quinta-feira, 16 de junho de 2016

REVISÃO DE FILOSOFIA PARA OS TERCEIROS SEGUNDA UNIDADE 2016

REVISÃO DE FILOSOFIA SEGUNDA UNIDADE TERCEIROS ANOS 2016
ÉTICA E MORAL
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
Na Ética do discurso  de Jürgen Habermas  Uma norma só poderá ser considerada correta se todos os envolvidos estiverem de acordo em dar-lhe o seu consentimento.
CONDUTA ÉTICA: Consciência da diferença entre atitudes boas e más, segundo a avaliação das consequências para si e para os outros e responsabilidade para assumir tais conseqüências.
HANS JONAS E A RESPONSABILIDADE
É conhecido principalmente devido à sua influente obra O Princípio da Responsabilidade (publicada em alemão em 1979, e em inglês em 1984). Seu trabalho concentra-se nos problemas éticos sociais criados pela tecnologia. Jonas quer sustentar que a sobrevivência humana depende de nossos esforços para cuidar de nosso planeta e seu futuro. Formulou um novo e característico princípio moral supremo: "Atuar de forma que os efeitos de suas ações sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana genuína".
Embora tenha-se atribuído a "O Princípio da Responsabilidade" o papel de catalisador do movimento ambiental na Alemanha, sua obra "O Fenômeno da Vida" (1966) forma a espinha dorsal de uma escola de bioética nos Estados Unidos. Leon Kass referiu-se ao trabalho de Jonas como uma de suas principais inspirações. Profundamente influenciado por Heidegger, "O Fenômeno da Vida" tenta sintetizar a filosofia da matéria com a filosofia da mente, produzindo um rico entendimento da biologia, em busca de uma natureza humana material e moral.
A biologia filosófica de Hans Jonas tenta proporcionar uma concepção una do homem, reconciliada com a ciência biológica contemporânea.
Também escreveu abundantemente sobre Gnosticismo, pelo que é igualmente conhecido, interpretando a religião como um ponto de vista existencial filosófico. Jonas foi o primeiro autor a escrever uma história detalhada do antigo gnosticismo. Além disso, foi um dos primeiros autores a relacioná-lo com questões éticas nas ciências naturais.[1] A filosofia de Jonas se viu influenciada pela filosofia de Alfred North Whitehead.
                                                             
OS FILÓSOFOS E O AMOR
            Conforme Platão (427 a.C. - 347 a.C.), o amor é a busca da beleza. Embora tenha início da realidade física, deve alcançar a sua forma universal, não permanecendo prisioneiro da matéria. É lugarcomum confundir o amor platônico com o amor não correspondido ou desprovido de interesse sexual. Na realidade, o filósofo não exclui o amor carnal, porém o vê como um primeiro degrau que pode levar a outros mais elevados.
             No pensamento de  Santo Agostinho (o amor é tudo) o amor é o nexo que une as Pessoas divinas. Somente o amor é capaz de explicar a vida da alma e a sua possibilidade de se elevar ao conhecimento unitivo de Deus. Segundo Boaventura de Bagnoregio (o amor é a verdadeira sabedoria), a força que dá ao ser humano a capacidade de elevar-se a Deus é o amor. Muitos mais que o esforço intelectual, é o amor que torna possível uma verdadeira aproximação a Deus.
             O pensamento de Arthur Schopenhauer (o amor desejo e o amor compaixão) é marcado por um profundo pessimismo, baseado na convicção de que o único motor de toda a realidade é uma vontade cega, absurda e irracional de viver que impulsiona todo o universo e cada ser vivo a desejar algo que, tão logo é obtido, torna-se motivo de insatisfação. Assim o amor é poderoso e sabe enganar o ser humano, consegue iludi-lo, prometendo-lhe uma felicidade que jamais poderá se realizar.
             Empédocles deve ter percebido que amor e ódio aproximam e afastam os seres humanos e por isso elevou-os à categoria de forças antagônicas cósmicas capazes de realizar o processo de atração e repulsão. Para nosso filósofo, os opostos não se atraem, mas pelo contrário, o semelhante atrai o semelhante e o dessemelhante repulsa o dessemelhante. E esse movimento é considerado eterno, um ciclo constante no qual quando prevalece a harmonia é porque o Amor está atuando. Quando é a desarmonia ou desequilíbrio que prevalece (seja na política, na saúde, no emocional etc.) é porque o Ódio está atuando.
A AMIZADE NA VISÃO DE ARISTÓTELES
            Apesar de Platão ter escrito em um de seus diálogos sobre a amizade (no Lísias) quem mais se destacou foi seu discípulo Aristóteles. No livro Ética a Nicômaco, Aristóteles dedica os livros IX e X para falar sobre o tema. No entender do filósofo "a amizade uma virtude ou está conectada com a virtude, além de ser algo extremamente necessário para a vida. De fato, ninguém gostaria de viver sem amigos, mesmo que ele possuísse todos os outros bens".
           No entendimento de Aristóteles, conhecemos três formas de amizade ao longo de nossa vida. Seriam elas; 1ª Agradável, 2ª Útil e 3ª Perfeita.
           Quando somos jovens temos tendência a procurar uma amizade que nos dê prazer - agradável: “o mesmo se pode dizer a respeito dos que amam por causa do prazer; não é por causa do caráter que os homens amam as pessoas espirituosas, mas porque as consideram agradáveis”. Na velhice procuramos por utilidade - útil: "aqueles que fundamentam sua amizade no interesse, amam-se por causa de sua utilidade, por causa de algum bem que recebem um do outro, mas não amam um ao outro por si mesmos”. E a amizade considerada perfeita por Aristóteles seria : "aquela que existe entre os homens que são bons e semelhantes na virtude, pois tais pessoas desejam o bem um no outro de modo idêntico, e são bons em si mesmos[...]aqueles que desejam o bom aos seus amigos por eles mesmos são amigos no sentido mais próprio, porque o fazem em razão de sua natureza e não por acidente”.


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