sexta-feira, 5 de abril de 2013

REVISÃO DA 1ª UNIDADE SEGUNDOS ANOS HISTÓRIA


A origem dos povos americanos.
Os habitantes do continente americano descendem de populações advindas da Ásia, sendo que os vestígios mais antigos de sua presença na América, obtidos por meio de estudos arqueológicos, datam de 11 a 12,5 mil anos. Todavia, ainda não se chegou a um consenso acerca do período em que teria havido a primeira leva migratória.
Os povos indígenas que hoje vivem na América do Sul são originários de povos caçadores que aqui se instalaram, vindo da América do Norte através do istmo do Panamá, e que ocuparam virtualmente toda a extensão do continente há milhares de anos. De lá para cá, estas populações desenvolveram diferentes modos de uso e manejo dos recursos naturais e formas de organização social distintas entre si.
Não existe consenso também, entre os arqueólogos, sobre a antiguidade da ocupação humana na América do Sul. Até há alguns anos, o ponto de vista mais aceito sobre este assunto era o de que os primeiros habitantes do continente sul-americano teriam chegado há pouco mais de 11 mil anos.
No Brasil, a presença humana está documentada no período situado entre 11 e 12 mil anos atrás. Mas novas evidências têm sido encontradas na Bahia e no Piauí que comprovariam ser mais antiga esta ocupação, com o que muitos arqueólogos não concordam. Assim, há uma tendência cada vez maior de os pesquisadores reverem essas datas, já que pesquisas recentes vêm indicando datações muito mais antigas.
Civilização Maia
O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo  calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.
Civilização Asteca
Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).
Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
Civilização Inca
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
A África dos grandes reinos e impérios
Antes de os europeus escravizarem os africanos, a partir do século XV, e colonizarem a África, no século XIX, diversas sociedades autônomas já existiam nesse continente, ou seja, as sociedades africanas já tinham a sua própria história. Algumas sociedades africanas pré-coloniais, sob o comando de chefes poderosos, ampliaram suas áreas de influência e dominaram outros povos, transformando-se, assim, em impérios e reinos prósperos e organizados, conforme relatos da época.
A África é cercada a nordeste pelo mar Vermelho, ao norte pelo Mediterrâneo, a oeste pelo oceano Atlântico e a leste pelo oceano Índico. Em termos geográficos, suas principais marcas são o deserto do Saara ao norte que divide o continente, o deserto do Calahari a sudoeste, a floresta tropical do centro do continente, as savanas, ou campos de vegetação esparsa e rasteira, que separam áreas desérticas de áreas de florestas, e algumas terras altas, como aquelas nas quais nascem os rios que formam o Rio Nilo. Os rios são os meios de comunicação mais importantes do continente.
Essas diversidades naturais levaram estudiosos a falar de duas Áfricas, demarcadas pelo deserto do Saara: a África saariana que se localiza ao norte do continente e estende-se pela região que vai do atual Egito até Marrocos e a África subsaariana que estende-se do Saara até o Cabo da Boa Esperança, ao sul do continente.
O reino de Gana: a “terra do ouro”
Localizado a oeste do continente africano, em uma zona chamada Sael e ao sul do Deserto do Saara, região também conhecida como África Subsaariana, o Reino de Gana cresceu a partir do ano 300 e teve seu apogeu entre os séculos IX e X, quando dominou os povos vizinhos e ocupou uma faixa territorial maior do que ocupa nos dias de hoje.
O rei recebia o título de gana e era visto como elo entre os deuses e os homens. Ele liderava um poderoso exército e ocupava o topo de uma sociedade hierarquizada. Sacerdotes, nobres e funcionários cuidavam da administração do reino.
A população se dedicava à agricultura e à criação de gado, mas o comércio era a principal atividade econômica do reino. O Reino de Gana controlava as rotas de comércio que atravessavam o Saara e chegava às cidades e aos portos do norte África. Esse comércio era feito por meio de caravanas de camelos, pois esses animais conseguem viver com pouca quantidade de água.
O principal artigo transportado era o ouro retirado das minas do sul de Gana, isso explica por que seus reis eram chamados pelos povos do norte de “senhores do ouro”. Durante o domínio português, Gana era chamada de Costa de Ouro, por causa da grande quantidade de jazidas de ouro nessa região. Atualmente, ao lado da exportação de cacau e de madeira, a exploração de ouro ainda é uma das atividades econômicas mais importantes do país. Gana é um dos maiores produtores de ouro do mundo.

Também se comercializava o sal, extraído das salinas do litoral ou das jazidas no deserto. Do norte vinham produtos manufaturados, tecidos europeus asiáticos, barras de cobre, contas de vidro e tipos diferentes de arma que abasteciam as sociedades africanas.
O império do Mali: o “lugar onde o senhor reside”
Este império desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a bacia do Rio Níger. Constituído pela atual República de Mali e algumas regiões dos atuais Senegal e Guiné, o reino do Mali, no século XIV, expandiu-se por meio da anexação das cidades de Tombuctu, Gao e Djenne que foram importantes cidades, centros de troca e de concentração de pessoas, graças à rede de rios que fertilizava as terras e facilitava o transporte na região.
O Mali era um império poderoso, pois controlava o comércio transaariano e as rotas caravaneiras que se dirigiam para as principais cidades do reino, localizados em sua maioria às bordas do Rio Níger, semelhante a rota comercial de Gana. O comércio e principalmente as taxas sobre o tráfico de ouro, sal, escravos, marfim, noz-de-cola e outros produtos eram fundamentais para a manutenção do Estado, da corte e do mansa. O artesanato era bastante desenvolvido. Cada grupo de artesãos tinha seu representante junto ao imperador. Os governantes do Mali recebiam o título de mansa. Viajantes árabes relatavam histórias de alguns governantes que se tornaram famosos, como Sundiata, herói fundador que reinou de 1230 a 1255, e Mansa Musa, que governou entre 1312 e 1337.
A cidade de Tombuctu destacou-se como grande centro cultural do continente africano, onde havia vastas bibliotecas, madrassas (universidades islâmicas) e magníficas mesquitas que é o lugar onde a comunidade muçulmana se reúne para tratar de todas as questões que lhe interessa, questões religiosas, sociais, políticas e locais e também para rezar. Além disso, a cidade passou a ser o ponto de encontro de poetas, intelectuais e artistas da África e do Oriente Médio. Mesmo após o declino do império, Tombuctu permaneceu como um dos principais pólos islâmicos da África subsaariana. Em 1988, a cidade de Timbuctu foi declarada patrimônio mundial pela UNESCO.
Vale destacar que as 150 escolas que existiam em Tombuctu eram muito diferentes das escolas medievais européias. Não possuíam uma administração central, registros de estudantes ou cursos pré- determinados. Eram formadas por diversas faculdades independentes. Os estudantes se associavam a um único professor, o objetivo do ensino era transmitir os ensinamentos do Alcorão, livro sagrado do islamismo.
É importante mencionar que o império do Mali e também de Gana assimilaram a cultura e a religião islâmica. Maomé que viveu entre Meca e Medina, de 570 a 632, foi fundador do Islã, que significa submissão a um deus, única e onipotente. A religião vinha acompanhada de maneiras de viver e de governar próprias do mundo árabe, chamadas de muçulmanas, sobre este assunto estudaremos com mais detalhes mais adiante.
Reino do Congo: “saudações ao manicongo”
Fundado no século XIV, o reino do Congo abrangia grande extensão da África centro-ocidental e se compunha de diversas províncias, governado por um rei que recebia o título de Manicongo. Hoje a região que fazia parte do reino Congo, recebe o nome de Republica Democrática do Congo.Os habitantes do reino do Congo organizavam-se em vários clãs. Esses clãs eram compostos de pessoas que acreditavam descender de um mesmo antepassado.
A base da economia do Congo era a agricultura, pastoreio e o comércio. O comércio no território do Congo era intenso, os comerciantes congoleses lucravam com a comercialização de tecidos, sal, metais e derivados de animais, como o marfim. O comércio poderia ser à base de trocas ou com moedas (conchas chamadas de nzimbu) encontradas na região de Luanda em Angola.
O manicongo, cercado de seus conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de pessoas, recebia impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia da vida do reino e das pessoas que viviam nele.
Os limites do reino eram traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam tributos ao poder central, devendo fidelidade a ele, recebendo proteção, tanto para assuntos deste mundo como para os assuntos do além, pois manicongo também era responsável pelas boas relações com os espíritos e os ancestrais.
Em 1483 iniciou no reino do Congo o contato com os portugueses.
Reino do Benin: “os feitos de obá”
Há indícios de que este reino tenha se desenvolvido entre os séculos XII e XIII, onde hoje estão Nigéria e Camarões. Desde cedo, essa região passou por um processo de urbanização, e as cidades se converteram em reinos. Sua localização favorecia o encontro de mercadores.
A principal atividade econômica do reino de Benim era o comércio de sal, peixe seco, inhame, dendê, feijão, animais de criação, o cobre, produto raro, só possível para os mais poderosos, ou seja , os mais ricos. Produtos como pimenta, marfim, tecidos e escravos eram comercializados ativamente com os reinos de Ifê e o reino Iorubá. Para prevenir a redução da população nativa, o governo proibiu a exportação de escravos masculinos e os importou da África ocidental para comerciá-los com os europeus a partir do século XVI.
Cronistas descreveram a cidade do Benin com grandes muralhas e um palácio decorados com placas de latão presas às paredes. Nessas placas, era contada a história do reino: feitos do obá (titulo do principal chefe do reino que se tornou o supremo poder na região), as caçadas, as guerras e os primeiros contatos com os portugueses, por volta de 1485. A chegada dos europeus foi registrada pelos artistas africanos com imagens esculpidas nessas placas e em pequenas estatuetas de marfim.
O reino de Benin se desintegrou no século XIX, sob o domínio dos ingleses.
O contato entre os reinos africanos
A interação destes reinos acima estudados, e demais reinos africanos ocorreu através do comércio, ora através de relações pacificas , ora conflituosas, como foi o caso do reino de Gana que no século XIII foi governado por Sundiata Keita, rei do Império do Mali.
Quando os europeus começaram a explorar a costa africana, no século XV, encontraram diferentes povos, com línguas, tradições e costumes distintos. O contato dos europeus com essa diversidade de etnias, por meio da exploração das terras africanas e do escravismo, produziu um intercâmbio cultural que se pode notar em quase todo o planeta. No Brasil podemos reconhecer a África na capoeira, embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Estamos ligados ao continente africano de forma indissolúvel.
COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização dessas novas terras.
Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.
Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezuma. Em razão da inegável inferioridade numérica, nos questionamos sobre como uma nação de porte tão pequeno como a Espanha foi capaz de impor seu interesse contra aquela numerosa população indígena.
Para explicarmos essa questão, devemos avaliar uma série de fatores inerentes a essa terrível e violenta experiência que marca o passado americano. Primeiramente, frisamos a superioridade bélica dos europeus, que contavam com potentes armas de fogo e atordoavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens montados em cavalos. Ao mesmo tempo, o próprio contato com os europeus abriu caminho para a instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias.
Enquanto o confronto e a doença funcionavam como importantes meios de dominação, devemos também dar a devida importância a outra estratégia espanhola. Em alguns casos, os espanhóis instigavam o acirramento das rivalidades entre duas tribos locais. Dessa forma, depois dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para controlar as tribos em questão.
Depois da conquista, os colonizadores tomaram as devidas providências para assegurar os novos territórios e, no menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras. Sumariamente, a extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas subjugados.
A Sociedade Colonial Espanhola
A grande maioria da população das colônias americanas era composta pelos índios. A população negra escrava, era pequena, e, foi usada como mão de obra, principalmente nas Antilhas.
Quem realmente mandava e explorava a população nativa eram os espanhóis, brancos, que eram a minoria mas, eram os dominadores.
Assim podemos dividir a sociedade na América Espanhola entre brancos (dominadores) e não-brancos (dominados).
Mesmo entre a população branca havia divisões como :
Chapetones - colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados.
Criollos - brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.
Além disso, a mistura entre brancos e índios criou uma camada de mestiços.
EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INDÍGENA NA AMÉRICA ESPANHOLA
Os exploradores espanhóis, denominados juridicamente adelantados, recebiam direitos vitalícios de construir fortalezas, fundar cidades, evangelizar os índios e deter os poderes jurídico e militar. Isso, sob a condição de garantir para a Coroa o quimo de todo o ouro e prata produzidos e a propriedade do subsolo. Dessa forma, a Espanha procurava assegurar, sem gastos materiais, a ocupação de seus territórios na América, o fortalecimento de sua monarquia e o aumento das riquezas do Estado.
Ciclo da mineração
A partir de meados do século XVI, com a descoberta de minas de ouro no México e de prata no Peru, organizaram-se os núcleos mineradores, que requeriam uma grande quantidade de mão-de-obra. Aproveitando-se da elevada densidade populacional da Confederação Asteca e do Império Inca, os exploradores passaram a recrutar trabalhadores indígenas, já acostumados a pagar tributos a seus chefes, sob a forma de prestação de serviços. Para adequar o trabalho ameríndio, foram criadas duas instituições: a encomienda e a mita.
Encomienda - Sistema de trabalho obrigatório, não remunerado, em que os índios eram confiados a um espanhol, o encomendero, que se comprometia a cristianizá-los. Na prática, esse sistema permitia aos espanhóis escravizarem os nativos, principalmente para a exploração das minas:
Mita - Sistema que impunha o trabalho obrigatório, durante um determinado tempo, a índios escolhidos por sorteio, em suas comunidades. Estes recebiam um salário muito baixo e acabavam comprometidos por dívidas. Além disso, poderiam ser deslocados para longe de seu lugar de origem, segundo os interesses dos conquistadores.
A escravização indígena, pela encomienda e pela mita, garantiu aos espanhóis o necessário suprimento de mão-de-obra para a mineração, porém trouxe para as populações nativas desastrosas consequências. De um lado, a desagregação de suas comunidades, pelo abandono das culturas de subsistência, causou fome generalizada. Do outro, o não-cumprimento das determinações legais que regulamentavam o trabalho das minas provocou uma mortalidade em massa, quer pelo excesso de horas de trabalho, quer pelas condições insalubres a que esses indígenas estavam expostos.
Lutas entre espanhóis e astecas em Tenochtitlán, antiga capital do México em 1520, segundo gravura índia. contra os cavalos, canhões e armas de aço dos espanhóis, os índios tinham fracos escudos de pele ou madeira, pedações de pau e lanças de madeira. Repare no canto direito superior, a representação de uma capela cristã em chamas.
O aniquilamento da população, ao lado do extermínio das culturas agrícolas, que provocou uma escassez de gêneros alimentícios, fez com que os proprietários das minas e os comerciantes investissem seus lucros em áreas complementares de produção, para o atendimento do mercado interno. Foram organizadas as haciendas, áreas produtoras de cereais, e as estâncias, áreas criadoras de gado.
Esse setor complementar resolveu o problema de abastecimento para as elites coloniais. A massa trabalhadora, por seus ganhos irrisórios, ainda não conseguia satisfazer as suas necessidades básicas, sendo obrigada a recorrer a adiantamentos de salários. Todavia, impossibilitados de saldar seus compromissos, os trabalhadores acabavam escravizados por dívidas.
Somente na passagem dos séculos XVIII e XIX, momento em que a Revolução Industrial e o Iluminismo ganhavam forma, observou-se o fim da exploração colonial. Os processos de independência desenvolvidos por todo o continente abriram caminho para a formação de um grande mosaico de nações e Estados que deram fim à colonização. Contudo, os vindouros problemas mostraram que existia um longo caminho a se trilhar em busca da tão sonhada soberania.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

REVISÃO 1ª UNIDADE HISTÓRIA PARA OS TERCEIROS


Imperialismo é uma política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras.
Ideologia do imperialismo (europeu):
Os ideólogos do imperialismo acreditavam que o modelo de civilização europeu era o que oferecia as melhores condições de vida ao homem. Logo, quem estivesse apartado de tal modelo, viveria em uma condição inferior e não tão privilegiada se colocada em contraponto à funcionalidade de várias instituições e costumes de origem europeia. Com isso, a presença europeia na África e na Ásia deixava de ser vista como um injusto processo de invasão.
A aplicação do evolucionismo darwiniano à sociedade: “em cada espécie existe uma permanente concorrência entre seus membros; as plantas e os animais mais aptos transmitem suas características genéticas favoráveis ao maior número de descendentes. Ocorre, desse modo, uma seleção natural das espécies. Por sua vez, o darwinismo social pregava que na luta pela vida só sobreviveriam as raças e as nações mais capazes”. Podemos concluir, segundo essa ideologia, que o colonialismo seria uma missão civilizadora de uma raça superior, branca, representada pelos europeus e norte-americanos.
História:
O moderno imperialismo europeu vai nascer com a quebra e a desintegração do Sacro Império Romano Germânico.
Entre os séc. XV e XVIII, algumas nações concorrentes criaram vários impérios, especialmente de caráter colonial. O maior império da época moderna é o de Filipe II, da Espanha. Portugal, Inglaterra, França e Holanda construíram também, nas Américas, na Índia e nas Índias Orientais, grandes impérios. No séc. XIX, a Grã-Bretanha tornou-se o protótipo de império, e imperialismo significou, acima de tudo, o britânico. Depois mesmo da independência das colônias americanas, a Inglaterra ampliou as suas conquistas na América do Norte, na África e na Ásia. Já no fim do séc. XIX muitos países formavam entre os Estados imperialistas, como os EUA, o Japão, a Rússia e, mais tarde, a Itália e a Alemanha. A febre imperialista, incentivada pelo dinamismo do crescimento industrial, expansão financeira e pela crescente necessidade de matérias-primas e de mercados, deu ao imperialismo do fim do séc. XIX um novo caráter. Ele procurou apoio espiritual em todas as teorias que glorificavam o poder e o sucesso e nas doutrinas da superioridade racial, dominantes nesse período. Todos procuram justificar seu domínio de diversas maneiras. A vitória dos aliados na I Guerra Mundial e a destruição do império nisso representaram o abandono de muitas das prerrogativas imperialistas em países coloniais.
Na primeira década seguinte a I Guerra Mundial, o imperialismo parecia em declínio, com os impérios se dissolvendo, povos nativos ganhando sua independência ou, pelo menos, status igual, e com o desaparecimento político de certos privilégios financeiros e comerciais estabelecidos pela conquista ou pela penetração econômica. A segunda década trouxe, porém, completa modificação daquela tendência. A nova filosofia do imperialismo fascista glorificou o destino das nações corajosas e procurou, pela guerra e pela conquista, impor o seu domínio sobre os povos fracos. Especialmente representado pelos governos da Itália, do Japão e da Alemanha, esse novo imperialismo fazia voltar os conceitos universais do antigo, desejando não a coexistência de impérios concorrentes debaixo do sistema da balança de poder, como aquele que esteve sob a direção da Grã-Bretanha, mas o domínio mundial que unisse todos os países.
O imperialismo, na sua forma de expansão territorial, ainda não está inteiramente liquidado, pois alguns territórios, especialmente na África, continuam com o seu status colonial. Também subsiste na sua forma comercial e financeira, quando se usa da coerção e não da concorrência para obter de outros povos privilégios e vantagens de caráter especial.
Imperialismo Europeu:
O vigoroso e extraordinário crescimento da industrialização ocorrido durante a segunda metade do século XIX só foi possível devido às novas invenções técnicas, às grandes pesquisas e descobertas científicas, notadamente no campo da química industrial, e ao desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação. Mais que tudo, porém, teve importância decisiva a grande acumulação de capital que possibilitou as pesquisas técnicas e científicas aplicadas à indústria. Como resultado desse processo, os países industrializados precisavam de novos mercados consumidores, produtores de matéria-prima e investidores.
República Velha (1889-1930)
 - Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. A monarquia é derrubada.
 - Marechal Deodoro da Fonseca assume como primeiro presidente da República.
 - Poder econômico e político nas mãos das oligarquias paulista e mineira.
 - Após a renúncia de Deodoro em 1891, assume a presidência outro militar: Floriano Peixoto.
 - Primeira Constituição Republicana Brasileira é promulgada em 1891: voto aberto, presidencialismo, manutenção de interesses das elites agrárias, exclusão das mulheres e dos analfabetos do direito de voto.
 - Política do Café-com-Leite: alternância no poder de presidentes mineiros e paulistas.
 - Região Sudeste é privilegiada nos investimentos federais, principalmente os setores agrícola e pecuário.
 - O café é o principal produto brasileiro de exportação.
 - Aumento da imigração europeia (italiana, alemã, espanhola) para servir de mão-de-obra nas lavouras de café do interior paulista.
 Política dos Governadores
 Troca de favores políticos entre presidente da República e governadores para a manutenção do poder e garantia de governabilidade.
 O coronelismo
 Poder político e econômico concentrado nas mãos dos coronéis (grandes latifundiários), que usavam o voto de cabresto, violência e fraudes para obter vantagens eleitorais para si e seus candidatos.
  Golpe de 1930
 Após a vitória de Júlio Prestes, políticos da Aliança Liberal afirmam que as eleições foram fraudulentas. Com a liderança de Getúlio Vargas, aplicam um golpe e colocam fim a República Velha. Vargas torna-se presidente da República. 
 Principais conflitos e revoltas durante a República Velha
 - Revolta da Armada: 1893-1894
 - Revolução Federalista: 1893-1895
 - Guerra de Canudos: 1893-1897
 - Revolta da Vacina: 1904
 - Revolta da Chibata: 1910
 - Guerra do Contestado: 1912-1916
 - Sedição de Juazeiro: 1914
 - Greves Operárias: 1917-1919
 - Revolta dos Dezoito do Forte: 1922
 - Revolução Libertadora: 1923
 - Revolução de 1930: 1930

Messianismo
Na história do Brasil, o termo messianismo é usado para dar nome aos movimentos sociais nos quais milhares de sertanejos fundaram comunidades comandadas por um líder religioso.
Surgiu em áreas rurais pobres atingidas pela miséria. Seus dois principais componentes eram a religiosidade popular do sertanejo e seu sentimento de revolta.
Na República Velha, os dois principais exemplos de messianismo foram os movimentos de Canudos e do Contestado.
Revolta de Canudos
Ocorreu entre os anos de 1893-1897 na Bahia.
Antônio Conselheiro chegou em 1893 à uma velha fazenda abandonada no sertão baiano e ali liderou a formação de Canudos. Desde os tempos do império ele fazia pregações que atraíam multidões de moradores do sertão nordestino.
Milhares de pessoas se mudaram para Canudos. Buscavam paz e justiça em meio à fome e à seca do sertão.
Comandada por Antônio Conselheiro, a população vivia num sistema comunitário, em que as colheitas, os rebanhos e o fruto do trabalho eram repartidos. Só havia propriedade privada dos bens de uso pessoal. Não havia cobrança de impostos nem autoridade policial. A prostituição e a venda de bebidas alcoólicas eram rigorosamente proibidas.
O povoado de Canudos tinha leis próprias, não obedecendo ao poder público que governava o país. Representava uma alternativa de sociedade para os sertanejos que desejavam fugir da dominação dos grandes coronéis.
Os fazendeiros baianos e a elite política local temiam o crescimento de Canudos e passaram a exigir providências do governo para destruir a comunidade.
Os inimigos da comunidade de Canudos diziam que ali viviam fanáticos, loucos e monarquistas. A história tradicional repetiu essas acusações como se fossem verdades absolutas. Assim, não considerava que um dos principais motivos que uniam os sertanejos de Canudos era a necessidade de fugir da fome e da violência.
A religiosidade foi a forma encontrada pelos sertanejos para traduzir sua revolta e sua vontade de construir uma ordem social diferente.
A destruição de Canudos
Como as tropas dos coronéis locais e do governo estadual baiano não conseguiram esmagar as forças de Canudos, o governo federal entrou na luta. Várias tropas militares enviadas pelo poder central foram derrotadas. Um poderoso exército de 7 mil homens foi organizado pelo próprio ministro da Guerra. Canudos foi completamente destruído em 5 de outubro de 1897; mais de 5 mil casas foram incendiadas pelo exército.
Guerra do Contestado
Ocorreu entre os anos de 1912 a 1916, na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, numa região contestada (disputada) pelos dois estados. Nessa área, era grande o número de sertanejos sem-terra e famintos que trabalhavam sob duras condições para os fazendeiros locais e duas empresas norte-americanas que atuavam ali.
Os sertanejos de Contestado começaram a se organizar sob a liderança de um “monge” chamado João Maria. Após sua morte, surgiu em seu lugar um outro “monge”, conhecido como João Maria (Miguel Lucena Boaventura).
Reuniu mais de 20 mil sertanejos e fundou com eles alguns povoados que compunham a chamada “Monarquia Celeste”. A “monarquia” do Contestado tinha um governo próprio e normas igualitárias, não obedecendo às ordens emanadas das autoridades da república.

Os sertanejos do Contestado foram violentamente perseguidos pelos coronéis-fazendeiros e pelos donos das empresas estrangeiras, com o apoio das tropas do governo. O objetivo era destruir a organização comunitária dos sertanejos e expulsá-los das terras que ocupavam.
Em novembro de 1912, o monge Jose Maria foi morto em combate e “santificado” pelos moradores da região. Seus seguidores, criaram novos núcleos que foram, combatidos e destruídos pelas tropas do exercito brasileiro.
Os últimos núcleos foram arrasados por tropas de 7 mil homens armados.
Cangaço: Revolta e Violência no Nordeste
Ocorreu entre os anos de 1870 a 1940 (setenta anos), no Nordeste do Brasil.
Para alguns pesquisadores, ele foi uma forma pura e simples de banditismo e criminalidade. Para outros foi uma forma de banditismo social, isto é, uma forma de revolta reconhecida como algo legítimo pelas pessoas que vivem em condições semelhantes.
Motivos para o acontecimento do cangaço:
Miséria, fome, seca e injustiças dos coronéis-fazendeiros produziram no semiárido do Nordeste um cenário favorável à formatação de grupos armados conhecidos como cangaceiros. Os cangaceiros praticavam crimes, assaltavam fazendas e matavam pessoas.
Os dois mais importantes bandos do cangaço foi o de Antônio Silvino e o de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o “Rei do Cangaço”.
Depois que a polícia massacrou o “bando de Lampião”, em 1938, o cangaço praticamente desapareceu do Nordeste.
Revolta da Vacina
No governo do presidente Rodrigues Alves (1902-1906), o Rio de Janeiro, era uma cidade no qual a população enfrentava graves problemas: pobreza, desemprego, lixo amontoado nas ruas, muitos ratos e mosquitos transmissores de doenças. Milhares de pessoas morriam em consequência de epidemias como febre amarela, peste bubônica e varíola.
Os primeiro governos republicanos queriam transformar o Rio de Janeiro na “capital do progresso”, que mostrasse ao país e ao mundo “o novo tempo” da República.
Coube ao presidente Rodrigues Alves a decisão de reformar e modernizar o Rio de Janeiro.
Os cortiços e os casebres dos bairros centrais foram demolidos. A população foi desalojada e passou a morar em barracos nos morros do centro ou em bairros distantes do subúrbio.
Combater as epidemias era um dos principais objetivos do governo; o medico Oswaldo Cruz, diretor da Saúde Pública, convenceu o presidente a decretar a lei da vacinação obrigatória contra a varíola.
A população não foi esclarecida sobre a necessidade da vacina. Diversos setores da sociedade reagiram à vacina obrigatória: havia os que defendiam que a aplicação de injeções em mulheres era imoral, ou que a obrigatoriedade ia contra a liberdade individual. Outros, não compreendiam como uma doença poderia ser evitada com a introdução de seu próprio vírus no corpo.
Revolta da Chibata
Ocorreu no Rio de Janeiro, foram os marinheiros que se revoltaram contra os terríveis castigos físicos a que eram submetidos.
Ficou conhecido como Revolta da Chibata, porque os marinheiros queriam mudanças no Código de Disciplina da Marinha, que punia as faltas graves dos marinheiros com 25 chibatadas. Além dos castigos físicos, os marinheiros reclamavam de má alimentação e dos miseráveis salários que recebiam.
Tenentismo

Foi o movimento político-militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na República Velha. Era liderado por jovens oficiais das Forças Armadas, principalmente tenentes.
Principais propostas do Tenentismo:
Queriam a moralização da administração pública;
Queriam o fim da corrupção eleitoral;
Reivindicavam o voto secreto e uma justiça Eleitoral confiável;
Defendiam a economia nacional contra a exploração das empresas e do capital estrangeiro;
Desejavam uma reforma na educação pública para que o ensino fosse gratuito e obrigatório para todos os brasileiros.
A maioria das propostas contava com a simpatia de grande parte das classes médias urbanas, dos produtos rurais que não pertenciam ao grupo que estava no poder e de alguns empresários da indústria.
Revolta do Forte de Copacabana
Primeira Revolta Tenentista, iniciou em 05/07/1922.
Foi uma revolta para impedir a posse do presidente Artur Bernardes.
Tropas do governo cercaram o Forte de Copacabana, isolando os rebeldes. Dezessete tenentes e um civil saíram para as ruas num combate corpo-a-corpo com as tropas do governo. Dessa luta suicida, só dois escaparam com vida: os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos.
O episódio ficou conhecido como Os Dezoito do Forte.
Revoltas de 1924
Dois anos depois da Primeira Revolta ocorreram novas rebeliões tenentistas em regiões como o Rio Grande do Sul e São Paulo.
Depois de ocupar a capital paulista, as tropas tenentistas abandonaram suas posições diante da ofensiva armada do governo.
Com uma numerosa tropa de mil homens, os rebeldes formaram a coluna paulista, que seguiu em direção ao sul do país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes.
Coluna Prestes
As duas forças tenentistas uniram-se e decidiram percorrer o interior do país, procurando apoio popular para novas revoltas contra o governo. Nascia aí a Coluna Prestes, pois ambas tropas eram lideradas por Prestes.
Durante mais de dois anos (1924 a 1926), a Coluna Prestes percorreu 24 mil quilômetros através de 12 estados. O governo perseguia as tropas da Coluna Prestes que, por meio de manobras militares, conseguia escapar. Em 1926 os homens que permaneciam na Coluna Prestes decidiram ingressar na Bolívia e desfazer a tropa.
A Coluna Prestes não conseguiu provocar revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo, mas também não foi derrotada por eles. Isso demonstrava que o poder na República Velha não era tão inatacável.