segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CONHECIMENTO FILOSOFIA 1º ANOS

CONHECIMENTO
                É o ato ou efeito de conhecer, é ter ideia ou a noção de alguma coisa. É o saber, a instrução e a informação. Conhecimento também inclui descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos.
                Categorias do conhecimento:
*Sensorial – É o conhecimento comum entre seres humanos  e animais
*Intelectual – É o raciocínio, o pensamento do ser humano.
*Popular – É a forma de conhecimento de uma determinada cultura.
*Científico – São análises baseadas em provas.
*Filosóficos – Está ligado à construção de ideias e conceitos.
*Teológicos -  É o conhecimento adquirido a partir da fé.



                

O MITO DA CAVERNA EM QUADRINHOS - FILOSOFIA 1º ANOS.


http://www.slideshare.net/leonardovasconcelos/mito-da-caverna-de-plato-verso-maurcio-de-souza-em-quadrinhos

Vejam o Mito da Caverna em Quadrinhos e façam uma Produção textual: Qual o real sentido da vida?
Enviem para o email luzinhaxav@gmail.com.br
Para os alunos dos 1º A,B,C,D,E,F.

Filosofia - A Arte Serve para quê?


http://www.youtube.com/watch?v=l4x3pdWvGMc

Assistir a Teleaula e fazer uma produção textual com o título: " A Arte serve para quê?"
Para os 3º D,E e F.
Enviar para o email: luzinhaxav@gmail.com.

AULA 37 - REBELIÕES NAS PROVÍNCIAS BRASILEIRAS


http://www.youtube.com/watch?v=VH7JvK2iVRc
AULA 37 -  REBELIÕES NAS PROVÍNCIAS BRASILEIRAS
1º) QUAL FOI A CARACTERÍSTICA PRINCIPAL DO SÉCULO XIX E QUAIS FORAM OS FATOS MAIS MARCANTES DA ÉPOCA?
2º)QUEM FOI FREI CANECA? O QUE FOI A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR E POR QUE FREI CANECA CRITICAVA O GOVERNO DE DOM PEDRO I E A CONSTITUIÇÃO IMPERIAL?
3º) QUAIS AS PRINCIPAIS CRÍTICAS FEITS PELOS MEMBROS DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR EM RELAÇÃO À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL?
4º) QUAIS OS LOCAIS QUE TIVERAM REAÇÕES CONTRÁRIAS À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL ?
5º) QUAIS OS OUTROS MOVIMENTOS SEPARATISTAS OCORRIDOS NO BRASIL E QUAIS FORAM OS MOTIVOS ALEGADOS PARA ESTA SEPARAÇÃO?
6º) POR QUE DOM PEDRO I RENUNCIOU AO TRONO BRASILEIRO EM 1831 E QUEM ASSUMUIU APÓS A SUA RENÚNCIA?
7º) COMO O BRASIL FOI GOVERNADO DE 1831 ATÉ 1840?
) POR QUE HOUVE A CRIAÇÃO DA GUARDA NACIONAL?
9º) O QUE FOI E ONDE OCORREU A:
A)     CABANADA
B)      SABINADA
C)      BALAIADA
D)     GUERRA DOS FARRAPOS
E)      REVOLUÇÃO PRAEIRA
10º) POR QUE HOUVE A ANTECIPAÇÃO DA MAIORIDADE DE DOM PEDRO II?

PARA OS 2º A,B,C,D,E,e F.
ENVIAR RESPOSTAS PARA O EMAIL luzinhaxav@gmail.com

O FIM DO SOCIALISMO REAL


http://www.youtube.com/watch?v=i3bmMu0m05E

RESOLVER AS QUESTÕES 1º AO 4º DO LIVRO DIDÁTICO pg.: 192.
PARA OS 3º D,E e F
ENVIAR AS RESPOSTAS PARA O EMAIL luzinhaxav@gmail.com

CONFLITOS E TENSÕES DO MUNDO ATUAL

http://www.youtube.com/watch?v=cfM7MeE58K8
Resolver as questões 1º ao 4º pg. 233 do Livro Didático.
PARA OS ALUNOS DO 3ºD, E e F.
ENVIAR RESPOSTAS PARA O EMAIL luzinhaxav@gmail.com

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

AS REVOLUÇÕES AMERICANAS - AULA 35


http://www.youtube.com/watch?v=bcVMuibOXws

AS REVOLUÇÕES AMERICANAS  - AULA 35
1º) QUAIS FORAM AS PALAVRAS CHAVES DAS INDEPENDÊNCIAS DAS COLÔNIAS AMERICANAS?
2º) O QUE FOI O EXCLUSIVO COLONIAL?
3º) O QUE FOI OS CABILDOS E O QUE DEFENDIAM OS REALISTAS E PATRIOTAS?
4º) QUAIS OS ANOS DE INDEPENDÊNCIA :
A)     ARGENTINA
B)      MÉXICO
C)      EQUADOR
D)     COLÔMBIA
5º) POR QUE HAVIAM CONFLITOS ENTRE CRIOLLOS E PENINSULARES?
6º) OS ESCRAVOS PARTICIPAVAM DA  INDEPENDÊNCIA DAS AMÉRICAS?
7º) O QUE HOUVE NO HAITI?
8º) QUAIS OS INTERESSES DOS TRADICIONALISTAS, LIBERAIS E DOS CAUDILHOS?
9º) O QUE É O PANAMERICANISMO, POR QUE ELE NÃO DEU CERTO, QUEM O PROPÔS E QUAL É A SUA NOVA VERSÃO?
10º) QUAIS  OS INTERESSES DE DOM PEDRO I AO ASSUMIR O PODER DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA E QUAL FOI A REAÇÃO  DOS PATRIOTAS BRASILEIROS?
11º) QUAIS AS REVOLTAS SEPARATISTAS QUE OCORRERAM NO BRASIL?
12º) COMO FOI A EXPANSÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA?
13º) O QUE OCORREU NA GUERRA DA SECESSÃO E NO PÓS GUERRA?

AULA 34 – A COLÔNIA SE VESTIU DE METRÓPOLE

http://www.youtube.com/watch?v=gEmCOyqc9ic

AULA 34 – A COLÔNIA SE VESTIU DE METRÓPOLE

1º) PORQUE EXISTE PRODUTO IMPORTADO NO BRASIL?
2º) QUAL A DIFERENÇA DO EMBARQUE DE PORTUGAL NA DESCOBERTA DO BRASIL  E TREZENTOS ANOS DEPOIS?
3º) O QUE FOI A ABERTURA DOS PORTOS ÀS NAÇÕES AMIGAS?
4º) O QUE FOI O MONOPÓLIO COMERCIAL?
5º) COMO FORAM AS TRANSFORMAÇÕES NO RIO DE JANEIRO (ANTES E DEPOIS)?
6º)POR QUE A FAMÍLIA REAL FICOU TANTO TEMPO NO BRASIL E QUAIS OS ÓRGÃOS CRIADOS NESTE PERÍODO?
7º) O QUE HOUVE DEPOIS DA DERROTA DE NAPOLEÃO BONAPARTE NA EUROPA E NO BRASIL?


domingo, 19 de maio de 2013

JUSTIÇA


Justiça significa respeito à igualdade de todos os cidadãos, e é um termo que vem do latim. É o principio básico de um que tem o objetivo de manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal.
É um termo abstrato que designa o respeito pelo direito de terceiros, a aplicação ou do seu direito por ser maior em virtude moral ou material. A Justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais.
Em Roma, a justiça é representada por uma estátua, com olhos vendados, que significa que "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos". A justiça deve buscar a igualdade entre todos.
Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido universal).
Justiça também é uma das quatro virtudes cardinais, e, segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido"

domingo, 12 de maio de 2013

A MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL


Expansão territorial: Entradas e bandeiras 
O declínio do comércio do açúcar no mercado europeu, estimulou a procura de metais e pedras preciosas em terras de sua colônia na América, através de expedições conhecidas como ENTRADAS e BANDEIRAS.
Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Aproveitando-se da União Ibérica, os bandeirantes avançaram muito além da linha de Tordesilhas e descobriram presas mais fáceis: os guaranis das missões jesuíticas, já convertidos ao cristianismo e acostumados ao trabalho agrícola.
O Ciclo do Ouro: século XVIII
            1695 – descoberta de ouro nos atuais municípios de Sabará e Caeté;
1696 – a descoberta de novas jazidas deu início à ocupação do Vale do Ouro Preto.
Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto.
FORMAS DE ARRECADAÇÃO
 O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.
Devido as fraudes o sistema foi substituído pela finta (quantia anual fixa de aproximadamente 30 arrobas, cerca de 450 quilogramas). O governo achou o sistema injusto em relação à Real Fazenda. Propôs a elevação das cotas e a construção das Casas de Fundição.
CASAS DE FUNDIÇÃO:
Para lá todo o ouro extraído deveria ser levado e fundido em barras,  depois deduzida a quinta parte de ser valor, correspondente ao tributo. Só então poderia ser negociado. Outros impostos passaram a coexistir. A  prosperidade das minas e o extravio de ouro fizeram com que as autoridades portuguesas reformassem o sistema de tributação.
DERRAMA: Cobrança dos quintos atrasados ou de um imposto extraordinário.
A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.
O trabalho dos tropeiros foi de fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis pelo abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos que não eram produzidos nas regiões mineradoras.
Desenvolvimento urbano nas cidades mineiras
Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil: Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
Os Diamantes : Descobertos no início do século XVIII, na região Comarca do Serro Frio, Minas Gerais.
Distrito Diamantino
Fundado pelo governo metropolitano com o objetivo de evitar o contrabando, Isolava a região do restante da capitania e a submetia a condições muito severas. TIJUCO (atual cidade de Diamantina) era a sede administrativa do Distrito. Ele  permaneceu um simples arraial, ou seja, sua população não gozava dos direitos civis garantidos aos habitantes das vilas.
Revoltas Coloniais e Conflitos
Em função da exploração exagerada da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:
- A Revolta dos Beckman ocorreu no ano de 1684 sob liderança dos irmãos Manuel e Tomas Beckman. O evento que se passou no Maranhão reivindicava melhorias na administração colonial, o que foi visto com maus olhos pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi a única revolta do século XVII.
- Guerra dos Emboabas : os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.
- A Guerra dos Mascates aconteceu logo em seguida, entre 1710 e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses de Recife. A elevação de Olinda à categoria de vila desagradou os comerciantes enriquecidos de Recife, gerando um conflito. O embate chegou ao fim com a intervenção de Portugal e equiparação entre Recife e Olinda.
 - Revolta de Filipe dos Santos :  ocorrida em Vila Rica (1720), representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi preso e condenado a morte pela coroa portuguesa.
- A Inconfidência Mineira, já com caráter de revolta separatista, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros contra a exploração dos portugueses pretendia tornar Minas Gerais independente de Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deflagrado e acabou sendo punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes foi morto e esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal.
- A Conjuração Baiana, também separatista, ocorreu em 1798. O movimento ocorrido na Bahia pretendia separar o Brasil de Portugal e acabar com o trabalho escravo. Foi severamente punida pela Coroa Portuguesa.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A segunda guerra Mundial (1939-1945).


01. Causas:
• Tratado de Versalhes (1919) – Revanchismo contra a Alemanha – Crescimento do Nacionalismo Alemão – Ascensão do Nazismo – Belicismo / Expansionismo – Segunda guerra mundial.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
• Continuidade das Disputas Imperialistas (expansionismo do Eixo):
- Japão: Manchúria (1931).
- Itália: Etiópia (1935).
- Alemanha: Sarre (1935), Renania (1936), Áustria (1938), Tchecoslováquia (1939).
• Política de Apaziguamento (Inglaterra e França): Concessões para evitar confronto – Conferência de Munique (1939).
• Guerra civil espanhola (1936-38): laboratório militar do eixo.
• Pacto Germano-soviético (1939): Divisão da Polônia e Neutralidade da URSS.
• Causa Imediata: Invasão da Polônia (1939).
02. Fases da Guerra:
• 1939-1941: Vitórias do Eixo - Ocupação da França (1940), Batalha da Inglaterra (1940) e invasão da URSS (1941). - O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
• 1941 – 1943: Equilíbrio de forças - Entrada dos EUA. - Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os Estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
• 1943 – 1945: Vitória dos Aliados - Stalingrado, Ofensiva Soviética e Dia D. - De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
03. Consequências:
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
• Conferencias de Paz:
- Yalta (1945): ONU, Domínio soviético na Europa oriental, Divisão da Coréia.
- Postdam (1945): Divisão e desnazificação da Alemanha, Tribunal de Nuremberg, Indenização alemã.
• Declínio do capitalismo Europeu e Ascensão dos Estados Unidos (consolidação).
• Nova ordem internacional: Bipolaridade – Capitalismo (EUA) X Socialismo (URSS).
• Descolonização Afro-asiática.
O Brasil e a Segunda Guerra Mundial
Neutralidade brasileira na primeira fase da guerra
Desde 1939, início do conflito, o Brasil assumiu uma posição neutra na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil na época era Getúlio Vargas.
Ataques nazistas e entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial
Porém, esta posição de neutralidade acabou em 1942 quando algumas embarcações brasileiras foram atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico. A partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França, União Soviética, entre outros). Era importante para os Aliados que o Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica estratégica de nosso país e de seu vasto litoral.
Participação efetiva no conflito
A participação militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou para a Itália (ocupada pelas forças nazistas), em julho de 1944, 25 mil militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 pilotos e 400 homens de apoio da FAB (Força Aérea Brasileira).
As dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio na região dos Montes Apeninos, além do que os soldados brasileiros não eram acostumados com relevo montanhoso.
Vitórias
Os militares brasileiros da FEB (também conhecidos como pracinhas) conseguiram, ao lado de soldados aliados, importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, Montese e outras cidades.
Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros morreram em combate. Na Batalha de Monte Castelo (a mais difícil), cerca de 400 militares brasileiros foram mortos.
Outras formas de participação
Além de enviar tropas para as áreas de combate na Itália, o Brasil participou de outras formas importantes. Vale lembrar que o Brasil forneceu matérias-primas, principalmente borracha, para os países das forças aliadas.
O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a base militar da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de abastecimento para os aviões dos Estados Unidos.

Foi importante também a participação da marinha brasileira, que realizou o patrulhamento e a proteção do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes brasileiros para garantir a proteção contra ataques de submarinos alemães.
Curiosidade:
 Durante as batalhas, que os militares brasileiros participaram na Segunda Guerra Mundial, cerca de 14 mil soldados alemães se renderam aos brasileiros.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO- ADMINISTRATIVA NA AMÉRICA PORTUGUESA


Como a coroa não tinha recursos suficientes para defende e ocupar as suas terras, optou-se por descentralizar a administração da América portuguesa através das Capitanias Hereditárias. Através desse sistema o território português foi dividido em parcelas de aproximadamente 300 km de faixa litorânea. Esses amplos territórios foram distribuídos a donatários, indivíduos da pequena nobreza ou funcionários do governo que estavam interessados em colonizar o Brasil.
Através das Cartas de Doação a coroa concedia a capitania ao donatário e estabelecia os poderes que ele teria em seus domínios. Outro documento, o Foral, dizia respeito aos direitos e alguns deveres que esses donatários teriam. Como o objetivo da coroa era atrair pessoas que estivessem interessadas em investir na colonização, esses documentos davam amplos poderes, que poderiam ser utilizados pelo donatário para escravizar e vender indígenas, julgar os habitantes da capitania (inclusive com condenação à morte), fundar vilas e organizar a capitania militarmente, e doar sesmarias (grandes extensões de terras).
As Capitanias Hereditárias não obtiveram o sucesso esperado, em parte por negligencia dos donatários (alguns nem chegaram a desembarcar no país) em parte por falta de dinheiro, ou ainda condicionantes locais, como a resistência de indígenas, a grande extensão das terras e a falta de comunicação. Frente a essas dificuldades a coroa portuguesa resolve mudar a sua política, e estabelece a criação do Governo-Geral, com a função de centralizar o poder, organizar e prover apoio às Capitanias.
Desta forma é escolhida a Capitania de Todos os Santos para ser a sede do governo, fundando-se a cidade de Salvador, em 1549. Tratava-se da primeira Capitania sendo governada diretamente por funcionários da Coroa portuguesa. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, e com ele chegaram cerca de mil pessoas, entre funcionários, soldados, jesuítas e degradados. O objetivo era implantar um núcleo administrativo na colônia portuguesa.

RESPONSABILIDADE


Ser responsável por uma AÇÃO ou por uma omissão significa ser passível de responder por ela — por exemplo, perante os pais ou perante um tribunal. No senso comum e na tradição filosófica, religiosa e jurídica, a responsabilidade, seja legal ou moral, é vista como uma consequência do LIVRE-ARBÍTRIO: somos responsáveis pelas nossas ações porque somos livres. A responsabilidade não é apenas individual — por exemplo, ao ESTADO é atribuível uma responsabilidade coletiva. Alguns filósofos defenderam a doutrina da responsabilidade negativa, segundo a qual somos responsáveis não só pelos acontecimentos que provocamos, mas também pelos acontecimentos que poderíamos ter evitado. 

domingo, 5 de maio de 2013

Economia colonial e o Brasil holandês


A cana-de-açúcar foi a atividade econômica que promoveu a colonização do Brasil. O principal centro de produção de açúcar foi a Capitania do Pernambuco. Dentre os motivos que explicam o seu sucesso podemos mencionar a riqueza do solo (massapé), o clima, a proximidade da Europa e a presença do capital de banqueiros  flamengos (termo que designa os naturais de Flandres, região da atual Bélgica-, portugueses, italianos e alemães) . Os holandeses financiaram a produção do açúcar e em troca receberam o monopólio do refino e  distribuição do produto na Europa. O açúcar foi a principal atividade econômica do Brasil, nos século XVI e XVII.
Características a economia açucareira:
Como colônia de exploração, a economia brasileira apresentava as seguintes características: latifúndio, monocultura, mercado externo e escravidão ( predomínio da escravidão negra). Essas características eram típicas das colônias de exploração e é denominada de plantation.
O açúcar era produzido nos engenhos. O engenho era composto pela Casa-Grande, senzala, capela e Casa de Fabricar o açúcar.
No século XVII, com a expulsão dos holandeses do nordeste e a produção do açúcar nas Antilhas, a produção do açúcar no Brasil, entrou em decadência.

Sociedade Colonial (Século XVI,  XVII)
A sociedade do açúcar era formada por grupos sociais básicos; os senhores de engenhos e os escravos. Era uma sociedade patriarcal (valorização do homem, marginalização da mulher), rural, estamental (rígida, sem mobilidade social, marcada pelo nascimento) e escravista. A base do trabalho era o negro na escravidão.
Os negros eram vistos como mercadorias, e representavam uma fonte de acumulação de capital. Contudo, os negros não foram passivos á escravidão, pelo contrário,  desenvolveram estratégias de resistência a escravidão. Por exemplo, fugiam, cometiam suicídio, assassinavam os senhores, mais com certeza, a maior expressão de sua resistência foi a formação dos quilombos.
Os quilombos eram comunidades formadas por negros que fugiram dos seus proprietários, e para os negros eram sinônimos de liberdade. O maior quilombo do período colonial foi Palmares, localizado no atual Estado de Alagoas. Esse quilombo era chefiado por Zumbi e foi destruído no século XVII, pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
União Ibérica (1580-1640)
Em 1580, Felipe II (dinastia de Habsburgo), rei da Espanha tornou-se também rei de Portugal iniciando dessa maneira o período da União Ibérica.
Felipe II tinha como inimigo político a Holanda, e por isso, decretou embargo comercial aos holandeses. Desta forma, os holandeses estavam proibidos de comercializar com os territórios pertencentes a Felipe II.
Lembremos que os holandeses tinham capitais investidos na produção do açúcar no nordeste, como também o monopólio do refino e distribuição.
A Holanda em represália ao embargo comercial estabelecido por Felipe II resolveu invadir o Brasil. Os holandeses invadiram primeiramente a Bahia, no entanto, não conseguiram conquistá-la, e a seguir invadiram o Pernambuco, sendo vitoriosos. Depois da conquista da Capitania do Pernambuco acabaram estendendo o seu domínio no nordeste, porém a Bahia continuou sob o domínio de Felipe II.
Para administrar os territórios conquistados no nordeste, os holandeses enviaram ao Brasil, Maurício de Nassau. O nordeste seria governado atendendo aos interesses da empresa holandesa Companhia das Indias Ocidentais (WIC), isto é, o açúcar.
Ao chegar ao nordeste, Nassau tomou importantes medidas, como:
1.      Emprestou capital aos senhores de engenho.
2.      Remodelou o Recife.
3.      Concedeu liberdade religiosa.
4.      Incentivou cientistas holandeses para pesquisar a fauna e a flora brasileira, como também trouxe pintores para retratar a exuberância da natureza brasileira.

OS GOVERNOS TOTALITÁRIOS NA EUROPA (FASCISMO ITALIANO E NAZISMO)


No período Entreguerras proliferaram os regimes totalitários, governos militarizados, que baseavam seu poder na força das armas e da propaganda política. Podem ser considerados como reações nacionalistas extremadas as perdas que alguns países sofreram ao fim da primeira guerra mundial.
Os efeitos da Primeira Guerra Mundial e da crise econômica que se abateu sobre a Europa, por toda a década de 1920, geraram uma insegurança quanto ao futuro de muitos países. O desemprego em massa, a constante alta do custo de vida e as dificuldades em solucionar essas questões criaram uma descrença no Liberalismo e nos valores democráticos.
Por outro lado, havia o exemplo da Rússia, que se aparentava manter protegida da crise que assolava o restante da Europa. A revolução proletária parecia ter dado certo, não se falava de desemprego e de carestia no Estado socialista. Era natural que uma grande parte da classe trabalhadora chegasse à conclusão de que a solução definitiva para seus problemas era o processo revolucionário. Por isso, em alguns países, sobretudo na Itália e na Alemanha, as teses socialistas ganhavam cada vez mais adeptos.
A crise econômica sem perspectiva de soluções, aliadas à expansão do Socialismo, assustou a burguesia, que acabou buscando nos movimentos nazi-fascista o apoio que lhe garantiria a manutenção da propriedade privada e a repressão aos que pensavam em acabar com seus privilégios, sobretudo os grupos políticos de esquerda.
Princípios do Totalitarismo Nazi-Fascista
• Valorização do Estado (totalitarismo). Ancorados no pressuposto de que nada deve existir acima do Estado, fora dele ou contra ele, os nazistas e fascistas depositavam os destinos da nação nas mãos do Estado e o governante acabava por encarnar o Estado.
• Obediência cega ao líder. Era outro fundamento das teses totalitárias.
• Supervalorização da nação em detrimento do individuo, baseado no principio de que a organização nacional é o mais alto principio da sociedade.
• Xenofobia. Conduzido ao extremo, chegou, na Alemanha, a idéia de superioridade da raça ariana e a prática da solução final contra judeus (Antisemitismo) e outros grupos considerados inferiores.
• Militarismo. Pregava a “função regeneradora da guerra”, na solução dos problemas econômicos e sociais.
• Anticomunismo. O comunismo marxista foi identificado como principal inimigo do totalitarismo de direita. Os fascistas e nazistas afirmavam que o comunismo promovia a desunião e enfraquecimento nacional já que estava fundamentado na idéia de luta de classes.
• Corporativismo: Peculiaridade do totalitarismo italiano. O povo, produtor de riquezas, organizava-se em corporações sindicais, que governavam o pais através do partido fascista, que era o próprio Estado. Negava-se a existência da oposição entre classes porque cabia ao Estado harmonizar os interesses sociais.
Um dos mais conhecidos lemas do Nazi-Fascismo – Acredita! Obedece! Luta! -, resume os princípios fundamentais dessa doutrina., Acreditar nos pressupostos da doutrina. Obedecer cegamente ao líder. Lutar contra os adversários da doutrina.
É preciso refletir sobre o apoio da população de paises como Alemanha e Itália aos princípios nazi-fascistas. Havia forças muito significativas trabalhando contra a liberdade. Em primeiro lugar, grande parte da população da Europa vivia um período de incertezas: as lideranças nazi-fascistas, habilmente, prometiam um futuro de gloria e de riqueza (NA VERSÃO NAZISTA O III REICH, NA VERSÃO FASCISTA O RESGATE DA GLÓRIA DO ANTIGO IMPÉRIO ROMANO) e a destruição daqueles que “eram os responsáveis pelo sofrimento”, IDENTIFICADOS COMO comunistas, democratas, judeus, homossexuais, ciganos, poloneses, eslavos e outras “minorias”.
Ao lado dessa promessa de futuro grandioso, havia uma intensa propaganda que tinha o objetivo de seduzir as mentes mais resistentes. Eram constantes as demonstrações do poderio militar, a mistificação do líder, a criação de valores que engrandeciam a figura dos militares em relação ao restante da sociedade. Essas peças de propaganda não eram casuais, havia uma elaboração muito bem pensada, discutida pelo alto escalão dos partidos e aplicada de acordo com os mais modernos princípios da comunicação em massa da época.
O totalitarismo de direita se expandiu porque encontrou uma conjuntura social favorável; o discurso nazi-fascista, proferia o que as pessoas queriam ouvir e o Estado oferecia apoio aos que se encontravam abandonados pelo poder publico.

A CRISE DE 1929



Os acontecimentos de 1929 foram definidos como uma crise de superprodução, como explica Leo Huberman: “... a crise que começou a existir com o advento do sistema capitalista,... parece parte e parcela do nosso sistema econômico; é caracterizado não pela escassez, mas pela superabundância. Nela os preços, ao invés de subirem, caem.” (Historia da Riqueza do Homem).
Além da superabundância, o mesmo autor aponta outros sintomas da crise: desemprego, falta de opções para aplicação de capital, queda dos lucros, retração geral da produção industrial e paralisação do comércio.
Muitas das empresas norte-americanas, na década de 1920, haviam crescido graças aos investimentos captados nas bolsas de valores. A ausência de opções para o investimento dos capitais obsoletos determinou uma corrida de investidores as bolsas de valores em busca de ações, o que determinou uma alta geral de preços (Quando uma empresa precisava de capital para expandir seus empreendimentos, colocava à venda ações que garantiam aos seus compradores a participação nos lucros futuros das firmas). No momento em que esses empreendimentos começaram a apresentar prejuízos (Um lote de ações não encontrou compradores), os investidores entraram em pânico. O que aconteceu nos Estados Unidos, em 1929, foi uma corrida dos investidores querendo vender suas ações para evitar a perda do dinheiro investido.
No final do mês de outubro de 1929, a Bolsa de Valores de Nova Iorque não suportou a pressão pelas vendas e foi obrigada a fechar o pregão. Como se diz no Jargão do mercado, “a Bolsa quebrou”. Bilhões de dólares investidos no mercado de ações desapareceram de um dia para o outro. Fortunas construídas através da especulação desmancharam-se no ar como fumaça e milhares de empresas faliram (segundo VICENTINO, 85.000 empresas e 4.000 bancos).
A crise norte-americana repercutiu no mundo todo (DEPENDENTE DOS CAPITAIS NORTE-AMERICANOS), exceto na URSS, que vinha desenvolvendo sua economia sem dependência das finanças externas.
O New Deal (1933-1939)
A crise iniciada em 1929 começou a ser combatida em 1933, quando foi eleito Franklin Delano Roosevelt, que baseou sua campanha eleitoral na promessa de atacar a crise. Sua primeira ação foi quebrar os pressupostos do Liberalismo econômico e promover uma intervenção do Estado na economia através de um plano econômico denominado New Deal. A equipe que montou o plano entendia que o Estado deveria fornecer os meios para que as pessoas voltassem a consumir, reaquecendo, assim, a economia. Dessa forma, o salário-desemprego e a formação de frentes de trabalho subvencionadas pelo governo deixavam de ser considerados gastos e passaram a ser entendidos como investimentos.
As medidas adotadas pelo New Deal, para estimular a economia e debelar a crise foram:
• Criação do salário-desemprego;
• Estimulo a atividades que geravam empregos, mas que não resultavam em produção de bens, como a construção ou reparo de obras publicas;
• Aumento dos salários dos trabalhadores de baixa renda;.
• Controle dos preços dos produtos de primeira necessidade;
• Empréstimos estatais aos produtores agrícolas arruinados.
O New Deal deu resultado e a economia norte-americana conseguiu se recuperar com apenas dez anos. O plano dos economistas contratados por Roosevelt representou o resgate do Capitalismo através da criação de um novo caminho que incluía a intervenção do Estado para evitar crises e abusos econômicos. Essa idéia central estava fundamentada nas teorias do economista John Maynard Keynes e, por isso, foi batizada de Keynesianismo ou neocapitalismo.

REVOLUÇÃO RUSSA (1917)



01. FATORES:
• Rússia pré – revolucionária:
- Economia: Base agrária / industrialização incipiente e dependente (França, Inglaterra e EUA).
- Sociedade em transição: domínio aristocrático (clero e nobreza) / Burguesia frágil / concentração proletária / predominância camponesa (80%).
- Política: Estado absolutista (Czarismo).
- Cultura clerical e importação de valores euro-ocidentais.
• Atuação da Oposição – Grupos:
- Partido dos kadetes – burguesia – parlamentarista.
- Partido Operário social-democrata russo (marxistas) – Proletariado – socialismo.
Divisão:
Mencheviques (Revolução burguesa e, só depois, uma revolução socialista).
Bolcheviques (Revolução socialista de imediato).
- Niilistas – anarquistas – construção imediata do comunismo.
• Revolução de 1905 – Formação dos sovietes (conselhos formados por representantes de operários, soldados e camponeses). Serviram de base para a realização da revolução de 1917.
• Causa imediata – participação russa na primeira guerra mundial (aprofundamento da miséria social).
02. PROCESSO REVOLUCIONÁRIO (FASES)
• Revolução de fevereiro = Ascensão de Kadetes e mencheviques – república parlamentarista / manutenção da Rússia na primeira guerra mundial.
• Oposição dos bolcheviques (Lênin, Trotsky e Stálin) – Teses de Abril – paz, pão e terra.
• Revolução de outubro = Ascensão dos Bolcheviques – Saída da Rússia da primeira guerra mundial / nacionalização do capital / Reforma agrária radical.
• Conseqüência principal:
- Guerra Civil:
EXERCITO BRANCO (nobreza, Kadetes, Mencheviques).
X
EXERCITO VERMELHO (Bolcheviques, operários e camponeses).
03. O GOVERNO DE LÊNIN (1917 – 1924)
• FASES:
- Guerra civil (1917-1921): Para reunir os recursos que possibilitassem a vitória do exercito vermelho na guerra foi adotada uma política econômica chamada COMUNISMO DE GUERRA (total centralização da produção nas mãos do Estado). Os recursos foram obtidos e o exercito vermelho derrotou o exercito branco em 1921.
- NEP (Nova política econômica, 1921-24): Nessa fase, Lênin defendeu e conseguiu implantar uma política econômica baseada na adoção de algumas características capitalistas sob o controle do Estado. Dentre as principais características da NEP se destacam:
- adoção do sistema de divisão do trabalho nas grandes indústrias.
- liberdade para a existência da pequena propriedade agrária e da pequena indústria domestica em caráter privado.
- liberdade para a comercialização de excedentes nas feiras.
- objetivos alcançados pela NEP: retomada da atividade produtiva, geração de renda, consumo (ciclo virtuoso de desenvolvimento). A Rússia voltou aos mesmos índices de produção do período anterior a primeira guerra mundial.
• Acontecimentos políticos do governo de Lênin:
- 1917: Os Bolcheviques adotam o nome de Partido comunista Russo.
- 1919: é criada a III internacional socialista (Comintern). Objetivo: Espalhar a revolução pelo mundo.
- 1923: as ex. províncias do antigo império russo aderem espontaneamente ao socialismo que esta sendo construído na Rússia assinando o acordo que determinou a criação da URSS (União das Republicas Socialistas Soviéticas). PELO ACORDO as Republicas manteriam sua autonomia administrativa. Em conseqüência deste ato, o partido comunista russo passa a ser chamado de Partido Comunista da União Soviética.
04. DISPUTA PELO PODER (1924-1928):
• Após a morte de Lênin (1924), o poder político foi disputado pelas duas outras principais lideranças da revolução, a saber:
- STÁLIN – Que defendia a tese do socialismo em um só país (consolidar o socialismo soviético e, somente depois, expandi-lo pelo mundo).
- TROTSKY – Defensor da tese conhecida como revolução permanente (Iniciar imediatamente o processo de expansão da revolução socialista pelo mundo).
• Em um congresso do PCUS realizado em fins de 1927, a tese de STÁLIN saiu-se vitoriosa. Na seqüência, TROTSKY foi expulso do PCUS (1928) e da URSS (1929).
05. O GOVERNO DE STÁLIN (1928-1953):
• Economia:
- Fim da NEP;
- Adoção dos planos quinquenais elaborados pelo GOSPLAN (Comitê central de planejamento econômico).
* Primeiro Plano quinquenal (1928-1933):
A. Desenvolvimento da indústria de base.
B. Coletivização da propriedade agrária. Formação dos KOLKHOZES (cooperativas coletivistas) E SOVKHOZES (Fazendas estatais).
Obs. No processo de coletivização das terras houve grande resistência por parte dos camponeses o que resultou em uma ação repressora do Estado (Executada sob o comando do GPU – ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO, Policia Política) que resultou no assassinato de milhões de camponeses ou nos envio dos mesmos para os GULAKS (campos de trabalhos forçados localizados na Sibéria).
• Sociedade:
- A burocracia dirigente do PCUS e do Estado (CONHECIDA PELA DENOMINAÇÃO DE NOMENKLATURA) passou a controlar as riquezas sociais e a usufruir de privilégios que, praticamente, a separou do restante da sociedade. A maioria da sociedade permaneceu submetida a um nivelamento social que as assegurou as mínimas condições de uma existência material digna. Contraditoriamente com a teoria marxista, foi instituída uma nova forma de desigualdade social.


• Política:
- Após a tomada do poder, Stálin tratou de consolidá-lo através dos “expurgos de Moscou” (1936-38): Mediante processos forjados, as antigas lideranças da revolução de 1917 (A exemplo de ZINOVIEV, KAMENEV e BUKHARIN) foram sendo acusadas, condenadas e executadas por traição ao socialismo. Outras lideranças assassinadas foram KIROV (sua popularidade era vista como ameaça ao poder de Stálin) e TROTSKY (morto pelo agente do GPU Ramon Mercáder, no México, em 1940, a mando de Stálin).
• Cultura:
- O Estado stalinista procurou moldar, de acordo com seus interesses, a produção cultural e cientifica na URSS. Para tanto, foi instituído o REALISMO SOCIALISTA cujas principais características eram:
A. ARTE: Produção de uma arte ufanista que exaltava o Estado socialista e a liderança do próprio Stálin (CULTO A PARSONALIDADE DE STÁLIN).
B. CIÊNCIA: A produção cientifica nas universidade passou a ser direcionada pelos interesses do Estado socialista.

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914/1918)



1. Fatores:
• Aprofundamento das disputas imperialistas: Alemanha X Inglaterra.
• Paz armada: Corrida armamentista – grande desenvolvimento da indústria bélica
Formação de Alianças –  Tríplice aliança (Alemanha, Império austro-húngaro e Itália) X Entente (Inglaterra, França e Rússia).
• Reaparecimento de nacionalismos:
- Alemanha – Pan-germanismo.
- França – Revanchismo.
- Rússia – Pan-eslavismo.
- Sérvia – Grande Sérvia.
• Questão balcânica: interesses -
- Rússia – Saída para o Mediterrâneo (domínio sobre os estreitos de bósforo e dardanelos).
- Império austro-húngaro – Conquista da Bósnia-herzegovina.
- Alemanha – Ferrovia Berlim – Bagdá.
• Causa imediata - Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando.
2. Desdobramentos:
• Tratado de Versalhes (1919) – revanchismo anti-alemão – ressurgimento do nacionalismo – nazismo – segunda guerra mundial.
• Revolução russa (1917) – surgimento do primeiro Estado socialista da História.
• Declínio do capitalismo europeu.
• Ascensão dos EUA.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O que é Ética e Moral:


        No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
Ser ético ou ter moral atualmente é diferente de séculos anteriores e varia de acordo com a região, país, profissão e cultura. O conceito de pensamento livre deram as pessoas o direito de achar certo ou errado determinada coisa ou ideia, o que na idade média a igreja era detentora dos conceitos de certo e errado, depois o estado determinava a regras isso até chegarmos aos dias atuais.
Todo o dilema dar-se-á em torno das pessoas e sua liberdade de pensamento onde, apresentamos dilemas morais então, somos seres morais, já a ética rodeia a consciência moral, apreciação espontânea de sua própria conduta, juízo de fato e juízo de valores. Os filósofos mostram que vulgarmente esta relacionada com aspectos culturais, onde tiveram origem.
Historicamente a imagem que temos dos Romanos esta relacionada com sua força no agir, onde surgiu o termo "MORIS" traduzido por moral que significa costumes. O termo grego "ETHOS" traduzido por ética, pode significar tanto costumes quanto caráter conforme varia a grafia em grego.
Estes aspectos culturais baseados no agir e o pensar, dos Romanos e Gregos levaram a interpretar e ver a ética e a moral como coisas distintas:
ÉTICA: ligada as obrigações do homem;
MORAL: ciência dos costumes.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

REVISÃO DA 1ª UNIDADE SEGUNDOS ANOS HISTÓRIA


A origem dos povos americanos.
Os habitantes do continente americano descendem de populações advindas da Ásia, sendo que os vestígios mais antigos de sua presença na América, obtidos por meio de estudos arqueológicos, datam de 11 a 12,5 mil anos. Todavia, ainda não se chegou a um consenso acerca do período em que teria havido a primeira leva migratória.
Os povos indígenas que hoje vivem na América do Sul são originários de povos caçadores que aqui se instalaram, vindo da América do Norte através do istmo do Panamá, e que ocuparam virtualmente toda a extensão do continente há milhares de anos. De lá para cá, estas populações desenvolveram diferentes modos de uso e manejo dos recursos naturais e formas de organização social distintas entre si.
Não existe consenso também, entre os arqueólogos, sobre a antiguidade da ocupação humana na América do Sul. Até há alguns anos, o ponto de vista mais aceito sobre este assunto era o de que os primeiros habitantes do continente sul-americano teriam chegado há pouco mais de 11 mil anos.
No Brasil, a presença humana está documentada no período situado entre 11 e 12 mil anos atrás. Mas novas evidências têm sido encontradas na Bahia e no Piauí que comprovariam ser mais antiga esta ocupação, com o que muitos arqueólogos não concordam. Assim, há uma tendência cada vez maior de os pesquisadores reverem essas datas, já que pesquisas recentes vêm indicando datações muito mais antigas.
Civilização Maia
O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo  calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.
Civilização Asteca
Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).
Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
Civilização Inca
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
A África dos grandes reinos e impérios
Antes de os europeus escravizarem os africanos, a partir do século XV, e colonizarem a África, no século XIX, diversas sociedades autônomas já existiam nesse continente, ou seja, as sociedades africanas já tinham a sua própria história. Algumas sociedades africanas pré-coloniais, sob o comando de chefes poderosos, ampliaram suas áreas de influência e dominaram outros povos, transformando-se, assim, em impérios e reinos prósperos e organizados, conforme relatos da época.
A África é cercada a nordeste pelo mar Vermelho, ao norte pelo Mediterrâneo, a oeste pelo oceano Atlântico e a leste pelo oceano Índico. Em termos geográficos, suas principais marcas são o deserto do Saara ao norte que divide o continente, o deserto do Calahari a sudoeste, a floresta tropical do centro do continente, as savanas, ou campos de vegetação esparsa e rasteira, que separam áreas desérticas de áreas de florestas, e algumas terras altas, como aquelas nas quais nascem os rios que formam o Rio Nilo. Os rios são os meios de comunicação mais importantes do continente.
Essas diversidades naturais levaram estudiosos a falar de duas Áfricas, demarcadas pelo deserto do Saara: a África saariana que se localiza ao norte do continente e estende-se pela região que vai do atual Egito até Marrocos e a África subsaariana que estende-se do Saara até o Cabo da Boa Esperança, ao sul do continente.
O reino de Gana: a “terra do ouro”
Localizado a oeste do continente africano, em uma zona chamada Sael e ao sul do Deserto do Saara, região também conhecida como África Subsaariana, o Reino de Gana cresceu a partir do ano 300 e teve seu apogeu entre os séculos IX e X, quando dominou os povos vizinhos e ocupou uma faixa territorial maior do que ocupa nos dias de hoje.
O rei recebia o título de gana e era visto como elo entre os deuses e os homens. Ele liderava um poderoso exército e ocupava o topo de uma sociedade hierarquizada. Sacerdotes, nobres e funcionários cuidavam da administração do reino.
A população se dedicava à agricultura e à criação de gado, mas o comércio era a principal atividade econômica do reino. O Reino de Gana controlava as rotas de comércio que atravessavam o Saara e chegava às cidades e aos portos do norte África. Esse comércio era feito por meio de caravanas de camelos, pois esses animais conseguem viver com pouca quantidade de água.
O principal artigo transportado era o ouro retirado das minas do sul de Gana, isso explica por que seus reis eram chamados pelos povos do norte de “senhores do ouro”. Durante o domínio português, Gana era chamada de Costa de Ouro, por causa da grande quantidade de jazidas de ouro nessa região. Atualmente, ao lado da exportação de cacau e de madeira, a exploração de ouro ainda é uma das atividades econômicas mais importantes do país. Gana é um dos maiores produtores de ouro do mundo.

Também se comercializava o sal, extraído das salinas do litoral ou das jazidas no deserto. Do norte vinham produtos manufaturados, tecidos europeus asiáticos, barras de cobre, contas de vidro e tipos diferentes de arma que abasteciam as sociedades africanas.
O império do Mali: o “lugar onde o senhor reside”
Este império desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a bacia do Rio Níger. Constituído pela atual República de Mali e algumas regiões dos atuais Senegal e Guiné, o reino do Mali, no século XIV, expandiu-se por meio da anexação das cidades de Tombuctu, Gao e Djenne que foram importantes cidades, centros de troca e de concentração de pessoas, graças à rede de rios que fertilizava as terras e facilitava o transporte na região.
O Mali era um império poderoso, pois controlava o comércio transaariano e as rotas caravaneiras que se dirigiam para as principais cidades do reino, localizados em sua maioria às bordas do Rio Níger, semelhante a rota comercial de Gana. O comércio e principalmente as taxas sobre o tráfico de ouro, sal, escravos, marfim, noz-de-cola e outros produtos eram fundamentais para a manutenção do Estado, da corte e do mansa. O artesanato era bastante desenvolvido. Cada grupo de artesãos tinha seu representante junto ao imperador. Os governantes do Mali recebiam o título de mansa. Viajantes árabes relatavam histórias de alguns governantes que se tornaram famosos, como Sundiata, herói fundador que reinou de 1230 a 1255, e Mansa Musa, que governou entre 1312 e 1337.
A cidade de Tombuctu destacou-se como grande centro cultural do continente africano, onde havia vastas bibliotecas, madrassas (universidades islâmicas) e magníficas mesquitas que é o lugar onde a comunidade muçulmana se reúne para tratar de todas as questões que lhe interessa, questões religiosas, sociais, políticas e locais e também para rezar. Além disso, a cidade passou a ser o ponto de encontro de poetas, intelectuais e artistas da África e do Oriente Médio. Mesmo após o declino do império, Tombuctu permaneceu como um dos principais pólos islâmicos da África subsaariana. Em 1988, a cidade de Timbuctu foi declarada patrimônio mundial pela UNESCO.
Vale destacar que as 150 escolas que existiam em Tombuctu eram muito diferentes das escolas medievais européias. Não possuíam uma administração central, registros de estudantes ou cursos pré- determinados. Eram formadas por diversas faculdades independentes. Os estudantes se associavam a um único professor, o objetivo do ensino era transmitir os ensinamentos do Alcorão, livro sagrado do islamismo.
É importante mencionar que o império do Mali e também de Gana assimilaram a cultura e a religião islâmica. Maomé que viveu entre Meca e Medina, de 570 a 632, foi fundador do Islã, que significa submissão a um deus, única e onipotente. A religião vinha acompanhada de maneiras de viver e de governar próprias do mundo árabe, chamadas de muçulmanas, sobre este assunto estudaremos com mais detalhes mais adiante.
Reino do Congo: “saudações ao manicongo”
Fundado no século XIV, o reino do Congo abrangia grande extensão da África centro-ocidental e se compunha de diversas províncias, governado por um rei que recebia o título de Manicongo. Hoje a região que fazia parte do reino Congo, recebe o nome de Republica Democrática do Congo.Os habitantes do reino do Congo organizavam-se em vários clãs. Esses clãs eram compostos de pessoas que acreditavam descender de um mesmo antepassado.
A base da economia do Congo era a agricultura, pastoreio e o comércio. O comércio no território do Congo era intenso, os comerciantes congoleses lucravam com a comercialização de tecidos, sal, metais e derivados de animais, como o marfim. O comércio poderia ser à base de trocas ou com moedas (conchas chamadas de nzimbu) encontradas na região de Luanda em Angola.
O manicongo, cercado de seus conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de pessoas, recebia impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia da vida do reino e das pessoas que viviam nele.
Os limites do reino eram traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam tributos ao poder central, devendo fidelidade a ele, recebendo proteção, tanto para assuntos deste mundo como para os assuntos do além, pois manicongo também era responsável pelas boas relações com os espíritos e os ancestrais.
Em 1483 iniciou no reino do Congo o contato com os portugueses.
Reino do Benin: “os feitos de obá”
Há indícios de que este reino tenha se desenvolvido entre os séculos XII e XIII, onde hoje estão Nigéria e Camarões. Desde cedo, essa região passou por um processo de urbanização, e as cidades se converteram em reinos. Sua localização favorecia o encontro de mercadores.
A principal atividade econômica do reino de Benim era o comércio de sal, peixe seco, inhame, dendê, feijão, animais de criação, o cobre, produto raro, só possível para os mais poderosos, ou seja , os mais ricos. Produtos como pimenta, marfim, tecidos e escravos eram comercializados ativamente com os reinos de Ifê e o reino Iorubá. Para prevenir a redução da população nativa, o governo proibiu a exportação de escravos masculinos e os importou da África ocidental para comerciá-los com os europeus a partir do século XVI.
Cronistas descreveram a cidade do Benin com grandes muralhas e um palácio decorados com placas de latão presas às paredes. Nessas placas, era contada a história do reino: feitos do obá (titulo do principal chefe do reino que se tornou o supremo poder na região), as caçadas, as guerras e os primeiros contatos com os portugueses, por volta de 1485. A chegada dos europeus foi registrada pelos artistas africanos com imagens esculpidas nessas placas e em pequenas estatuetas de marfim.
O reino de Benin se desintegrou no século XIX, sob o domínio dos ingleses.
O contato entre os reinos africanos
A interação destes reinos acima estudados, e demais reinos africanos ocorreu através do comércio, ora através de relações pacificas , ora conflituosas, como foi o caso do reino de Gana que no século XIII foi governado por Sundiata Keita, rei do Império do Mali.
Quando os europeus começaram a explorar a costa africana, no século XV, encontraram diferentes povos, com línguas, tradições e costumes distintos. O contato dos europeus com essa diversidade de etnias, por meio da exploração das terras africanas e do escravismo, produziu um intercâmbio cultural que se pode notar em quase todo o planeta. No Brasil podemos reconhecer a África na capoeira, embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Estamos ligados ao continente africano de forma indissolúvel.
COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização dessas novas terras.
Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.
Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezuma. Em razão da inegável inferioridade numérica, nos questionamos sobre como uma nação de porte tão pequeno como a Espanha foi capaz de impor seu interesse contra aquela numerosa população indígena.
Para explicarmos essa questão, devemos avaliar uma série de fatores inerentes a essa terrível e violenta experiência que marca o passado americano. Primeiramente, frisamos a superioridade bélica dos europeus, que contavam com potentes armas de fogo e atordoavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens montados em cavalos. Ao mesmo tempo, o próprio contato com os europeus abriu caminho para a instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias.
Enquanto o confronto e a doença funcionavam como importantes meios de dominação, devemos também dar a devida importância a outra estratégia espanhola. Em alguns casos, os espanhóis instigavam o acirramento das rivalidades entre duas tribos locais. Dessa forma, depois dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para controlar as tribos em questão.
Depois da conquista, os colonizadores tomaram as devidas providências para assegurar os novos territórios e, no menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras. Sumariamente, a extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas subjugados.
A Sociedade Colonial Espanhola
A grande maioria da população das colônias americanas era composta pelos índios. A população negra escrava, era pequena, e, foi usada como mão de obra, principalmente nas Antilhas.
Quem realmente mandava e explorava a população nativa eram os espanhóis, brancos, que eram a minoria mas, eram os dominadores.
Assim podemos dividir a sociedade na América Espanhola entre brancos (dominadores) e não-brancos (dominados).
Mesmo entre a população branca havia divisões como :
Chapetones - colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados.
Criollos - brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.
Além disso, a mistura entre brancos e índios criou uma camada de mestiços.
EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INDÍGENA NA AMÉRICA ESPANHOLA
Os exploradores espanhóis, denominados juridicamente adelantados, recebiam direitos vitalícios de construir fortalezas, fundar cidades, evangelizar os índios e deter os poderes jurídico e militar. Isso, sob a condição de garantir para a Coroa o quimo de todo o ouro e prata produzidos e a propriedade do subsolo. Dessa forma, a Espanha procurava assegurar, sem gastos materiais, a ocupação de seus territórios na América, o fortalecimento de sua monarquia e o aumento das riquezas do Estado.
Ciclo da mineração
A partir de meados do século XVI, com a descoberta de minas de ouro no México e de prata no Peru, organizaram-se os núcleos mineradores, que requeriam uma grande quantidade de mão-de-obra. Aproveitando-se da elevada densidade populacional da Confederação Asteca e do Império Inca, os exploradores passaram a recrutar trabalhadores indígenas, já acostumados a pagar tributos a seus chefes, sob a forma de prestação de serviços. Para adequar o trabalho ameríndio, foram criadas duas instituições: a encomienda e a mita.
Encomienda - Sistema de trabalho obrigatório, não remunerado, em que os índios eram confiados a um espanhol, o encomendero, que se comprometia a cristianizá-los. Na prática, esse sistema permitia aos espanhóis escravizarem os nativos, principalmente para a exploração das minas:
Mita - Sistema que impunha o trabalho obrigatório, durante um determinado tempo, a índios escolhidos por sorteio, em suas comunidades. Estes recebiam um salário muito baixo e acabavam comprometidos por dívidas. Além disso, poderiam ser deslocados para longe de seu lugar de origem, segundo os interesses dos conquistadores.
A escravização indígena, pela encomienda e pela mita, garantiu aos espanhóis o necessário suprimento de mão-de-obra para a mineração, porém trouxe para as populações nativas desastrosas consequências. De um lado, a desagregação de suas comunidades, pelo abandono das culturas de subsistência, causou fome generalizada. Do outro, o não-cumprimento das determinações legais que regulamentavam o trabalho das minas provocou uma mortalidade em massa, quer pelo excesso de horas de trabalho, quer pelas condições insalubres a que esses indígenas estavam expostos.
Lutas entre espanhóis e astecas em Tenochtitlán, antiga capital do México em 1520, segundo gravura índia. contra os cavalos, canhões e armas de aço dos espanhóis, os índios tinham fracos escudos de pele ou madeira, pedações de pau e lanças de madeira. Repare no canto direito superior, a representação de uma capela cristã em chamas.
O aniquilamento da população, ao lado do extermínio das culturas agrícolas, que provocou uma escassez de gêneros alimentícios, fez com que os proprietários das minas e os comerciantes investissem seus lucros em áreas complementares de produção, para o atendimento do mercado interno. Foram organizadas as haciendas, áreas produtoras de cereais, e as estâncias, áreas criadoras de gado.
Esse setor complementar resolveu o problema de abastecimento para as elites coloniais. A massa trabalhadora, por seus ganhos irrisórios, ainda não conseguia satisfazer as suas necessidades básicas, sendo obrigada a recorrer a adiantamentos de salários. Todavia, impossibilitados de saldar seus compromissos, os trabalhadores acabavam escravizados por dívidas.
Somente na passagem dos séculos XVIII e XIX, momento em que a Revolução Industrial e o Iluminismo ganhavam forma, observou-se o fim da exploração colonial. Os processos de independência desenvolvidos por todo o continente abriram caminho para a formação de um grande mosaico de nações e Estados que deram fim à colonização. Contudo, os vindouros problemas mostraram que existia um longo caminho a se trilhar em busca da tão sonhada soberania.