A
VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL
A Família Real chegou ao Brasil em janeiro de 1808 escoltado
pela esquadra naval inglesa visto que Napoleão Bonaparte impôs o Bloqueio
Continental à Inglaterra. Portugal como tinha acordo comerciais com a
Inglaterra teve suas terras invadidas
pelo exército de Napoleão. Chegando em terras brasileiras, Dom João VI elevou o
Brasil à condição de Reino Unido de Portugal, abriu os Portos às Nações amigas,
fundou a Biblioteca Nacional e o Banco do Brasil. Também foi responsável pela
construção do Jardim Botânico no RJ.
INSURREIÇÃO
PERNAMBUCANA DE 1817
Com a presença da Família Real no Brasil, os impostos e os
privilégios dos comerciantes portugueses aumentaram de forma significativa. Com
isso os pernambucanos não aguentavam mais os portugueses, criando assim um
sentimento antilusitano. Houve combates que duraram mais de 2 meses passando de
Recife para o Sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do
Norte. Os revoltosos queriam que fosse estabelecida uma República com igualdade
de direitos, tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão pois
muitos dos líderes desta revolta eram senhores de engenho.
INDEPENDÊNCIA
DO BRASIL
O Brasil ficou independente de Portugal em 7 de setembro de
1822. Dom Pedro I sentia-se pressionado pelas classes dominantes ( a elite
endinheirada do Brasil) que não aguentava mais receber ordens de Portugal; é
tanto que nos tornamos independentes porém continuamos com a monarquia pois
assim esta classe dominante conseguiu manter seus privilégios.
CONFEDERAÇÃO
DO EQUADOR
Foi um movimento político e revolucionário ocorrido na
região do Nordeste do Brasil em 1824. Tinha como objetivo formar um governo
independente na região, convocar uma nova Assembleia Constituinte visto que a
Constituição de 1824 foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I que inclusive
criou o Poder Moderador que estava acima dos três outros. A reação do governo
foi rápida. Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo – o Frei Caneca, foi fuzilado em
frente ao Forte de 5 Pontas. Outros líderes foram mortos à tiros ou condenados
à prisão.
PERÍODO
REGENCIAL
O Período Regencial, iniciado com a abdicação d D. Pedro I
(1831) encerrado com o Golpe da Maioridade de D.Pedro II (1840) foi marcado por
instabilidade política, gerada por revoltas nas províncias que reivindicavam
maior autonomia. Foram elas:
Cabanagem
(1835 a 1840)
- Local: Província do
Grão-Pará
- Revoltosos: índios,
negros e cabanos (pessoas que viviam em cabanas às margens dos rios).
- Causas: péssimas
condições de vida da população mais pobre e domínio político e econômico dos
grandes fazendeiros.
Balaiada
(1838 a 1841)
- Local: Província do
Maranhão
- Revoltosos: pessoas
pobres da região, artesãos, escravos e fugitivos (quilombolas).
- Causas: vida miserável
dos pobres (grande parte da população) e exploração dos grandes comerciantes e
produtores rurais.
Sabinada
(1837 a 1838)
- Local: Província da
Bahia
- Revoltosos: militares,
classe média e pessoas ricas.
- Causas: descontentamento
dos militares com baixos salários e revolta com o governo regencial que queria
enviá-los para lutarem na Revolução Farroupilha no sul do país. Já a classe
média e a elite queriam mais poder e participação política.
Guerra
dos Farrapos (1835 a 1845)
- Local: Província de São
Pedro do Rio Grande do Sul (atual RS).
- Revoltosos:
estancieiros, militares-libertários, membros das camadas populares, escravos e
abolicionistas.
- Causas: descontentamento
com os altos impostos cobrados sobre produtos do sul (couro, mulas, charque,
etc.); revolta contra a falta de autonomia das províncias.
REVOLUÇÕES
LIBERAIS NA EUROPA (1830 E 1848)
Foram revoltas marcantes pelo caráter Nacionalista (pretendiam unir os povos de mesma origem e cultura),
com propostas Liberais (que eram
contrários às limitações determinadas pela Monarquia absoluta) e com os ideais
do Socialismo (defendiam a igualdade
social por meio de reformas radicais).
SEGUNDO
REINADO
Período que durou 49 anos de atuação de Dom Pedro II que foi
desde o golpe da maioridade em 23/07/1840 até a Proclamação da República em
15/11/1889.
Vários acontecimentos marcaram este período, desde as
disputas entre o Partido Liberal e Conservador que defendiam, os interesses da
elite; o término da Guerra dos Farrapos; a Revolução Praieira ocorrida em
Pernambuco que lutava pelo federalismo;
a Guerra do Paraguai que teve envolvimento do Brasil, Argentina, Uruguai
e a ajuda da Inglaterra; o ciclo do café com o envolvimento direto da escravidão
e da imigração europeia no Brasil.
A escravidão inclusive foi abolida de forma gradual:
- Lei Eusébio de Queiróz
(1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre
(1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários
(1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888):
assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
A imigração foi de fundamental importância para o trabalho
nas lavouras de café do Sudeste visto que no final do século 19 a ideia de
“branqueamento da população” para fazer com que um nação pudesse ser mais
avançada, fez com que o governo brasileiro estimulasse a vinda de europeus e
asiáticos para o Brasil. Favorecendo assim os barões do café que necessitavam
de trabalhadores para substituírem seus escravos. Assim portugueses, espanhóis,
eslavos, alemães, japoneses, sírio-libaneses e italianos tiveram oportunidade
de trabalho no Brasil.