quinta-feira, 16 de junho de 2016

REVISÃO PRIMEIROS FILOSOFIA SEGUNDA UNIDADE 2016

FILOSOFIA ANTIGA
A Filosofia Antiga refere-se a um grupo diversificado e que se localiza desde o século VI a.c. na Jônia até os primeiros tempos da era cristã. Pela dimensão temporal podemos localizar temáticas díspares que são sistematizadas neste mesmo grupo. Entre estes grupos estão:
- os pré-socráticos ou físicos: os filósofos, desde Tales de Mileto, que se localizam antes de Sócrates e se interrogavam sobre a physis (natureza), daí o nome físicos. A preocupação deles sobre o princípio (a arché) da natureza, da ordem do mundo fez com que estabelecessem as primeiras elaborações à procura de um princípio lógico que explicasse a própria natureza.
- A Filosofia Socrática. Sócrates: é a figura central da Filosofia grega. Embora nunca tenha escrito nada foi a partir dele que as questões humanas superaram as preocupações sobre o princípio ordenador da natureza. Sócrates é uma figura emblemática por ter legado à Filosofia a figura do homem questionador, que procura conhecer, interrogando as pessoas que julgava sábias. Ele dialogava e interrogava as pessoas à exaustão, através da ironia e da maiêutica, as partes constitutivas do seu método dialético: inquiria para que as pessoas pudessem "dar a luz às idéias". Incorporou o lema de um oráculo ("Conhece-te a ti mesmo") como parte de sua tarefa e foi condenado à morte.
A Filosofia sistemática. Platão e Aristóteles são os dois principais nomes deste período: Platão foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Ele foi o primeiro a sistematizar uma obra filosófica em que expressa uma determinada concepção de mundo. Sua obra é marca da pela questão do conhecimento e a associação com a atividade política. A Filosofia é filha da cidade (pólis) e ao mesmo tempo está à sua margem, por isso, os diálogos platônicos expõem os temas de um debate articulado, através da argumentação, e do impulso que desperta o pensamento e o conhecimento autêntico (epistéme) que ultrapasse as aparências (doxa).
Aristóteles apresentou diferenças substantivas em relação a Platão. Sua obra apresenta, em seu próprio modo de escrever e na escolha dos temas, uma organização que expressa o objeto e os modelos de investigação que propõe. Obras como "Metafísica", "Física", "Política", "Organon", "Poética", "Ética" identificam percursos e temas de um trabalho de demonstração argumentativa em que o logos é sistematizado.
- Filosofias do helenismo: é o período de expansão da Filosofia a partir do domínio exercido pelos macedônios e depois pelos romanos. A Filosofia deixa de ser centrada no mundo grego e ultrapassa as antigas fronteiras da ética. Nesse período podemos identificar algumas correntes como o estoicismo, o epicurismo, o ceticismo, o neoplatonismo.
Filosofia Patrística (século I ao VII): a          filosofia desenvolvida nessa época teve como objetivo consolidar o papel da igreja e propagar os ideais do cristianismo. Baseadas nas Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João, a escola patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos como o pecado original, a criação do mundo por Deus, ressureição de juízo final.
Filosofia da Escolástica e /ou Medieval (séc. IX ao séc. XV): nesse período ocorreu uma retomada de muitos princípios filosóficos gregos. A grande preocupação da igreja era aliar a razão e a ciência aos ideais da igreja católica. Nesse contexto, surgiu a teologia que foi uma ciência que buscava explicar racionalmente a existência de Deus, da alma, do céu e inferno e as relações entre homem, razão e fé. Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava Cruzadas à Terra Santa e criava, à volta das catedrais as primeiras universidades ou escolas.
FILOSOFIA MODERNA: A Filosofia do período moderno tem uma pulverização de temas e abordagens. O humanismo, desde o século XIV, propunha a revalorização dos textos da Antiguidade e a defesa de uma nova ordem política, na qual a ação seria um elemento fundamental. Esta redescoberta dos textos da Antiguidade representou uma nova perspectiva não apenas política, mas também metodológica, que permitiu uma nova leitura do texto, superando os debates da escolástica medieval.
Empirismo: Doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, sendo descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou apriorísticas e inatas do racionalismo. Onde os preceitos da razão exigem confirmações e podem ser desmentidos.
Com este despertar a teoria política e científica ganhou novos ares e as transformações pelas quais passava o continente europeu entre os séculos XV-XVIII foi marcada por um movimento de novas elaborações filosóficas: Maquiavel, Montaigne, Erasmo, More, Galileu, Descartes e Locke são alguns nomes que marcaram a Filosofia do período.
As perguntas sobre os fundamentos da realidade eram revestidos de questionamentos sobre o que é o conhecer e o papel do que se passou a chamar de "sujeito moderno". Do "cogito" cartesiano aos princípios da experiência, passando pelas novas invenções, temos um panorama de algumas das questões de fundo naquele momento.
FILOSOFIA ILUMINISTA: Ao longo de todo o século XVIII desenvolveu-se a escola Iluminista com suas críticas ao mundo do Antigo Regime. Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Diderot e outros elaboraram propostas que, muitas vezes, foram invocadas pelos revolucionários das 13 colônias inglesas ou da França. Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes.
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: Um filósofo do século XVIII (Hume) e outro da transição do XVIII para o XIX (Kant) estabelecem a grande crítica à metafísica que marca o início da Filosofia Contemporânea. O idealismo kantiano marcaria muitas formas de expressão da Filosofia contemporânea.
Porém, a partir do XIX é quase impossível estabelecer uma unidade efetiva para o pensamento filosófico. O pensamento hegeliano é duramente atacado pela obra de Karl Marx e Friedrich Engels. A idéia de que a Filosofia deveria transformar o mundo e não apenas interpretá-lo encontrava poderoso eco na obra da dupla Marx/Engels onde aclasse social está representada na posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção. Foi neste período também que a Revolução Industrial transformou a sociedade pois os trabalhadores, destituídos dos meios de produção, passaram a sobreviver da venda da sua força de trabalho. Ao mesmo tempo, o pensamento mais conservador de sistematização do conhecimento surgia dos escritos de Augusto Comte e seu Positivismo, defendendo suas leis sociais e a necessidade da ordem para o progresso.
No XIX estão as origens do pensamento Existencialista que teria muita força no século seguinte. É impossível entender os fundamentos da obra de Jean-Paul Sartre se não se levar em conta os escritos anteriores de Kierkegaard. A liberdade humana, o papel da angústia, a liberdade e uma "existência que precede uma essência" estiveram presentes em pensamentos existencialistas no século XX.
Também no final do século XIX todo o sistema racional filosófico sofre duras críti­cas de Nietzsche e sua forma original de escrever Filosofia.
Além do já citado Existencialismo, o século XX é acompanhado pelo desenvolvimento da Escola de Frankfurt, que a partir do período entre guerras projetou os nomes de filósofos como Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benja­min. Questões sobre estética, as funções da linguagem uma teoria crítica da cultura marcaram a produção desta escola.


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