sexta-feira, 28 de novembro de 2014

REVISÃO GERAL PARA OS SEGUNDOS E PROGRESSÃO PARCIAL

A VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL
         A Família Real chegou ao Brasil em janeiro de 1808 escoltado pela esquadra naval inglesa visto que Napoleão Bonaparte impôs o Bloqueio Continental à Inglaterra. Portugal como tinha acordo comerciais com a Inglaterra teve suas terras  invadidas pelo exército de Napoleão. Chegando em terras brasileiras, Dom João VI elevou o Brasil à condição de Reino Unido de Portugal, abriu os Portos às Nações amigas, fundou a Biblioteca Nacional e o Banco do Brasil. Também foi responsável pela construção do Jardim Botânico no RJ.
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817
         Com a presença da Família Real no Brasil, os impostos e os privilégios dos comerciantes portugueses aumentaram de forma significativa. Com isso os pernambucanos não aguentavam mais os portugueses, criando assim um sentimento antilusitano. Houve combates que duraram mais de 2 meses passando de Recife para o Sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os revoltosos queriam que fosse estabelecida uma República com igualdade de direitos, tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão pois muitos dos líderes desta revolta eram senhores de engenho.
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
         O Brasil ficou independente de Portugal em 7 de setembro de 1822. Dom Pedro I sentia-se pressionado pelas classes dominantes ( a elite endinheirada do Brasil) que não aguentava mais receber ordens de Portugal; é tanto que nos tornamos independentes porém continuamos com a monarquia pois assim esta classe dominante conseguiu manter seus privilégios.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
         Foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região do Nordeste do Brasil em 1824. Tinha como objetivo formar um governo independente na região, convocar uma nova Assembleia Constituinte visto que a Constituição de 1824 foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I que inclusive criou o Poder Moderador que estava acima dos três outros. A reação do governo foi rápida. Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo – o Frei Caneca, foi fuzilado em frente ao Forte de 5 Pontas. Outros líderes foram mortos à tiros ou condenados à prisão.
PERÍODO REGENCIAL
         O Período Regencial, iniciado com a abdicação d D. Pedro I (1831) encerrado com o Golpe da Maioridade de D.Pedro II (1840) foi marcado por instabilidade política, gerada por revoltas nas províncias que reivindicavam maior autonomia. Foram elas:
Cabanagem (1835 a 1840)
- Local: Província do Grão-Pará
- Revoltosos: índios, negros e cabanos (pessoas que viviam em cabanas às margens dos rios).
- Causas: péssimas condições de vida da população mais pobre e domínio político e econômico dos grandes fazendeiros.
Balaiada (1838 a 1841)
- Local: Província do Maranhão
- Revoltosos: pessoas pobres da região, artesãos, escravos e fugitivos (quilombolas).
- Causas: vida miserável dos pobres (grande parte da população) e exploração dos grandes comerciantes e produtores rurais.
Sabinada (1837 a 1838)
- Local: Província da Bahia
- Revoltosos: militares, classe média e pessoas ricas.
- Causas: descontentamento dos militares com baixos salários e revolta com o governo regencial que queria enviá-los para lutarem na Revolução Farroupilha no sul do país. Já a classe média e a elite queriam mais poder e participação política.
Guerra dos Farrapos (1835 a 1845)
- Local: Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual RS).
- Revoltosos: estancieiros, militares-libertários, membros das camadas populares, escravos e abolicionistas.
- Causas: descontentamento com os altos impostos cobrados sobre produtos do sul (couro, mulas, charque, etc.); revolta contra a falta de autonomia das províncias.

REVOLUÇÕES LIBERAIS NA EUROPA (1830 E 1848)
         Foram revoltas marcantes pelo caráter Nacionalista (pretendiam unir os povos de mesma origem e cultura), com propostas Liberais (que eram contrários às limitações determinadas pela Monarquia absoluta) e com os ideais do Socialismo (defendiam a igualdade social por meio de reformas radicais).
SEGUNDO REINADO
         Período que durou 49 anos de atuação de Dom Pedro II que foi desde o golpe da maioridade em 23/07/1840 até a Proclamação da República em 15/11/1889.
         Vários acontecimentos marcaram este período, desde as disputas entre o Partido Liberal e Conservador que defendiam, os interesses da elite; o término da Guerra dos Farrapos; a Revolução Praieira ocorrida em Pernambuco que lutava pelo federalismo;  a Guerra do Paraguai que teve envolvimento do Brasil, Argentina, Uruguai e a ajuda da Inglaterra; o ciclo do café com o envolvimento direto da escravidão e da imigração europeia no Brasil.
         A escravidão inclusive foi abolida de forma gradual:
- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
         A imigração foi de fundamental importância para o trabalho nas lavouras de café do Sudeste visto que no final do século 19 a ideia de “branqueamento da população” para fazer com que um nação pudesse ser mais avançada, fez com que o governo brasileiro estimulasse a vinda de europeus e asiáticos para o Brasil. Favorecendo assim os barões do café que necessitavam de trabalhadores para substituírem seus escravos. Assim portugueses, espanhóis, eslavos, alemães, japoneses, sírio-libaneses e italianos tiveram oportunidade de trabalho no Brasil.



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PARA OS PRIMEIROS FILOSOFIA

Conhecimento
Conhecimento é o ato ou efeito de conhecer, é ter ideia ou a noção de alguma coisa. É o saber, a instrução e a informação.
Conhecimento também inclui descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos.
O conhecimento é dividido em uma série de categorias:
- Conhecimento sensorial, que é o conhecimento comum entre seres humanos e animais;
- Conhecimento intelectual que é o raciocínio, o pensamento do ser humano;
- Conhecimento popular que é a forma de conhecimento de uma determinada cultura;
- Conhecimento científico que são análises baseadas em provas;
- Conhecimento filosófico que está ligado à construção de ideias e conceitos;
- Conhecimento teológico que é o conhecimento adquirido a partir da fé.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=AXzfjQeEjYg

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

PARA OS SEGUNDOS

O Movimento operário e o advento do Socialismo
Socialismo utópico:
            Os socialistas utópicos criticavam as desigualdades da sociedade industrial e do capitalismo e propunham mudanças que trariam uma vida mais justa e igualitária para os trabalhadores.
            Eram considerados “utópicos”, pois acreditavam em uma transformação completa da sociedade sem a necessidade da revolução proletária.
            Alguns sociólogos desse grupo são:
            Claude-Henri de Rouvroy (Conde de Saint-Simon) – Acreditava que a sociedade estava dividida entre “ociosos” (que não trabalham) e “produtores” e necessitava de um governo de trabalhadores. Ele concordava com os lucros do capitalismo, porém assumindo certas responsabilidades sociais.
            Charles Fourier – Acreditava em um sistema baseado na cooperação e associação que permitisse aos homens desenvolver plenamente seus talentos.
            Robert Owen – Apoiava a criação de um ambiente onde houvesse cooperação, harmonia em busca da felicidade, ao invés da concorrência e conflitos. Ele pretendia implantar os núcleos cooperativos. Locais de até 2 mil moradores onde operários e suas famílias tivessem total acesso a escola, saúde, igreja entre outros. Nestes núcleos, tudo que produzissem seria para o próprio consumo.
Socialismo Científico:
O socialismo científico, ao contrário do utópico, não buscava inventar um novo modelo de sociedade, mas, sim, encontrar, dentro da sociedade capitalista, as forças sociais capazes de promover essas mudanças. Para tanto, Karl Marx e Friedrich Engels empenharam-se no estudo da sociedade capitalista e das leis que a regiam. Com isso elaboraram algumas teorias:
Materialismo histórico: a esfera econômica prevalece e sobrepõe outras esferas sociais: a cultura, a política. Ou seja, a condição social de um homem é o que vai definir sua cultura e sua ideologia.
Materialismo dialético: É a teoria que defende que a sociedade é definida por fatores materiais, como economia, biologia, geografia e desenvolvimento científico. Se opõe a ideia de que a sociedade seja definida por forças sobrenaturais, divindades ou pelo pensamento.
Luta de classes: Segundo Marx e Engels, sempre que existir o antagonismo de classe, existirá o confronto entre as classes sociais antagônicas: exploradores (donos dos meios de produção) e explorados (proletariado)
Mais-valia: É a diferença expressa entre o valor do que o trabalhador produz e que ele o recebe em forma de salário. Ou seja, o capitalista nunca remunera o trabalhador de acordo com a riqueza que ele produz.
            A superação do capitalismo e a construção de uma sociedade sem classes só seriam possíveis por meio de uma revolução socialista, conduzida pelos trabalhadores. Segundo Marx e Engels, a tomada do poder pelos trabalhadores daria início à ditadura do proletariado (transição entre o capitalismo e o socialismo) e o final do processo de transição seria o comunismo (sociedade sem classe, sem propriedade privada, sem donos dos meios de produção, sem Estado). Essa seria a teoria da evolução socialista
            As ideias socialistas serviram de base para pensadores e líderes políticos conduzirem os movimentos operários em diversos países. No entanto, tais ideias também foram apropriadas por chefes de regimes autoritários e violentos, que as reduziram a um rígido modelo econômico e político.
Anarquismo:
            Assim como o socialismo, as ideias anarquistas floresceram no final século XVIII, a partir das considerações de William Godwin, que propôs uma nova maneira de organização social.
            Para os pensadores anarquistas (Mikhail Bakunin, Enrico Malatesta, Leon Tolstoi entre outros.), a ”autoridade” é a fonte básica de todos os males humanos. Sendo assim, o ser humano deve viver sem Estado, a partir de uma gestão comunitária, ou seja, por meio da cooperação.
A Luta feminina
            As mulheres ricas preparavam-se desde cedo para o casamento. Uma vez casada, passavam ao controle do marido, que tinha total controle sobre ela.
            As mulheres pobres ingressavam cedo no mercado de trabalho. Trabalhavam longas horas nas indústrias e ganhavam baixíssimos salários.
            Ricas ou pobres, muitas sofriam de maus-tratos dos maridos e não eram assistidas por uma legislação que as amparasse.
            Influenciadas por pensadores do socialismo utópico, Jeanne Deroin, Suzanne Violquim, Pauline Roland, Mary Wollstonecraft, Flora Tristan, Aurore Dupin – cujo pseudônimo era George Sand – e outras intelectuais tornaram-se importantes ativistas em prol dos direitos das mulheres. Estas mulheres organizaram marchas e petições, fundaram clubes populares, editaram jornais e publicaram manifestos e romances. Muitas delas foram discriminadas pela sociedade e perseguidas por suas ideias.
Primeira Internacional.
            Em 1864, foi fundada em Londres a AIT (Associação Internacional de Trabalhadores) conhecida como primeira internacional.
            Historicamente foi a primeira organização das classes trabalhadoras que se propunha de caráter internacional. E nos primeiros anos foi liderada por Karl Marx.
            Em Setembro de 1871, a AIT manifestou-se oficialmente em favor da constituição de um partido político e da conquista do poder pelos operários. Tais posições sofreram forte oposição de Bakunin e de seus seguidores anarquistas.
            A Sede do Conselho geral foi transferida para Nova York, mas a AIT deixou de existir efetivamente.
Sindicalismo:
            O Sindicato é uma associação de trabalhadores assalariados que tem como objetivo defender ou melhorar as condições de trabalho dos seus associados, instituir e administrar assistência aos seus trabalhadores nas áreas de saúde, justiça, educação, lazer, treinamento e outras.
            Os primeiros movimentos sindicais surgiram na Inglaterra em decorrência da Revolução Industrial. A princípio tal movimento foi considerado ilegal.
            O anarcossindicalismo foi uma importante corrente do movimento operário mundial e defendia a destruição da ordem liberal burguesa e a construção de uma sociedade de indivíduos livres. Mas para isso, acreditava-se que só seria possível por meio de uma greve geral dirigida pelos sindicatos.

         Fonte: http://jonatasmk.blogspot.com.br/2012/10/o-movimento-operario-e-o-advento-do.html

PARA OS SEGUNDOS ANOS

Revoluções Liberais do séc.XIX
O período que vai do ano de 1815 até 1820 é marcado por uma relativa paz e estabilidade.
Já em 1820 essa paz é rompida com algumas revoluções liberais que no final foram contidas pela Santa Aliança.
Revoluções de 1820
Revolução liberal do Porto - aconteceu entre Brasil e Portugal - Tinha um caráter ambíguo porque Portugal via essa revolução de uma maneira e o Brasil de outra.
+ Visão portuguesa: Pedia que D. João voltasse para Portugal e assinasse uma constituição. Portanto, era liberal para os portugueses.
+ Visão Brasileira: Não foi liberal para os brasileiros, pois se D. João voltasse para Portugal o Brasil voltaria a ser colônia e sofrer como sofria antes.
Revolução liberal de Cádiz - aconteceu na Espanha - Ocorreu quando soldados espanhóis se recusaram a vir para América reprimir movimentos de independência das colônias e resolveram forçar o rei Fernando VII a aceitar uma constituição.
Movimento de independência da Grécia
• Em 1827, a Santa Aliança se uniu aos grupos revolucionários gregos, em vez de se opor a eles. Fazendo isso, a Santa Aliança traiu seus próprios ideias (se opor a movimentos revolucionários protegendo o absolutismo). Isso aconteceu porque a Santa Aliança era liderada pela Rússia e esta queria uma saída para mares quentes no Mediterrâneo. Ajudando os gregos a conseguirem sua independência, a Rússia poderia ter uma saída para os mares que não congelavam doada pela Grécia.
Após esse fato a Santa Aliança ficou desacreditada e foi desfeita.
Revolução liberal de 1830 na França
• Carlos X tomou uma série de medidas que devolviam privilégios ao Clero a Nobreza. Isso desagradou a burguesia que iniciou um grande movimento na França. O rei Carlos X foi deposto e em seu lugar os burgueses colocaram um novo rei que defendesse seus interesses, Luís Felipe de Orleans (o rei burguês).
• Serviu de exemplo para que os brasileiros pressionassem e fizessem o rei D. Pedro I abdicar.
Revolução liberal de 1848 (primavera do povos)
• Durante o governo de Luis Felipe, a França passa por uma terrível crise na indústria e na agricultura. Culpa-se o governo da crise e começa uma revolta do operariado e do burguês contra o rei.
Há a deposição de Luis Felipe e a instauração de uma república.
Nessa república acontecem várias revoltas operárias resultantes do choque da Burguesia (capitalismo) X Povo (socialismo).
No meio disso tudo, Luis Napoleão Bonaparte (sobrinho de Napoleão) é eleito presidente.
Após fazer um plebiscito, ele se torna Imperador e passa a ser chamado de Napoleão III.
• Incentivou a revolução Praieira. Defendia ideias ligadas ao socialismo.

Fonte: http://tudorresumido.blogspot.com.br/2011/10/revolucoes-liberais-do-secxix.html