domingo, 5 de maio de 2013

OS GOVERNOS TOTALITÁRIOS NA EUROPA (FASCISMO ITALIANO E NAZISMO)


No período Entreguerras proliferaram os regimes totalitários, governos militarizados, que baseavam seu poder na força das armas e da propaganda política. Podem ser considerados como reações nacionalistas extremadas as perdas que alguns países sofreram ao fim da primeira guerra mundial.
Os efeitos da Primeira Guerra Mundial e da crise econômica que se abateu sobre a Europa, por toda a década de 1920, geraram uma insegurança quanto ao futuro de muitos países. O desemprego em massa, a constante alta do custo de vida e as dificuldades em solucionar essas questões criaram uma descrença no Liberalismo e nos valores democráticos.
Por outro lado, havia o exemplo da Rússia, que se aparentava manter protegida da crise que assolava o restante da Europa. A revolução proletária parecia ter dado certo, não se falava de desemprego e de carestia no Estado socialista. Era natural que uma grande parte da classe trabalhadora chegasse à conclusão de que a solução definitiva para seus problemas era o processo revolucionário. Por isso, em alguns países, sobretudo na Itália e na Alemanha, as teses socialistas ganhavam cada vez mais adeptos.
A crise econômica sem perspectiva de soluções, aliadas à expansão do Socialismo, assustou a burguesia, que acabou buscando nos movimentos nazi-fascista o apoio que lhe garantiria a manutenção da propriedade privada e a repressão aos que pensavam em acabar com seus privilégios, sobretudo os grupos políticos de esquerda.
Princípios do Totalitarismo Nazi-Fascista
• Valorização do Estado (totalitarismo). Ancorados no pressuposto de que nada deve existir acima do Estado, fora dele ou contra ele, os nazistas e fascistas depositavam os destinos da nação nas mãos do Estado e o governante acabava por encarnar o Estado.
• Obediência cega ao líder. Era outro fundamento das teses totalitárias.
• Supervalorização da nação em detrimento do individuo, baseado no principio de que a organização nacional é o mais alto principio da sociedade.
• Xenofobia. Conduzido ao extremo, chegou, na Alemanha, a idéia de superioridade da raça ariana e a prática da solução final contra judeus (Antisemitismo) e outros grupos considerados inferiores.
• Militarismo. Pregava a “função regeneradora da guerra”, na solução dos problemas econômicos e sociais.
• Anticomunismo. O comunismo marxista foi identificado como principal inimigo do totalitarismo de direita. Os fascistas e nazistas afirmavam que o comunismo promovia a desunião e enfraquecimento nacional já que estava fundamentado na idéia de luta de classes.
• Corporativismo: Peculiaridade do totalitarismo italiano. O povo, produtor de riquezas, organizava-se em corporações sindicais, que governavam o pais através do partido fascista, que era o próprio Estado. Negava-se a existência da oposição entre classes porque cabia ao Estado harmonizar os interesses sociais.
Um dos mais conhecidos lemas do Nazi-Fascismo – Acredita! Obedece! Luta! -, resume os princípios fundamentais dessa doutrina., Acreditar nos pressupostos da doutrina. Obedecer cegamente ao líder. Lutar contra os adversários da doutrina.
É preciso refletir sobre o apoio da população de paises como Alemanha e Itália aos princípios nazi-fascistas. Havia forças muito significativas trabalhando contra a liberdade. Em primeiro lugar, grande parte da população da Europa vivia um período de incertezas: as lideranças nazi-fascistas, habilmente, prometiam um futuro de gloria e de riqueza (NA VERSÃO NAZISTA O III REICH, NA VERSÃO FASCISTA O RESGATE DA GLÓRIA DO ANTIGO IMPÉRIO ROMANO) e a destruição daqueles que “eram os responsáveis pelo sofrimento”, IDENTIFICADOS COMO comunistas, democratas, judeus, homossexuais, ciganos, poloneses, eslavos e outras “minorias”.
Ao lado dessa promessa de futuro grandioso, havia uma intensa propaganda que tinha o objetivo de seduzir as mentes mais resistentes. Eram constantes as demonstrações do poderio militar, a mistificação do líder, a criação de valores que engrandeciam a figura dos militares em relação ao restante da sociedade. Essas peças de propaganda não eram casuais, havia uma elaboração muito bem pensada, discutida pelo alto escalão dos partidos e aplicada de acordo com os mais modernos princípios da comunicação em massa da época.
O totalitarismo de direita se expandiu porque encontrou uma conjuntura social favorável; o discurso nazi-fascista, proferia o que as pessoas queriam ouvir e o Estado oferecia apoio aos que se encontravam abandonados pelo poder publico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário