Unidos, Inglaterra, França, União Soviética, entre outros). Era importante para
os Aliados que o Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica
estratégica de nosso país e de seu vasto litoral.
Participação efetiva no conflito
A participação
militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças
na luta contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou
para a Itália (ocupada pelas forças nazistas), em julho de 1944, 25 mil
militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 pilotos e 400 homens de
apoio da FAB (Força Aérea Brasileira).
As
dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio na região dos Montes
Apeninos, além do que os soldados brasileiros não eram acostumados com relevo
montanhoso.
Vitórias
Os militares
brasileiros da FEB (também conhecidos como pracinhas) conseguiram, ao lado de
soldados aliados, importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares
brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, Montese e outras
cidades.
Apesar das
vitórias, centenas de soldados brasileiros morreram em combate. Na Batalha de
Monte Castelo (a mais difícil), cerca de 400 militares brasileiros foram
mortos.
Outras formas de participação
Além de enviar
tropas para as áreas de combate na Itália, o Brasil participou de outras formas
importantes. Vale lembrar que o Brasil forneceu matérias-primas, principalmente
borracha, para os países das forças aliadas.
O Brasil
também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a
base militar da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de
abastecimento para os aviões dos Estados Unidos.
Foi importante
também a participação da marinha brasileira, que realizou o patrulhamento e a
proteção do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes
brasileiros para garantir a proteção contra ataques de submarinos alemães.
Curiosidade:
Durante as batalhas, que os militares
brasileiros participaram na Segunda Guerra Mundial, cerca de 14 mil soldados
alemães se renderam aos brasileiros.