Imperialismo Europeu na África e na
Ásia
Imperialismo é uma política de
expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras.
Ideologia
do imperialismo (europeu):
Os ideólogos do imperialismo
acreditavam que o modelo de civilização europeu era o que oferecia as melhores
condições de vida ao homem. Logo, quem estivesse apartado de tal modelo,
viveria em uma condição inferior e não tão privilegiada se colocada em contraponto
à funcionalidade de várias instituições e costumes de origem europeia. Com
isso, a presença europeia na África e na Ásia deixava de ser vista como um
injusto processo de invasão.
A aplicação do evolucionismo
darwiniano à sociedade: “em cada espécie existe uma permanente concorrência
entre seus membros; as plantas e os animais mais aptos transmitem suas
características genéticas favoráveis ao maior número de descendentes. Ocorre,
desse modo, uma seleção natural das espécies. Por sua vez, o darwinismo social
pregava que na luta pela vida só sobreviveriam as raças e as nações mais
capazes”. Podemos concluir, segundo essa ideologia, que o colonialismo seria
uma missão civilizadora de uma raça superior, branca, representada pelos
europeus e norte-americanos.
O imperialismo, na sua forma de
expansão territorial, ainda não está inteiramente liquidado, pois alguns
territórios, especialmente na África, continuam com o seu status colonial.
Também subsiste na sua forma comercial e financeira, quando se usa da coerção e
não da concorrência para obter de outros povos privilégios e vantagens de
caráter especial.
Imperialismo
Europeu:
O vigoroso e extraordinário
crescimento da industrialização ocorrido durante a segunda metade do século XIX
só foi possível devido às novas invenções técnicas, às grandes pesquisas e
descobertas científicas, notadamente no campo da química industrial, e ao
desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação. Mais que tudo, porém,
teve importância decisiva a grande acumulação de capital que possibilitou as
pesquisas técnicas e científicas aplicadas à indústria. Como resultado desse
processo, os países industrializados precisavam de novos mercados consumidores,
produtores de matéria-prima e investidores.
Expansionismo Norte Americano Big
Stick
O Big Stick (em português:
"Grande Porrete") foi o slogan usado pelo presidente Theodore
Roosevelt para descrever o estilo de diplomacia empregada como corolário da
Doutrina Monroe, a qual especificava que os Estados Unidos da América deveriam
assumir o papel de polícia internacional no Ocidente. Foi como uma
"injeção de economia" nos países da America do Sul.
Ideologia
do Big Stick
A
ideologia, ou ainda diplomacia ou política do Big Stick (em português, “grande
porrete”) é o nome com que frequentemente se faz referência à política externa
dos Estados Unidos sob a presidência de Theodore Roosevelt (1901-1909). O termo
foi inspirado em um provérbio, originário da África Ocidental, que apregoava:
“Fale com suavidade, e carregue um grande porrete, assim irás longe”. Do mesmo
modo, Roosevelt atuava mantendo um ar amistoso e cordial nas negociações, e ao
mesmo tempo deixava evidente a possibilidade de usar a força para sobrepujar
seus opositores e conseguir seu intento. Foi uma continuidade do expansionismo
interno, marcado pela Marcha para o Oeste e pela Guerra de Secessão, que
implicou nas seguidas intervenções militares norte-americanas que transformaram
o Caribe em sua área de influência.
O presidente criaria ainda o
Corolário Roosevelt, no qual apoiava a Doutrina Monroe (marcada pela frase “América para os
americanos”) e procurava estendê-la sob um ponto de vista que favorecesse os
EUA. Para isso, transformou as Américas em uma esfera de influência
exclusivamente norte-americana, sobretudo a área da América Central. Foi no
governo de Roosevelt, por exemplo, que entrou em vigor a Emenda Platt, um
dispositivo legal adicionado à constituição da recém independente Cuba, que permitia aos Estados
Unidos intervir no país caso seus interesses na ilha se encontrassem ameaçados.
Também durante o governo de Roosevelt temos a independência do Panamá, na qual
a atuação de bastidores dos norte-americanos foi decisiva. Uma vez
independente, o Panamá não tardou em negociar uma vantajosa cessão da área do
entorno do Canal do Panamá aos Estados Unidos. A área do Canal permaneceria sob
controle norte-americano até 1999.
A doutrina do Big Stick continuou a
ser reproduzida de uma maneira ou de outra pelos presidentes seguintes, em um
capítulo da história conhecido como Guerras das Bananas. Trata-se de uma série
de ocupações militares feitas pelos norte-americanos em vários países do
continente, entre 1898 e 1934. Os países afetados são México, Cuba, Panamá,
República Dominicana, Honduras, Haiti, Nicarágua, além do território associado
de Porto Rico, (anexado durante a Guerra Hispano-Americana de 1898).
Na prática, ainda hoje, a América
Latina é uma área sob forte influência dos EUA, em especial as nações da
América Central, num claro reflexo das ideias do Big Stick. De fato, é ali que
se estrutura a influência norte-americana, sendo irradiada dali para todas as
outras regiões do planeta.
O Brasil na Primeira República
O período que vai de 1889 a 1930 é
conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado
pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O
Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um
significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais
aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
A
República da Espada (1889 a 1894)
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu
a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos
cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca
tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o
vice-presidente Floriano Peixoto. O militar Floriano, em seu governo,
intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
A
Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)
Após o início da República havia a
necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia
os ideais da monarquia. A constituição de 1891 garantiu alguns avanços
políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os
interesses das elites agrárias do país. A nova constituição implantou o voto
universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente
ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República
das Oligarquias
O período que vai de 1894 a 1930 foi
marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes
políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e
Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições,
mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite
agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes
implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país,
principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu neste período o tenentismo,
que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que
faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e
mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no
ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de
Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.
Política
do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta
época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os
mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república.
Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo
sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite
(mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários
ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite
privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região
Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país.
As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes
políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Política
dos Governadores
Montada no governo do presidente
paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em
suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O
presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto
estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a
época do governo.
O
coronelismo
A figura do "coronel" era
muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões
do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu
poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o
voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a
violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem
nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram
pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos
candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos"
para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos
fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
O
Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo
governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise.
Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente
de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques
eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de
exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A
crise da República Velha e o Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para
presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir
um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente
Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão,
rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da
Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a
presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas
eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal,
que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da
Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim
da República Velha e início da Era Vargas.
Revolta
de Canudos
Ocorreu entre os anos de 1893-1897
na Bahia.
Antônio Conselheiro chegou em 1893 à
uma velha fazenda abandonada no sertão baiano e ali liderou a formação de
Canudos. Desde os tempos do império ele fazia pregações que atraíam multidões
de moradores do sertão nordestino.
Milhares de pessoas se mudaram para
Canudos. Buscavam paz e justiça em meio à fome e à seca do sertão.
Comandada por Antônio Conselheiro, a
população vivia num sistema comunitário, em que as colheitas, os rebanhos e o
fruto do trabalho eram repartidos. Só havia propriedade privada dos bens de uso
pessoal. Não havia cobrança de impostos nem autoridade policial. A prostituição
e a venda de bebidas alcoólicas eram rigorosamente proibidas.
O povoado de Canudos tinha leis
próprias, não obedecendo ao poder público que governava o país. Representava
uma alternativa de sociedade para os sertanejos que desejavam fugir da
dominação dos grandes coronéis.
Os fazendeiros baianos e a elite
política local temiam o crescimento de Canudos e passaram a exigir providências
do governo para destruir a comunidade.
Os inimigos da comunidade de Canudos
diziam que ali viviam fanáticos, loucos e monarquistas. A história tradicional
repetiu essas acusações como se fossem verdades absolutas. Assim, não
considerava que um dos principais motivos que uniam os sertanejos de Canudos
era a necessidade de fugir da fome e da violência.
A religiosidade foi a forma
encontrada pelos sertanejos para traduzir sua revolta e sua vontade de
construir uma ordem social diferente.
A
destruição de Canudos
Como as tropas dos coronéis locais e
do governo estadual baiano não conseguiram esmagar as forças de Canudos, o
governo federal entrou na luta. Várias tropas militares enviadas pelo poder
central foram derrotadas. Um poderoso exército de 7 mil homens foi organizado
pelo próprio ministro da Guerra. Canudos foi completamente destruído em 5 de outubro
de 1897; mais de 5 mil casas foram incendiadas pelo exército.
Guerra
do Contestado
Ocorreu entre os anos de 1912 a
1916, na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, numa região contestada
(disputada) pelos dois estados. Nessa área, era grande o número de sertanejos
sem-terra e famintos que trabalhavam sob duras condições para os fazendeiros
locais e duas empresas norte-americanas que atuavam ali.
Os sertanejos de Contestado
começaram a se organizar sob a liderança de um “monge” chamado João Maria. Após
sua morte, surgiu em seu lugar um outro “monge”, conhecido como João Maria
(Miguel Lucena Boaventura).
Reuniu mais de 20 mil sertanejos e
fundou com eles alguns povoados que compunham a chamada “Monarquia Celeste”. A
“monarquia” do Contestado tinha um governo próprio e normas igualitárias, não
obedecendo às ordens emanadas das autoridades da república.
Os sertanejos do Contestado foram
violentamente perseguidos pelos coronéis-fazendeiros e pelos donos das empresas
estrangeiras, com o apoio das tropas do governo. O objetivo era destruir a
organização comunitária dos sertanejos e expulsá-los das terras que ocupavam.
Em novembro de 1912, o monge Jose
Maria foi morto em combate e “santificado” pelos moradores da região. Seus
seguidores, criaram novos núcleos que foram, combatidos e destruídos pelas
tropas do exercito brasileiro. Os últimos núcleos foram arrasados por tropas de
7 mil homens armados.
Cangaço:
Revolta e Violência no Nordeste
Ocorreu entre os anos de 1870 a 1940
(setenta anos), no Nordeste do Brasil.
Para alguns pesquisadores, ele foi
uma forma pura e simples de banditismo e criminalidade. Para outros foi uma
forma de banditismo social, isto é, uma forma de revolta reconhecida como algo
legítimo pelas pessoas que vivem em condições semelhantes.
Motivos
para o acontecimento do cangaço:
Miséria, fome, seca e injustiças dos
coronéis-fazendeiros produziram no semiárido do Nordeste um cenário favorável à
formatação de grupos armados conhecidos como cangaceiros. Os cangaceiros
praticavam crimes, assaltavam fazendas e matavam pessoas.
Os dois mais importantes bandos do
cangaço foi o de Antônio Silvino e o de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião,
o “Rei do Cangaço”.
Depois que a polícia massacrou o
“bando de Lampião”, em 1938, o cangaço praticamente desapareceu do Nordeste.
Revolta
da Vacina
No governo do presidente Rodrigues
Alves (1902-1906), o Rio de Janeiro, era uma cidade no qual a população
enfrentava graves problemas: pobreza, desemprego, lixo amontoado nas ruas,
muitos ratos e mosquitos transmissores de doenças. Milhares de pessoas morriam
em consequência de epidemias como febre amarela, peste bubônica e varíola.
Os primeiro governos republicanos
queriam transformar o Rio de Janeiro na “capital do progresso”, que mostrasse
ao país e ao mundo “o novo tempo” da República. Coube ao presidente Rodrigues
Alves a decisão de reformar e modernizar o Rio de Janeiro.
Os cortiços e os casebres dos
bairros centrais foram demolidos. A população foi desalojada e passou a morar
em barracos nos morros do centro ou em bairros distantes do subúrbio.
Combater as epidemias era um dos
principais objetivos do governo; o medico Oswaldo Cruz, diretor da Saúde
Pública, convenceu o presidente a decretar a lei da vacinação obrigatória
contra a varíola.
A população não foi esclarecida
sobre a necessidade da vacina. Diversos setores da sociedade reagiram à vacina
obrigatória: havia os que defendiam que a aplicação de injeções em mulheres era
imoral, ou que a obrigatoriedade ia contra a liberdade individual. Outros, não
compreendiam como uma doença poderia ser evitada com a introdução de seu
próprio vírus no corpo.
Revolta
da Chibata
Ocorreu no Rio de Janeiro, foram os
marinheiros que se revoltaram contra os terríveis castigos físicos a que eram
submetidos.
Ficou conhecido como Revolta da
Chibata, porque os marinheiros queriam mudanças no Código de Disciplina da
Marinha, que punia as faltas graves dos marinheiros com 25 chibatadas. Além dos
castigos físicos, os marinheiros reclamavam de má alimentação e dos miseráveis
salários que recebiam.
Semana
de Arte Moderna
A Semana, realizada entre 11 e 18 de
fevereiro de 1922, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo
a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros
buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito,
experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com
a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a
este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os
sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos.
Embora
tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir
sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento
modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista
Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos:
Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento
Antropofágico.
Todo
novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior,
isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura,
literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito,
isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por
fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os
artistas brasileiros.
Tenentismo
Foi o movimento político-militar
que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na
República Velha. Era liderado por jovens oficiais das Forças Armadas,
principalmente tenentes.
Principais
propostas do Tenentismo:
Queriam
a moralização da administração pública;
Queriam
o fim da corrupção eleitoral;
Reivindicavam
o voto secreto e uma justiça Eleitoral confiável;
Defendiam
a economia nacional contra a exploração das empresas e do capital estrangeiro;
Desejavam
uma reforma na educação pública para que o ensino fosse gratuito e obrigatório
para todos os brasileiros.
A maioria das propostas contava com
a simpatia de grande parte das classes médias urbanas, dos produtos rurais que
não pertenciam ao grupo que estava no poder e de alguns empresários da
indústria.
Revolta
do Forte de Copacabana
Primeira
Revolta Tenentista, iniciou em 05/07/1922.
Foi
uma revolta para impedir a posse do presidente Artur Bernardes.
Tropas do governo cercaram o Forte
de Copacabana, isolando os rebeldes. Dezessete tenentes e um civil saíram para
as ruas num combate corpo-a-corpo com as tropas do governo. Dessa luta suicida,
só dois escaparam com vida: os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos.
O
episódio ficou conhecido como Os Dezoito do Forte.
Movimento
Operário
Na primeira década do século XX, o
Brasil já tinha um contingente operário com mais de 100 mil trabalhadores,
sendo a grande maioria concentrada nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Foi nesse contexto que as reivindicações por melhores salários, jornada de
trabalho reduzida e assistência social conviveram com perspectivas políticas
mais incisivas que lutavam contra a manutenção da propriedade privada e do
chamado “Estado Burguês”.
Entre os anos de 1903 e 1906, greves
de menor expressão tomavam conta dos grandes centros industriais. Tecelões,
alfaiates, portuários, mineradores, carpinteiros e ferroviários foram os
primeiros a demonstrar sua insatisfação. Notando a consolidação desses
levantes, o governo promulgou uma lei expulsando os estrangeiros que fossem
considerados uma ameaça à ordem e segurança nacional. Essa primeira tentativa
de repressão foi imediatamente respondida por uma greve geral que tomou conta
de São Paulo, em 1907.
Mediante a intransigência e a
morosidade do governo, uma greve de maiores proporções foi organizada em 1917,
mais uma vez, em São Paulo. Os trabalhadores dos setores alimentício, gráfico,
têxtil e ferroviário foram os maiores atuantes nesse novo movimento. A tensão
tomou conta das ruas da cidade e um inevitável confronto com os policiais
aconteceu. Durante o embate, a polícia acabou matando um jovem trabalhador que
participava das manifestações.
Esse evento somente inflamou os
operários a organizarem passeatas maiores pelo centro da cidade. Atuando em
outra frente, trabalhadores formaram barricadas que se espalharam pelo bairro
do Brás resistindo ao fogo aberto pelas autoridades. No ano seguinte,
anarquistas tentaram conduzir um golpe revolucionário frustrado pela
intercepção policial. Vale lembrar que toda essa agitação se deu na mesma época
em que as notícias sobre a Revolução Russa ganhavam os jornais do mundo.
Passadas todas essas agitações, a
ação grevista serviu para a formação de um movimento mais organizado sob os
ditames de um partido político. No ano de 1922, inspirado pelo Partido
Bolchevique Russo, foi oficializada a fundação do PCB, Partido Comunista
Brasileiro. Paralelamente, os sindicatos passaram a se organizar melhor,
mobilizando um grande número de trabalhadores pertencentes a um mesmo ramo da
economia industrial.
Revoltas
de 1924
Dois anos depois da Primeira Revolta
ocorreram novas rebeliões tenentistas em regiões como o Rio Grande do Sul e São
Paulo.
Depois de ocupar a capital paulista,
as tropas tenentistas abandonaram suas posições diante da ofensiva armada do
governo.
Com uma numerosa tropa de mil
homens, os rebeldes formaram a coluna paulista, que seguiu em direção ao sul do
país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, liderada pelo capitão
Luís Carlos Prestes.
Coluna
Prestes
As duas forças tenentistas uniram-se
e decidiram percorrer o interior do país, procurando apoio popular para novas
revoltas contra o governo. Nascia aí a Coluna Prestes, pois ambas tropas eram
lideradas por Prestes.
Durante mais de dois anos (1924 a
1926), a Coluna Prestes percorreu 24 mil quilômetros através de 12 estados. O
governo perseguia as tropas da Coluna Prestes que, por meio de manobras
militares, conseguia escapar. Em 1926 os homens que permaneciam na Coluna
Prestes decidiram ingressar na Bolívia e desfazer a tropa.
A Coluna Prestes não conseguiu
provocar revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo, mas também não foi
derrotada por eles. Isso demonstrava que o poder na República Velha não era tão
inatacável.
Primeira
Guerra Mundial
O descontentamento da partilha da Ásia e
da África deixaram vários países irritados. Alemanha e Itália haviam ficado de
fora do processo neocolonial. França e Inglaterra podiam explorar diversas
colônias ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A corrida
armamentista fazia com que o clima de apreensão e medo entre os países
aumentassem.
A França havia perdido a região da
Alsácia-Lorena para a Alemanha durante a Guerra Franco Prussiana de 1870.
Houve a formação de alianças: Entente
(Inglaterra, França e Rússia) X Aliança (Itália, Alemanha e Império
Austro-Húngaro).
Disputa entre o Pan-Eslavismo
(baseava-se na ideia de que os russos deveriam ser líderes e protetores dos
Estados eslavos dos Balcãs) X Pangermanisno (preconizava a expansão da Alemanha
com a incorporação de todos os povos de origem germânica que habitavam a Europa
Central).
O estopim (começo) foi o assassinato do
príncipe do Império Austro-Húngaro Francisco Ferdinando em 28 de junho de 1914.
Ela ficou conhecida como Guerra de
Trincheiras. Também houve o uso de aviões, submarinos e tanques de guerra.
O fim da guerra ocorreu quando em 1917
houve a entrada dos EUA no conflito ao lado da Tríplice Entente. Os países da
aliança foram forçados a assinarem a rendição e também assinaram o Tratado de
Versalhes. A Alemanha teve seu exército controlado, devolveu a Alsácia-Lorena
para a França além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencidos.
A PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL (1914/1918)
1. Fatores:
•
Aprofundamento das disputas imperialistas: Alemanha X Inglaterra.
• Paz
armada: Corrida armamentista – grande desenvolvimento da indústria bélica
Formação de
Alianças – Tríplice aliança (Alemanha,
Império austro-húngaro e Itália) X Entente (Inglaterra, França e Rússia).
•
Reaparecimento de nacionalismos:
- Alemanha
– Pan-germanismo.
- França –
Revanchismo.
- Rússia –
Pan-eslavismo.
- Sérvia –
Grande Sérvia.
• Questão
balcânica: interesses -
- Rússia –
Saída para o Mediterrâneo (domínio sobre os estreitos de bósforo e dardanelos).
- Império
austro-húngaro – Conquista da Bósnia-herzegovina.
- Alemanha
– Ferrovia Berlim – Bagdá.
• Causa
imediata - Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando.
2.
Desdobramentos:
• Tratado
de Versalhes (1919) – revanchismo anti-alemão – ressurgimento do nacionalismo –
nazismo – segunda guerra mundial.
• Revolução
russa (1917) – surgimento do primeiro Estado socialista da História.
• Declínio
do capitalismo europeu.
• Ascensão
dos EUA.
REVOLUÇÃO
RUSSA
Rússia
Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em
extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema
czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou
seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia.
Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca
indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a
cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento,
manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do
encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos
sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os
bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da
monarquia.
A
Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltavam alimentos na Rússia
czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo
assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e
os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.
Greves,
manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e
rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro
do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais
empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo
de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como
governo provisório.
A
Revolução Russa de outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa
havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma
nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão,
liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o
socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os
bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos
trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da
Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC
(Partido Comunista).
A
formação da URSS
Após a revolução, foi implantada a
URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de
grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política
Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais
tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a
revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que
diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação
considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia
imperava na URSS.
Os
líderes da União Soviética durante o regime socialista:
-
Vladimir Lenin (8 de novembro de 1917 a 21 de janeiro de 1924)
-
Josef Stalin (3 de abril de 1922 a 5 de março de 1953)
-
Nikita Khrushchov (7 de setembro de 1953 a 14 de outubro de 1964)
-
Leonid Brejnev (14 de outubro de 1964 a 10 de novembro de 1982)
-
Iúri Andopov (12 de novembro de 1982 a 9 de fevereiro de 1984)
-
Konstantin Chernenko (13 de fevereiro de 1984 a 10 de março de 1985)
-
Mikhail Gorbachev (11 de março de 1985 a 24 de agosto de 1991)