terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mulheres, mães, esposas e rainhas – aventuras africanas (Em construção)



            Em muitas sociedades africanas, a identidade como mulher é determinada pelo fato de ser mãe. É frequente que o parentesco se forme com base nas relações que se estabelecem pelos nascimentos, mais do que pelos vínculos matrimoniais, sendo os laços mais importantes os derivados da linha materna. Nesta perspectiva, as mães africanas podem ser classificadas de poderosas, particularmente em sociedades matriarcais, onde a mulher é reverenciada como doadora de vida, garante da ligação com os antepassados, portadora da cultura e centro à volta do qual gira a organização social.
            Na maioria das sociedades africanas, os filhos que uma mulher tem passam a pertencer, mediante o matrimônio, à família do marido. Este é um dos motivos pelos quais se deve pagar a lobola, o preço da noiva, à família desta para garantir o direito sexual exclusivo do marido sobre a esposa, assim como o controlo sobre os filhos que possam nascer como fruto desta união.
E o matrimônio africano é mais do que uma relação de duas pessoas, pois trata-se da instituição que consolida o vínculo entre os grupos. O que realmente importa são os filhos que nasçam desta união, função primordial a que toda a mulher deve aspirar. As mães africanas foram sempre um modelo de coragem, inteligência, resistência e responsabilidade, dedicadas a assegurar a sobrevivência dos seus, inclusive em circunstâncias extremas e, simultaneamente, desempenharam um papel essencial na importante tarefa de tentar humanizar tanto os seus descendentes diretos como o mundo que as rodeia.

A Rainha Ginga foi uma das mulheres mais guerreiras que o povo africano conheceu. Ela Foi uma líder militar de relevo que lutou contra os Europeus que ferozmente caçavam escravos.  NZINGHA era de descendência Angolana e, tornou-se num símbolo de inspiração para pessoas em todo o mundo. A Rainha Nzingha é também conhecida por alguns como Jinga e por outros como Ginga. Ela pertencia ao grupo étnico Jagas, um grupo militar que fez frente aos comerciantes portugueses de escravos organizando-se num verdadeiro escudo humano. Como uma líder política visionária, competente e abnegada, ela devotou a sua vida inteiramente ao movimento da resistência. Aliou-se com outras potências estrangeiras, com o intuito de colocá-los a guerrear uns com os outros, numa tentativa de libertar Angola da influência Européia. Possuidora de uma rigidez máscula, e de uma grande elegância feminina, usou os dois atributos consoantes as exigências da situação o exigiam. Quando necessário, chegou mesmo a usar a religião como ferramenta política. Após a sua morte, a 17 de Dezembro de 1663, as portas abriram-se para um comércio de escravos massivo pelos portugueses. Todavia, a sua rebelião, ajudou a que muitos despertassem para a realidade e a seguissem, sendo forçados a participar em ofensivas contra os invasores. Isto incluiu a Senhora Tinubu da Nigéria; Nandi , a mãe do grande guerreiro Zulu Chaka; Kaipkire de Herero povo no Sudoeste Africano; e o exército feminino que seguiu o Rei do Daomé, Behanzin Bowelle
 Dia internacional da mulher africana 31 de julho. Criado em 1962 origem da data foi na Conferência de Mulheres do Oeste Africano em 1961.