domingo, 5 de maio de 2013

Economia colonial e o Brasil holandês


A cana-de-açúcar foi a atividade econômica que promoveu a colonização do Brasil. O principal centro de produção de açúcar foi a Capitania do Pernambuco. Dentre os motivos que explicam o seu sucesso podemos mencionar a riqueza do solo (massapé), o clima, a proximidade da Europa e a presença do capital de banqueiros  flamengos (termo que designa os naturais de Flandres, região da atual Bélgica-, portugueses, italianos e alemães) . Os holandeses financiaram a produção do açúcar e em troca receberam o monopólio do refino e  distribuição do produto na Europa. O açúcar foi a principal atividade econômica do Brasil, nos século XVI e XVII.
Características a economia açucareira:
Como colônia de exploração, a economia brasileira apresentava as seguintes características: latifúndio, monocultura, mercado externo e escravidão ( predomínio da escravidão negra). Essas características eram típicas das colônias de exploração e é denominada de plantation.
O açúcar era produzido nos engenhos. O engenho era composto pela Casa-Grande, senzala, capela e Casa de Fabricar o açúcar.
No século XVII, com a expulsão dos holandeses do nordeste e a produção do açúcar nas Antilhas, a produção do açúcar no Brasil, entrou em decadência.

Sociedade Colonial (Século XVI,  XVII)
A sociedade do açúcar era formada por grupos sociais básicos; os senhores de engenhos e os escravos. Era uma sociedade patriarcal (valorização do homem, marginalização da mulher), rural, estamental (rígida, sem mobilidade social, marcada pelo nascimento) e escravista. A base do trabalho era o negro na escravidão.
Os negros eram vistos como mercadorias, e representavam uma fonte de acumulação de capital. Contudo, os negros não foram passivos á escravidão, pelo contrário,  desenvolveram estratégias de resistência a escravidão. Por exemplo, fugiam, cometiam suicídio, assassinavam os senhores, mais com certeza, a maior expressão de sua resistência foi a formação dos quilombos.
Os quilombos eram comunidades formadas por negros que fugiram dos seus proprietários, e para os negros eram sinônimos de liberdade. O maior quilombo do período colonial foi Palmares, localizado no atual Estado de Alagoas. Esse quilombo era chefiado por Zumbi e foi destruído no século XVII, pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
União Ibérica (1580-1640)
Em 1580, Felipe II (dinastia de Habsburgo), rei da Espanha tornou-se também rei de Portugal iniciando dessa maneira o período da União Ibérica.
Felipe II tinha como inimigo político a Holanda, e por isso, decretou embargo comercial aos holandeses. Desta forma, os holandeses estavam proibidos de comercializar com os territórios pertencentes a Felipe II.
Lembremos que os holandeses tinham capitais investidos na produção do açúcar no nordeste, como também o monopólio do refino e distribuição.
A Holanda em represália ao embargo comercial estabelecido por Felipe II resolveu invadir o Brasil. Os holandeses invadiram primeiramente a Bahia, no entanto, não conseguiram conquistá-la, e a seguir invadiram o Pernambuco, sendo vitoriosos. Depois da conquista da Capitania do Pernambuco acabaram estendendo o seu domínio no nordeste, porém a Bahia continuou sob o domínio de Felipe II.
Para administrar os territórios conquistados no nordeste, os holandeses enviaram ao Brasil, Maurício de Nassau. O nordeste seria governado atendendo aos interesses da empresa holandesa Companhia das Indias Ocidentais (WIC), isto é, o açúcar.
Ao chegar ao nordeste, Nassau tomou importantes medidas, como:
1.      Emprestou capital aos senhores de engenho.
2.      Remodelou o Recife.
3.      Concedeu liberdade religiosa.
4.      Incentivou cientistas holandeses para pesquisar a fauna e a flora brasileira, como também trouxe pintores para retratar a exuberância da natureza brasileira.

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