terça-feira, 22 de abril de 2014

PARA OS TERCEIROS 2º TEXTO DA 2ª UNIDADE

REVOLUÇÃO RUSSA
Rússia Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
A Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.
Greves,  manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.
A Revolução Russa de outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).

A formação da URSS
Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.
Os líderes da União Soviética durante o regime socialista:
- Vladimir Lenin (8 de novembro de 1917 a 21 de janeiro de 1924)
- Josef Stalin (3 de abril de 1922 a 5 de março de 1953)
- Nikita Khrushchov (7 de setembro de 1953 a 14 de outubro de 1964)
- Leonid Brejnev (14 de outubro de 1964 a 10 de novembro de 1982)
- Iúri Andopov (12 de novembro de 1982 a 9 de fevereiro de 1984)
- Konstantin Chernenko (13 de fevereiro de 1984 a 10 de março de 1985)
- Mikhail Gorbachev (11 de março de 1985 a 24 de agosto de 1991)

Marxismo
O marxismo é um sistema socioeconômico criado pelos filósofos Karl Marx e Friederich Engels e é descrito em detalhes no trabalho seminal "O manifesto comunista", publicado em 1848. Esse livro influenciou diversas revoluções e motins ao longo da Europa conforme as pessoas da classe operária abraçavam a ideia de que a riqueza deveria ser dividida igualmente com as massas e não concentrada nas mãos de uma pequena classe governante, como era o caso do capitalismo naquela época.

Conceitos chave
O pensamento marxista possui diversos princípios fundamentais: o sistema capitalista divide as pessoas em duas classes distintas: as que controlam a riqueza de um país (a burguesia) e aquela que trabalha para elas (o proletariado); a burguesia enriquece explorando o proletariado; além de manter o controle econômico, a burguesia também exerce controle ideológico sobre o proletariado e com isso faz com que os trabalhadores pensem que esse sistema desigual é natural e normal, o que Marx chamava de "falsa consciência"; segundo essa teoria, os trabalhadores só conquistariam o que é seu por direito revoltando-se e retirando o poder político e econômico dos ricos para que ele pudesse ser distribuído igualmente entre todos os cidadãos, resultando em um novo sistema político que Marx chamou de comunismo.

Marxismo-leninismo
Décadas após a publicação de "O manifesto comunista", o filósofo/advogado/revolucionário russo Vladimir Lênin interpretou as teorias de Marx e Engels para aplicá-las à Rússia, encabeçando a revolução comunista em 1917. Essa foi a primeira revolução comunista bem sucedida, resultando na fundação da União Soviética. O marxismo-leninismo foi utilizado em outras revoltas bem sucedidas, incluindo a revolução cubana em 1959. O marxismo-leninismo (um termo que o próprio Lênin nunca utilizou) divergia da teoria original de Marx em diversos aspectos importantes.

Conceitos chave
O marxismo-leninismo difere do marxismo clássico na sua visão de que a classe trabalhadora só seria livre das correntes do capitalismo se existisse um partido político que pudesse guiá-la para fora do sistema antigo. Esse partido, formado pelos trabalhadores, lideraria o proletariado à vitória contra o capitalismo. Então, formaria um novo governo que comandaria os trabalhadores através de uma ditadura, com o objetivo de levar a população em direção ao comunismo completo, como proposto por Marx. Nesse contexto, o marxismo-leninismo é mais preocupado em adquirir poder político que o marxismo de Marx e Engels, que é focado no poder ideológico.


PARA OS TERCEIROS 1º TEXTO DA 2ª UNIDADE

Primeira Guerra Mundial
       O descontentamento da partilha da Ásia e da África deixaram vários países irritados. Alemanha e Itália haviam ficado de fora do processo neocolonial. França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A corrida armamentista fazia com que o clima de apreensão e medo entre os países aumentassem.
       A França havia perdido a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha durante a Guerra Franco Prussiana de 1870.
       Houve a formação de alianças: Entente (Inglaterra, França e Rússia) X Aliança (Itália, Alemanha e Império Austro-Húngaro).
       Disputa entre o Pan-Eslavismo (baseava-se na ideia de que os russos deveriam ser líderes e protetores dos Estados eslavos dos Balcãs) X Pangermanisno (preconizava a expansão da Alemanha com a incorporação de todos os povos de origem germânica que habitavam a Europa Central).
       O estopim (começo) foi o assassinato do príncipe do Império Austro-Húngaro Francisco Ferdinando em 28 de junho de 1914.
       Ela ficou conhecida como Guerra de Trincheiras. Também houve o uso de aviões, submarinos e tanques de guerra.
       O fim da guerra ocorreu quando em 1917 houve a entrada dos EUA no conflito ao lado da Tríplice Entente. Os países da aliança foram forçados a assinarem a rendição e também assinaram o Tratado de Versalhes. A Alemanha teve seu exército controlado, devolveu a Alsácia-Lorena para a França além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencidos