quarta-feira, 8 de julho de 2015

REVISÃO HISTÓRIA TERCEIROS SEGUNDA UNIDADE


A Crise de 1929
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus.
         Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos.
Causas da crise
         Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanostinham investimentos nestas ações.
Efeitos da crise
         Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.
A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.
Efeitos no Brasil
         A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.
New Deal: a solução
         A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.
New Deal
O New Deal (“Novo Acordo” em português) foi um conjunto de medidas econômicas e sociais tomadas pelo governo Roosevelt, entre os anos de 1933 e 1937, com o objetivo de recuperar a economia dos Estados Unidos da crise de 1929. Teve como princípio básico a forte intervenção do Estado na economia.
 Principais características do New Deal (medidas e objetivos)
 - Fortes investimentos estatais em obras públicas.
         O governo dos EUA investiu, principalmente, na construção de obras de infraestrutura (pontes, rodovias, aeroportos, usinas, hidrelétricas, barragens, portos, entre outras). Os investimentos também foram para a construção de hospitais, escolas e outros equipamentos públicos.
O principal objetivo destas medidas era a geração de empregos, pois os Estados Unidos sofriam muito com o desemprego elevado após a Grande Depressão de 1929.
 - Reforma do sistema bancário e monetário
         O governo dos EUA, através da modificação e criação de leis, passou a ter poderes de controle e fiscalização sobre o mercado financeiro.
O objetivo era evitar fraudes financeiras, especulações e diminuir os riscos de operação dos bancos e demais agentes financeiros.
 - Controle de preços e produção das empresas
         Como uma das causas da Crise de 1929 tinha sido o aumento dos estoques das empresas, O New Deal buscava resolver este problema através da fiscalização sobre os estoques da empresas, para que estes não aumentassem a ponto de gerar risco operacional delas, levando-as à falência. Os preços das mercadorias também foram controlados pelo governo, a fim de evitar o aumento da inflação.
 - Incentivos agrícolas
         Subsídios, empréstimos e outras medidas voltadas para o aumento da atividade agrícola das grandes propriedades e da agricultura familiar. Além de aumentar a produção de gêneros agrícolas, estas medidas visavam aumentar o número de empregos no campo. Estes incentivos ao setor agrícola também tinham como objetivo estancar o crescente êxodo rural, que estava gerando problemas sociais nos grandes centros urbanos.
 - Criação de medidas voltadas para a área social
         Como forma de diminuir os impactos sociais da crise de 1929, o governo norte-americano criou a Previdência Social, o seguro desemprego e o seguro para idosos acima de 65 anos.
 - Redução da jornada de trabalho
         O principal objetivo de reduzir a carga horária semanal de trabalho era aumentar o número de empregados, pois as indústrias precisaram contratar mais funcionários.
 Resultados

O New Deal foi bem sucedido, apresentando resultados positivos já no começo da década de 1940. O mercado acionário voltou a funcionar plenamente, o desemprego diminuiu, a renda dos trabalhadores aumentou e as indústrias retomaram a produção, aumentando suas exportações e vendas no mercado interno.
Embora os gastos públicos elevados e as renúncias fiscais tenham aumentado a dívida pública, muitos economistas consideram que os resultados positivos, que geraram a saída da crise econômica, tenham compensado.
Nazi-fascismo
O nazi-fascismo foi uma doutrina política que surgiu e desenvolveu, principalmente, na Itália e Alemanha entre o começo da década de 1920 até o final da Segunda Guerra Mundial. Esta doutrina ganhou o nome de nazismo na Alemanha e teve como principal representante Adolf Hitler. Na Itália, ganhou o nome de fascismo e teve Benito Mussolini como líder.
 Principais características do nazi-fascismo:
- Nacionalismo: valorização exacerbada da cultura, símbolos (bandeiras, hinos, heróis nacionais) e valores da nação.
 - Totalitarismo: concentração de poderes nas mãos do líder da nação. Falta total de democracia e liberdade. No sistema totalitário as pessoas devem seguir tudo que é determinado pelo governo. Os opositores são presos e, em muito casos, executados.
 - Militarismo: investimentos pesados no desenvolvimento e produção de armas. Além de proteção, os nazifascistas defendiam o uso deste poderio militar para fins de expansão territorial.
 - Anticomunismo: os comunistas foram culpados pelos nazifascistas como sendo os grandes responsáveis pelos problemas sociais e econômicos existentes. Muitos comunistas foram perseguidos, presos e executados pelos nazifascistas da Alemanha e Itália.
 - Anti-liberalismo: ao invés da liberdade econômica, defendiam o controle econômico por parte do governo. O governo deveria controlar a economia, visando o desenvolvimento da nação.
 - Romantismo: para os nazifascistas a razão não seria capaz de gerar o desenvolvimento de uma nação, mas sim o auto-sacrifício, as atitudes heroicas, o amor a pátria e a fé e dedicação incondicional ao líder político.
 - Antissemitismo: atitudes de preconceito e violência contra judeus. De acordo com os seguidores do nazi-fascismo, os judeus eram, junto com os comunistas, os grandes responsáveis pelos problemas econômicos do mundo. Dentro deste pensamento, Hitler tentou eliminar os judeus durante a Segunda Guerra Mundial, matando-os em campos de concentração. Este evento ficou conhecido como Holocausto.
 - Idealismo: transformação das coisas baseada nos anseios e instintos.
 - Expansionismo: busca de expansão territorial através de invasões, ocupação e domínios de territórios de outros países. Para isso era necessário investir no setor bélico e promover guerras. Baseado neste ideal, a Alemanha Nazista invadiu a Polônia em 1939, dando início a Segunda Guerra Mundial.
 - Superioridade racial: linha de pensamento que defende a ideia de que algumas raças são mais desenvolvidas do que outras. Os nazistas, por exemplo, defendiam que os arianos (no caso homens brancos alemães) eram superiores às outras raças e, portanto, deveriam exercer a supremacia mundial.
Guerra Civil Espanhola
A Guerra Civil Espanhola foi um conflito armado ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 e 1939.
 Grupos que atuaram
         Para entender a Guerra Civil Espanhola é importante conhecermos as forças politicas que atuavam e disputavam o poder na Espanha momentos antes do conflito e quais eram seus objetivos.
 - Falangistas
         De tendência fascista e comandados pelo general Francisco Franco, tinham como objetivo eliminar o crescente movimento comunista na Espanha. Tiveram o apoio dos setores tradicionais e conservadores da sociedade espanhola (Igreja, Exército e grandes proprietários rurais). Contam também com a ajuda militar da Alemanha nazista e da Itália fascista. Tinham por objetivo a implantação de um governo autoritário.
 - Frente Popular
         De tendência esquerdista, contavam com o apoio dos sindicatos, partidos políticos de esquerda e defensores da democracia. Queriam combater o nazi-fascismo, que estava crescendo na Espanha e outros países da Europa. Defendiam o Governo Republicano e tiveram o apoio externo da União Soviética.
 Golpe de Estado e início da guerra
         O clima político e social na Espanha na primeira metade da década de 1930 era tenso e recheado de conflitos entre esquerdistas e nacionalistas. Mas a guerra teve inicio quando em 18 de julho de 1936, o general Francisco Franco comandou o exército espanhol num golpe de estado contra o governo democrático e legal da Segunda República Espanhola. Porém, o golpe não foi bem sucedido e a Espanha ficou dividida entre falangistas e republicanos. A guerra civil provocou milhares de mortos e muita destruição. Perseguições e execuções eram frequentes e patrocinadas por ambos os lados.
 Intervenção estrangeira
         Os falangistas conseguiram apoio militar dos regimes fascistas da Alemanha e Itália, que estavam interessados em implantar um regime fascista na Espanha e combater o crescimento do movimento socialista no país. Já os republicanos contaram com o envio de armas e equipamentos bélicos da União Soviética.
 Bombardeio a Guernica
         Um dos episódios mais cruéis da guerra civil foi o bombardeio a cidade de Guernica, patrocinado por aviões de guerra da Alemanha e Itália. O bombardeio ocorreu em 26 de abril de 1937 e matou cerca de 125 civis espanhóis. O painel intitulado Guernica, pintado por Pablo Picasso, mostra a crueldade do ataque aéreo sobre os civis da cidade espanhola.
 Como terminou
         Após quase três anos de conflito bélico a Guerra Civil Espanhola, considerada uma das mais violentas e cruéis da história, terminou com a vitória dos falangistas que conseguiram derrubar o Governo Republicano do poder. Francisco Franco assumiu o poder em abril de 1939, implantando um regime ditatorial de direita na Espanha.
 Saldo da Guerra Civil Espanhola:
 - Cerca de 400 mil mortos;
 - Destruição de prédios, igrejas e casas em várias cidades;
 - Destruição no campo com prejuízos para agricultura e pecuária;
 - Diminuição de cerca de 30% da renda dos espanhóis;
 - Forte crise econômica na Espanha, que perdurou por vários anos.
Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
 O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).
 Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
 Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima
         Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
         O Capitão América foi o maior de uma onda de super-heróis que surgiram sob a bandeira do patriotismo norte-americano e que foram apresentados ao mundo pelas companhias de Histórias em Quadrinhos, durante os anos da Segunda Guerra Mundial. Ao lado de seu parceiro Buckyn, o Capitão América enfrentou as hordas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, mas caiu na obscuridade após o fim do conflito.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
Pós-Guerra
A II Guerra Mundial alterou completamente a configuração do mundo. O chamado pós-guerra impunha grandes desafios às populações e governantes de todo o mundo. A grande devastação provocada na Europa e na Ásia necessitava de amplos esforços de reconstrução econômica e social.
Por outro lado, as potências vencedoras, principalmente os EUA e a URSS, que haviam se aliado para lutar contra o nazifascismo, tornaram-se potências rivais logo após o fim do conflito, opondo o capitalismo ocidental ao chamado comunismo soviético, na configuração do que ficou convencionado chamar de mundo bipolar.

A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) ainda nos meses finais da II Guerra Mundial era uma tentativa de instituir um organismo capaz de manter a paz e a segurança internacionais, bem como promover o desenvolvimento da cooperação entre os povos em vários aspectos.
Entretanto, esse esforço de unificação de ações governamentais em nível internacional coexistiu com as rivalidades do pós-guerra.
O mundo colonial europeu desmoronou rapidamente, levando ao surgimento de vários novos países na África e na Ásia. A Europa viu-se dividida entre as esferas de influência dos EUA e da URSS. O Ocidente europeu aproximou-se dos EUA, que retiraram suas tropas do continente. A porção oriental da Europa estava sob influência da URSS e das tropas de seu Exército Vermelho que se manteve nos territórios ocupados para lutar contra os nazistas.
Para expressar essa divisão do continente europeu, o primeiro-ministro inglês expôs a metáfora, em 1946, de que havia uma “Cortina de Ferro” que se estendia do mar Báltico até o mar Adriático, separando o chamado “mundo livre” (o do capitalismo ocidental) e o “mundo comunista” (sob influência do chamado comunismo soviético).
O mundo dividido pela “Cortina de Ferro” viveria ainda a denominada Guerra Fria. Através dessa guerra sem confrontos diretos, EUA e URSS pretendiam influenciar vastas extensões do planeta com seus sistemas socioeconômicos. O medo de uma nova Guerra Mundial substanciava-se na detenção de um grande arsenal nuclear por ambos os países.
O pós-guerra caracterizou-se também pela criação de mecanismos de cooperação internacional entre os países das duas esferas de influência.
Na esfera de influência dos EUA, a expansão de seu sistema socioeconômico ocorreu através de alguns mecanismos de cooperação internacional criados já nos anos finais da II Guerra Mundial. Enquanto as tropas lutavam nos campos de batalhas, negociações econômicas entre os grandes grupos financeiros de ambos os lados em conflito ocorriam na Suíça, no Banco de Pagamentos Internacionais. O objetivo era manter a integração econômica e ampliá-la, mesmo durante o desenrolar da II Guerra Mundial.
No imediato pós-guerra, um plano de cooperação e de recuperação econômica e social foi proposto pelos EUA à Europa Ocidental. Totalizando um montante de 18 bilhões de dólares, o Plano Marshall foi essencial para a reconstrução socioeconômica da Europa e para conter o avanço do chamado comunismo soviético. No aspecto militar, a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tinha por objetivo fazer frente à presença das tropas soviéticas em solo europeu.

ERA VARGAS
Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos, de forma contínua (de 1930 a 1945). Esse período foi um marco na história brasileira, em razão das inúmeras alterações que Getúlio Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.
A Era Vargas, teve início com a Revolução de 1930 onde expulsou do poder a oligarquia cafeeira, dividindo-se em três momentos:
Governo Provisório -1930-1934
Governo Constitucional – 1934-1937
Estado Novo – 1937-1945
Revolução de 1930
Até o ano de 1930 vigorava no Brasil a República Velha, conhecida hoje como o primeiro período republicano brasileiro. Como característica principal centralizava o poder entre os partidos políticos e a conhecida aliança política "café-com-leite" (entre São Paulo e Minas Gerais), a República Velha tinha como base a economia cafeeira e, portanto, mantinha fortes vínculos com grandes proprietários de terras.
De acordo com as políticas do "café-com-leite", existia um revezamento entre os presidentes apoiados pelo Partido Republicano Paulista (PRP), de São Paulo, e o Partido Republicano Mineiro (PRM), de Minas Gerais. Os presidentes de um partido eram influenciados pelo outro partido, assim, dizia-se: nada mais conservador, que um liberal no poder.
O Golpe do Exército
Em março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da República.  Eleição esta que deu a vitória ao candidato governista Júlio Prestes. Entretanto, Prestes não tomou posse. A Aliança Liberal (nome dado aos aliados mineiros, gaúchos, e paraibanos) recusou-se a aceitar a validade das eleições, alegando que a vitória de Júlio Prestes era decorrente de fraude. Além disso, deputados eleitos em estados onde a Aliança Liberal conseguiu a vitória, não tiveram o reconhecimento dos seus mandatos. Os estados aliados, principalmente o Rio Grande do Sul planejam então, uma revolta armada.  A situação acaba agravando-se ainda mais quando o candidato à vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa, é assassinado em Recife, capital de Pernambuco. Como os motivos dessa morte foram duvidosos a propaganda getulista aproveitou-se disso para usá-la em seu favor, atribuindo a culpa à oposição, além da crise econômica acentuada pela crise de 1929; a indignação, deste modo, aumentou, e o Exército – que por sua vez era desfavorável ao governo vigente desde o tenentismo – começou a se mobilizar e formou uma junta governamental composta por generais do Exército. No mês seguinte, em três de novembro, Júlio Prestes foi deposto e fugiu junto com Washington Luís e o poder então foi passado para Getúlio Vargas pondo fim à República Velha.

Governo provisório (1930 - 1934)
O Governo Provisório teve como objetivo reorganizar a vida política do país. Neste período, o presidente Getúlio Vargas deu início ao processo de centralização do poder, eliminando os órgãos legislativos (federal, estadual e municipal).
Diante da importância que os militares tiveram na estabilização da Revolução de 30, os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pela presença dos “tenentes” nos principais cargos do governo e por esta razão foram designados representantes do governo para assumirem o controle dos estados, tal medida tinha como finalidade anular a ação dos antigos coronéis e sua influência política regional.
Esta medida consolidou-se em clima de tensão entre as velhas oligarquias e os militares interventores. A oposição às ambições centralizadoras de Vargas concentrou-se em São Paulo, onde as oligarquias locais, sob o apelo da autonomia política e um discurso de conteúdo regionalista, convocaram o “povo paulistano” a lutar contra o governo Getúlio Vargas, exigindo a realização de eleições para a elaboração de uma Assembléia Constituinte. A partir desse movimento, teve origem a chamada Revolução Constitucionalista de 1932.
Mesmo derrotando as forças oposicionistas, o presidente convocou eleições para a Constituinte. No processo eleitoral, devido o desgaste gerado pelos conflitos paulistas, as principais figuras militares do governo perderam espaço político e, em 1934 uma nova constituição foi promulgada.
A Carta de 1934 deu maiores poderes ao poder executivo, adotou medidas democráticas e criou as bases da legislação trabalhista. Além disso, sancionou o voto secreto e o voto feminino. Por meio dessa resolução e o apoio da maioria do Congresso, Vargas garantiu mais um mandato.

Governo Constitucional (1934 – 1937)
Nesse segundo mandato, conhecido como Governo Constitucional, a altercação política se deu em volta de dois ideais primordiais: o fascista – conjunto de ideias e preceitos político-sociais totalitário introduzidos na Itália por Mussolini –, defendido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), e o democrático, representado pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), era favorável à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da luta de classes.
A ANL aproveitando-se desse espírito revolucionário e com as orientações dos altos escalões do comunismo soviético, promoveu uma tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições militares nas cidades de Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE).    Devido à falha de articulação e adesão de outros estados, a chamada Intentona Comunista, foi facilmente controlada pelo governo.
Getúlio Vargas, no entanto, cultivava uma política de centralização do poder e, após a experiência frustrada de golpe por parte da esquerda utilizou-se do episódio para declarar estado de sítio, com essa medida, Vargas, perseguiu seus oponentes e desarticulou o movimento comunista brasileiro. Mediante a “ameaça comunista”, Getúlio Vargas conseguiu anular a nova eleição presidencial que deveria acontecer em 1937. Anunciando outra calamitosa tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen, Getúlio Vargas anulou a constituição de 1934 e dissolveu o Poder Legislativo. A partir daquele ano, Getúlio passou a governar com amplos poderes, inaugurando o chamado Estado Novo.
Estado Novo (1937 – 1945)
No dia 10 de novembro de 1937, era anunciado em cadeia de rádio pelo  presidente Getúlio Vargas o Estado Novo. Tinha início então, um período de ditadura na História do Brasil.
Sob o pretexto da existência de um plano comunista para a tomada do poder (Plano Cohen) Vargas fechou o Congresso Nacional e impôs ao país uma nova Constituição, que ficaria conhecida depois como "Polaca" por ter sido inspirada na Constituição da Polônia, de tendência fascista.
O Golpe de Getúlio Vargas foi organizado junto aos militares e teve o apoio de grande parcela da sociedade, uma vez que desde o final de 1935 o governo reforçava sua propaganda anti comunista, alarmando a classe média, na verdade preparando-a para apoiar a centralização política que desde então se desencadeava. A partir de novembro de 1937 Vargas impôs a censura aos meios de comunicação, reprimiu a atividade política, perseguiu e prendeu seus inimigos políticos, adotou medidas econômicas nacionalizantes e deu continuidade a sua política trabalhista com a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), publicou o Código Penal e o Código de Processo Penal, todos em vigor atualmente. Getúlio Vargas foi responsável também pelas concepções da Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho, do salário mínimo, e pelo descanso semanal remunerado.
O principal acontecimento na política externa foi a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo, fato este, responsável pela grande contradição do governo Vargas, que dependia economicamente dos EUA e possuía uma política semelhante à alemã.  A derrota das nações nazi fascistas foi a brecha que surgiu para o crescimento da oposição ao governo de Vargas. Assim, a batalha pela democratização do país ganhou força. O governo foi obrigado a indultar os presos políticos, além de constituir eleições gerais, que foram vencidas pelo candidato oficial, isto é, apoiado pelo governo, o general Eurico Gaspar Dutra.

Chegava ao fim a Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular.

REVISÃO SEGUNDA UNIDADE HISTÓRIA SEGUNDOS ANOS


ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA DA AMÉRICA PORTUGUESA
Como a coroa não tinha recursos suficientes para defende e ocupar as suas terras, optou-se por descentralizar a administração da América portuguesa através das Capitanias Hereditárias. O sistema foi adotado devido à presença de estrangeiros no litoral, à péssima situação econômico-financeira de Portugal e ao seu sucesso nas Ilhas do Atlântico.
Através desse sistema o território português foi dividido em parcelas de aproximadamente 300 km de faixa litorânea. Esses amplos territórios foram distribuídos a donatários, indivíduos da pequena nobreza ou funcionários do governo que estavam interessados em colonizar o Brasil.
Através das Cartas de Doação a coroa concedia a capitania ao donatário e estabelecia os poderes que ele teria em seus domínios. Outro documento, o Foral, dizia respeito aos direitos e alguns deveres que esses donatários teriam. Como o objetivo da coroa era atrair pessoas que estivessem interessadas em investir na colonização, esses documentos davam amplos poderes, que poderiam ser utilizados pelo donatário para escravizar e vender indígenas, julgar os habitantes da capitania (inclusive com condenação à morte), fundar vilas e organizar a capitania militarmente, e doar sesmarias (grandes extensões de terras).
As Capitanias Hereditárias não obtiveram o sucesso esperado, em parte por negligencia dos donatários (alguns nem chegaram a desembarcar no país) em parte por falta de dinheiro, ou ainda condicionantes locais, como a resistência de indígenas, a grande extensão das terras e a falta de comunicação. A necessidade de braços para o trabalho nas colônias americanas provocou a violência exercida pelos conquistadores europeus contra os povos americanos e africanos.
 Frente a essas dificuldades a coroa portuguesa resolve mudar a sua política, e estabelece a criação do Governo-Geral, com a função de centralizar o poder, organizar e prover apoio às Capitanias.
Desta forma é escolhida a Capitania de Todos os Santos para ser a sede do governo, fundando-se a cidade de Salvador, em 1549. Tratava-se da primeira Capitania sendo governada diretamente por funcionários da Coroa portuguesa. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, e com ele chegaram cerca de mil pessoas, entre funcionários, soldados, jesuítas e degradados. O objetivo era implantar um núcleo administrativo na colônia portuguesa.
Invasões Holandesas no Brasil
Durante a união ibérica, Portugal foi envolvido em sérios conflitos com outras nações europeias. A Holanda era emprestou dinheiro para Portugal estabelecer a economia açucareira no nordeste da sua colônia, este endividamento fez com que a Holanda viesse cobrar a sua dívida. O Brasil foi invadido pelos holandeses por duas vezes. No ano de 1624 ocorreu a posse de Salvador, que durou um ano, e em 1630 eles tomam Pernambuco, controlando quase todo o Nordeste por 24 anos, tendo como principal objetivo a comercialização do açúcar.
De todas as regiões nordestinas, a mais abastada do mundo no cultivo de açúcar era Pernambuco, e como o objetivo dos holandeses era o controle deste produto na Europa, Pernambuco foi um alvo importante durante as invasões holandesas.
Os holandeses pretendiam alcançar a região dos engenhos, porém, eles foram obstruídos pelas Milícias dos Descalços – guerrilheiros que tinham o intuito de fazer oposição às invasões.
No ano de 1637 chegou a Pernambuco, designado pela Companhia das Índias – empresa instituída pela Holanda para avalizar a comercialização do açúcar brasileiro -, o conde Maurício de Nassau, militar de nacionalidade alemã que para ali fora designado no intuito de consolidar o domínio holandês. Ele foi o responsável por um grande progresso no Nordeste durante sua administração: criaram-se muitos hospitais, asilos e várias ruas foram ladrilhadas.
Maurício de Nassau procurou obter a aceitação dos senhores de engenho e da população à ocupação holandesa, não se preocupou em gastar o dinheiro da Companhia das Índias para realizar melhorias nas cidades, em folguedos para o povo e principalmente em comodatos aos proprietários rurais que tiveram suas lavouras danificadas em virtude das lutas, estimulou as artes e as ciências e instituiu uma vida cultural totalmente nova e desconhecida até o momento pelo Brasil colonial.
Economicamente, tentou diferenciar a agricultura nordestina da pecuária do Rio Grande do Norte, no campo político expandiu a participação das camadas gerenciadoras, incluindo os judeus, portugueses e comerciantes, sendo que holandeses tornaram-se a metade dos representantes e a outra se constituía de luso-brasileiros.
Após a partida de Maurício de Nassau, intensificaram-se os conflitos entre os senhores de engenho e os comerciantes holandeses, pois devido a várias intempéries os senhores de engenhos não estavam conseguindo pagar os empréstimos efetuados para as plantações. A Companhia das Índias resolveu assumir as dívidas dos plantadores com os comerciantes, porém não o fez de graça, interveio nos engenhos confiscando a produção. Em 1654, após muitos confrontos, finalmente os colonos portugueses - apoiados por Portugal e Inglaterra - conseguiram expulsar os holandeses do território brasileiro.
O Bandeirismo
O bandeirismo foi um movimento expansionista desenvolvido pela população de São Paulo de Piratininga deslocando-se para o interior da colônia, durante boa parte do século XVII. Ao lado deste, devem ser destacadas as entradas, outro movimento de penetração de interior, cujas diferenças, em relação ao primeiro, são mais tradicionais do que efetivas: as entradas teriam organização oficial e não ultrapassariam a linha de Tordesilhas, entre outras, ao contrário das bandeiras, que seriam organizadas por particulares e não respeitariam o Tratado de Tordesilhas.
As razões do bandeirismo
Pode-se dizer que a penetração dos bandeirantes a partir de São Paulo, em direção ao Rio Grande do Sul. Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais foi facilitada pelas melhores condições da vegetação, relevo, clima e rios navegáveis, além do fato de os homens de Piratininga estar livres, no planalto, dos ataques estrangeiros que assolavam o litoral na época. Contudo, foi a pobreza dos habitantes de São Paulo que impulsionou o movimento bandeirista.
Antes que terminasse o século XVI, a capitania de São Vicente já estava mergulhada em profunda decadência. O solo pobre das terras litorâneas e o limite imposto pela serra do Mar, além da distância da metrópole, inviabilizaram a economia açucareira. Parte da população vicentina abandonou o litoral, deslocando-se para o planalto de Piratininga, onde o quadro econômico, contudo, não apresentava alterações sensíveis.
Dessa forma, isolados no planalto, desprovidos de uma lavoura de porte capaz de atrair os interesses metropolitanos e produzindo uns poucos gêneros, destinados basicamente à subsistência, os bandeirantes foram impulsionados a buscar novas riquezas nos sertões: índios que poderiam ser vendidos como escravos e metais preciosos.
São Paulo na época dos bandeirantes
A vila de São Paulo, no início do século XVII, era bastante pobre e sua população se constituía, na sua maioria, de mamelucos (mistura do branco com o índio). Como era forte a influência indígena, eram homens rudes, que dormiam em redes e se alimentavam à maneira nativa: carne de caça, peixes, frutas e um pouco de farinha, milho, feijão e mandioca.
Para o trabalho, valiam-se do braço indígena, que muitas vezes eram caçados e vendidos como escravos, sendo comum referir-se a estes como os "negros da terra". As bandeiras de caça ao índio mobilizavam todos os homens da vila e, embora dela participassem muitos brancos, sua maioria era constituída de mamelucos e de índios, vitais para o sucesso da empreitada. Portanto, o apresamento de índios para a escravidão era uma prática comum antes mesmo da fase áurea dos grandes ciclos do bandeirismo.
O ciclo de preação do índio
No início do século XVII, havia a necessidade de complementação de braços escravos nos engenhos litorâneos e, a partir daí, o apresamento de indígenas tornava-se uma atividade lucrativa, o que levou o bandeirante a trocar a caça ao índio bravio das matas pelo ataque às missões ou reduções jesuíticas, onde o nativo, já cristianizado, conhecia determinados ofícios e estava acostumado ao trabalho regular. Assim, entre 1612 e 1628, o bandeirante paulista Manuel Preto atacou sucessivas vezes a missão jesuítica de Guairá, trazendo para o cativeiro milhares de índios. Seguiu-se em 1629, bandeira de Antônio Raposo Tavares, cuja violência do ataque acabou obrigando os jesuítas a se fixar em outras áreas como Tapes, no Rio Grande do Sul, e Itatim, em Mato Grosso. Essas missões foram destruídas entre 1637 e 1648 pelo mesmo Raposo Tavares, um dos grandes nomes do bandeirismo de preação.
A época das grandes bandeiras de preação coincidiu com a ação holandesa, tomando as feitorias africanas e desviando o tráfico de escravos para o Nordeste, sob sua ocupação desde 1630. Tanto é que a normalização do tráfico africano na década de 1640 provocou o declínio do ciclo de apresamento.
O ciclo do bandeirismo de contrato
Na segunda metade do século XVII, os bandeirantes passaram a servir aos grandes proprietários rurais do Nordeste e à própria coroa portuguesa, fazendo a guerra aos· índios hostis e destruindo os quilombos, onde se concentravam escravos foragidos. Nessa medida, a atividade bandeirista implicava um contrato e uma forma de remuneração ou compensação, revestindo-se, além disso, de um caráter essencialmente militar.
Nesse ciclo, situam-se as guerras justas contra indígenas, inclusive do Norte do Brasil, e a guerra dos bárbaros que culminou com a destruição da Confederação dos Cariris, no Ceará e Rio Grande do Norte. A ocorrência mais importante, contudo, foi a destruição do quilombo dos Palmares (1695), situado no território alagoano e um dos mais importantes movimentos da resistência negra à escravidão. O responsável pelo aniquilamento do reduto quilombola foi Domingos Jorge Velho, um dos mais importantes bandeirantes do bandeirismo de contrato.
O Significado do Bandeirismo
A atuação do bandeirismo foi de fundamental importância para a ampliação do território português na América. Num espaço muito curto, os bandeirantes devassaram o interior da colônia, explorando suas riquezas e arrebatando grandes áreas do domínio espanhol, como é o caso das missões do Sul e Sudeste do Brasil. Antônio Raposo Tavares, depois de destruí-las, foi até os limites com a Bolívia e Peru, atingindo a foz do rio Amazonas, completando, assim, o famoso périplo brasileiro.
O bandeirante tornou-se, assim, um dos agentes da expansão territorial que deu ao Brasil sua configuração geográfica atual.
Escravidão No Brasil Colonial
         A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos dificultou esta prática. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste.
          Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII.
          Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras, difíceis e perigosas.
          A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam castigos físicos.
         Angola, Congo, Benguela Monjolo, Cabinda, Mina Quiloa, Rebolo, foram os principais grupos de pessoas que vieram na condição de escravos para o Brasil.
          O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem.
          Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias.
          Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma escondida.
          As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade.
          Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura.
          A escravidão só acabou no Brasil no ano de 1888, após a decretação da Lei Áurea.


REVISÃO SEGUNDA UNIDADE SEGUNDOS ANOS FILOSOFIA


CONCEITO DE LINGUAGEM
Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Ela possui uma função denotativa, exprime sentimentos e valores, é um sistema de sinais ou de signos e  tem uma função comunicativa.
FUNÇÕES DA LINGUAGUEM
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona?
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas:
Função referencial ou denotativa
Neste tipo de discurso o emissor centra a sua mensagem de forma predominante sobre quem a mensagem se destina. Estes discursos são caracterizados pela objetividade, neutralidade e imparcialidade do emissor. Um exemplo deste discurso são as notícias jornalísticas, as informações técnicas e científicas.
Exemplo: A dengue se alastrou por toda à cidade do Rio de Janeiro.
Função emotiva ou expressiva
Neste tipo de discursos o que predomina é a atitude do emissor, seus sentimentos e emoções perante o referente (a quem a mensagem se destina), produzindo uma apreciação subjetiva. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
Função conativa ou apelativa
Trata-se de um tipo de discurso onde o emissor procura influenciar, seduzir, convencer ou persuadir o receptor provocando nele uma reação. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.
Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!
Função Metalingüística
Essa função tem por finalidade definir o sentido dos sinais que podem ser compreendidos pelo receptor. Usa a linguagem para falar dela mesma. É a palavra comentando a palavra, o cinema falando do cinema, a pintura expressando a pintura. Estas funções raramente surgem isoladas, em geral aparecem combinadas. A sua predominância é que caracteriza o tipo de discurso.
Exemplo: Frase é qualquer enunciado lingüístico com sentido acabado.
Função Fática
A função fática tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação ou testar o canal. Entendeu? A pergunta “entendeu?” é um bom exemplo de função fática.
Exemplo: Alô mainha!
 Estou em casa, ok ?
  Você me ouve ?
 Alô !!
Função Poética
É a linguagem presente nas obras literárias de poesia, entre outras. As palavras e suas combinações são valorizadas. Não se deixe confundir; embora seja mais comum em poesia, essa função pode aparecer em qualquer tipo de mensagem lingüística, como letras de músicas, textos de propaganda, entre outros.
Exemplo:
No peito a mata
aperta o pranto
do olhar do louco
pra meia-lua.
O clímax da noite,
escorrendo orvalho como estrelas,
refletindo nas águas
da cachoeira gelada.
Cabeça caída, cabelos escorridos,
pêlos eriçados pela emoção nativista.
Segurem as florestas, mãos fortes,
decididas!
Ficar o vazio é não ter a noite
é não ter o clímax.
O clímax da vida!
TIPOS DE LINGUAGENS
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
SENSO COMUM
O senso comum é o conhecimento adquirido por exigências da vida cotidiana; fornece condições para agi-lo, todavia é um conjunto de concepções fragmentadas, recebidas sem crítica e, muitas vezes, incoerentes, tornando-se, assim, fonte de preconceitos.
BOM SENSO
O bom senso, ao contrário do senso comum, apresenta-se como uma elaboração refletida e coerente do saber; em vez da aceitação cega de determinações alheias, pelo bom senso o sujeito livre e crítico questiona os valores estabelecidos, e decide pelo que se revela mais sensato ou plausível.
CIÊNCIA
A ciência caracteriza-se como um sistema de conhecimentos, expressos em proposições gerais e objetivas sobre a realidade empírica; é um conhecimento construído por um processo de raciocínio rigoroso e metodicamente conduzido, baseado na experiência, permitindo explicar, prever e atuar sobre os fenômenos.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
O conhecimento filosófico caracteriza-se como um saber elucidativo, crítico e especulativo; como elucidativo, visa a esclarecer e a delimitar conceitos e problemas; como crítico, nada aceita sem exame prévio e reflexão; como especulativo, assume a atitude teórica e globalizadora, que envolve os problemas em uma visão total.
CONSCIÊNCIA MORAL
É a certeza interior instantânea que algumas atitudes são certas ou erradas. A consciência moral também pode resultar no sentimento de culpa ou em alegria, dependendo do valor moral das ações em questão. O sentimento de culpa quando alguém faz alguma coisa errada é popularmente descrito como consciência pesada.
É a maneira como avaliamos além de nossos sentimentos, mas também o pensamento de outras pessoas.





REVISÃO FILOSOFIA 1º ANO SEGUNDA UNIDADE


Filosofia antiga (do século VI A.C. ao século VI d.C.)
Pré-Socráticos (Séc VII – V A.C.):  Também conhecido como o período Naturalista em que o interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza. Filósofos deste período: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso.
Socráticos (Séc IV A.C): O mais importante da história do pensamento grego. O interesse pela natureza é integrado com o interesse pelo espírito e são construídos os maiores sistemas filosóficos culminando com Aristóteles. Período marcado pela democracia que dava direito de igualdade à todos nas cidades. Sócrates foi seu maior expoente porém ele mesmo não deixou nada por escrito e alguns questionam até mesmo a sua existência visto que o seu discípulo Platão foi quem organizou e publicou os seus pensamentos sendo o mais famosos dele o : “Só sei que nada sei” colocando a humildade e a necessidade de estar aberto à novos conhecimentos  em primeiro lugar.  
Sistemáticos: Marcados pela atuação d Aristóteles que introduziu todo o saber específico para que se conhecessem todas as coisas, abrangessem vários períodos e várias formas de pensamento, o que recebeu o nome de lógica.
Helênicos: Foi o último período da Filosofia Antiga marcado pela expansão do pensamento Ocidental para diversas regiões, por exemplo Roma. A miscigenação entre a cultura Ocidental e Oriental fez com que a Filosofia fosse acrescida com aspectos místicos e religiosos.
Filosofia patrística (do século I ao século VII)
A patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Pais da Igreja para conciliar a nova religião – o Cristianismo - com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer os pagãos da nova verdade e convertê-los a ela. A Filosofia patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos.
A patrística foi obrigada a introduzir ideias desconhecidas para os filósofos greco-romanos: a ideia de criação do mundo, de pecado original, de Deus como trindade una, de encarnação e morte de Deus, de juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos, etc. Precisou também explicar como o mal pode existir no mundo, já que tudo foi criado por Deus, que é pura perfeirção e bondade.
Filosofia medieval (do século VIII ao século XIV)
Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava Cruzadas à Terra Santa e criava, à volta das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. E, a partir do século XII, por ter sido ensinada nas escolas, a Filosofia medieval também é conhecida com o nome de Escolástica.
Filosofia da Renascença (do século XIV ao século XVI)
A efervescência teórica e prática foi alimentada com as grandes descobertas marítimas, que garantiam ao homem o conhecimento de novos mares, novos céus, novas terras e novas gentes, permitindo-lhe ter uma visão crítica de sua própria sociedade. Essa efervescência cultural e política levaram a críticas profundas à Igreja Romana, culminando na Reforma Protestante, baseada na ideia de liberdade de crença e de pensamento. À Reforma a Igreja respondeu com a Contrarreforma e com o recrudescimento do poder da Inquisição.
Filosofia moderna (do século XVII a meados do século XVIII)
A realidade é um sistema de causalidades racionais rigorosas que podem ser conhecidas e transformadas pelo homem. Nasce a ideia de experimentação e de tecnologia (conhecimento teórico que orienta as intervenções práticas) e o ideal de que o homem poderá dominar tecnicamente a Natureza e a sociedade. E o Empirismo que diz que o conhecimento baseia-se exclusivamente na experiência, sem que haja mediação da teoria. O empirismo foi definido pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke, no século XVII. Locke argumentou que a mente seria, um "quadro em branco" sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação, ou seja, todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.
Filosofia da Ilustração ou Iluminismo (meados do século XVIII ao começo do século XIX)
Esse período também crê nos poderes da razão, chamada de As Luzes (por isso, o nome Iluminismo). O Iluminismo afirma que • pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política (a Filosofia da Ilustração foi decisiva para as idéias da Revolução Francesa de 1789);
Filosofia Contemporânea
Abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX e chega aos nossos dias. Esse período, por ser o mais próximo de nós, parece ser o mais complexo e o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes porque as estamos vendo surgir diante de nós.