REVISÃO SEGUNDOS ANOS HISTÓRIA SEGUNDA UNIDADE 2016
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As
Capitanias Hereditárias e a Administração colonial
As Capitanias hereditárias foi um
sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III,
em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes
faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com
relações com a Coroa Portuguesa).
sistema foi criado pelo rei de Portugal com o
objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam
o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de
forma hereditária).
Estas pessoas que recebiam a concessão
de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar,
proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de
explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).
O sistema não funcionou muito bem.
Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar
como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e
suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques
indígenas.
O sistema de Capitanias Hereditárias
vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
Economia Colonial
A economia colonial brasileira é
integrada ao processo mundial de expansão do capitalismo mercantil. Baseada no
monopólio colonial – Portugal tem a exclusividade do comércio com a colônia –,
é altamente especializada e dirigida para o mercado externo. Internamente tem
caráter predatório sobre os recursos naturais.
As técnicas agrícolas utilizadas são
rudimentares e provocam rápido esgotamento da terra. A produção está centrada
na grande propriedade monocultora, o latifúndio, e na utilização de numerosa
mão-de-obra escrava – primeiro dos indígenas e depois dos negros.
Escravidão
O trabalho compulsório do indígena é
usado em diferentes regiões do Brasil até meados do século XVIII. A caça ao
índio é um negócio local e os ganhos obtidos com sua venda permanecem nas mãos
dos colonos, sem lucros para Portugal. Por isso, a escravização do nativo
brasileiro é gradativamente desestimulada pela metrópole e substituída pela
escravidão negra. O tráfico negreiro é um dos mais vantajosos negócios do
comércio colonial e seus lucros são canalizados para o reino.
ESCRAVIDÃO NEGRA
– A primeira leva de escravos negros que chega ao Brasil vem da Guiné, na
expedição de Martim Afonso de Souza, em 1530. A partir de 1559, o comércio
negreiro se intensifica. A Coroa portuguesa autoriza cada senhor de engenho a
comprar até 120 escravos por ano. Sudaneses são levados para a Bahia e bantus
espalham-se pelo Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São
Paulo.
TRÁFICO
DE ESCRAVOS – O tráfico negreiro é oficializado em 1568 pelo governador-geral
Salvador Correa de Sá. Em 1590, só em Pernambuco registra-se a entrada de 10
mil escravos. Não há consenso entre os historiadores sobre o número de escravos
trazidos para o Brasil. Alguns, como Roberto Simonsen e Sérgio Buarque de
Holanda, estimam esse número entre 3 milhões e 3,6 milhões. Caio Prado Júnior
supõe cerca de 6 milhões e Pandiá Calógeras chega aos 13,5 milhões.
Cana-de-açúcar
O cultivo da cana-de-açúcar é
introduzido no Brasil por Martim Afonso de Souza, na capitania de São Vicente.
Seu apogeu ocorre entre 1570 e 1650, principalmente em Pernambuco. Fatores
favoráveis explicam o sucesso do empreendimento: experiência anterior dos
portugueses nos engenhos das ilhas do Atlântico, solo apropriado,
principalmente no Nordeste, abundância de mão-de-obra escrava e expansão do
mercado consumidor na Europa. A agroindústria açucareira exige grandes fazendas
e engenhos e enormes investimentos em equipamentos e escravos.
O ENGENHO
– Os chamados engenhos de açúcar são unidades de produção completas e, em
geral, auto-suficientes. Além da casa grande, moradia da família proprietária,
e da senzala, dos escravos, alguns têm capela e escola, onde os filhos do
senhor aprendem as primeiras letras. Junto aos canaviais, uma parcela de terras
é reservada para o gado e roças de subsistência. A “casa do engenho” possui
toda a maquinaria e instalações fundamentais para a obtenção do açúcar.
ECONOMIA AÇUCAREIRA
– Estimativa do final do século XVII indica a existência de 528 engenhos na
colônia. Eles garantem a exportação anual de 37 mil caixas, cada uma com 35
arrobas de açúcar. Dessa produção, Portugal consome apenas 3 mil caixas anuais
e exporta o resto para a Europa. O monopólio português sobre o açúcar assegura
lucros consideráveis aos senhores de engenho e à Coroa. Esse monopólio acaba
quando os holandeses começam a produzir açúcar nas Antilhas, na segunda metade
do século XVII. A concorrência e os limites da capacidade de consumo na Europa
provocam uma rápida queda de preços no mercado.
Mineração
Na passagem do século XVII para o
XVIII, são descobertas ricas jazidas de ouro no centro-sul do Brasil. A Coroa
portuguesa volta toda sua atenção para as terras brasileiras. A região das
minas espalha-se pelos territórios dos atuais Estados de Minas Gerais, Goiás e
Mato Grosso e torna-se pólo de atração de migrantes: portugueses em busca de
fortuna, aventureiros de todas as regiões do Brasil e escravos trazidos do
Nordeste. Criam-se novas vilas: Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto,
Caeté, São João del Rey, Arraial do Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá.
O QUINTO
– A Coroa portuguesa autoriza a livre exportação de ouro mediante o pagamento
de um quinto do total explorado. Para administrar e fiscalizar a atividade
mineradora, cria a Intendência das Minas, vinculada diretamente à metrópole.
Toda descoberta deve ser comunicada. Para garantir o pagamento do quinto, são
criadas a partir de 1720 as casas de fundição, que transformam o minério em
barras timbradas e quintadas. Em 1765 é instituída a derrama: o confisco dos
bens dos moradores para cobrir o valor estipulado para o quinto quando há
déficit de produção.
ECONOMIA MINERADORA
– O chamado “ciclo do ouro” traz uma grande diversificação social para a
colônia. A exploração das jazidas não exige o emprego de grandes capitais,
permite a participação de pequenos empreendedores e estimula novas relações de
trabalho, inclusive com a mão-de-obra escrava. Os escravos trabalham por tarefa
e, muitas vezes, podem ficar com uma parte do ouro descoberto. Com isso, têm a
chance de comprar sua liberdade. O período áureo dura pouco: entre 1735 e 1754,
a exportação anual gira em torno de 14.500 kg. No final do século, o volume
enviado a Portugal cai para 4.300 kg por ano, em média.
DIAMANTES
– A exploração de diamantes toma corpo por volta de 1729, nas vilas de
Diamantina e Serra do Frio, no norte de Minas Gerais. A produção atinge grandes
volumes e chega a causar pânico no mercado joalheiro europeu, provocando a
queda nos preços das pedras. Em 1734 é instituída uma intendência para
administrar as lavras. A extração passa a ser controlada por medidas severas
que incluem confisco, proibição da entrada de forasteiros e expulsão de
escravos.
Diversificação agrícola
A agricultura de subsistência e a
pecuária desenvolvem-se ao longo dos caminhos para as minas e nas proximidades
das lavras. O crescimento demográfico aumenta rapidamente os lucros dessas
atividades. Sesmarias são doadas na região a quem queira cultivá-las. Novas
culturas surgem em outras áreas da colônia.
NOVOS PRODUTOS AGRÍCOLAS
– Em meados do século XVII, o algodão, o tabaco e o cacau passam a ser
produzidos em larga escala e a integrar a pauta de exportações da colônia. A
produção algodoeira desenvolve-se no Nordeste, em especial Maranhão e
Pernambuco. O tabaco é produzido principalmente na Bahia, seguida por Alagoas e
Rio de Janeiro e, ao longo do século XVII, o produto é usado como moeda de
troca para aquisição de escravos nos mercados da costa africana. O cacau é
explorado inicialmente apenas em atividade extrativista, no Pará e no Amazonas.
Começa então a ser cultivado na Bahia e no Maranhão com mão-de-obra escrava.
INTRODUÇÃO DO
CAFÉ – O café é introduzido no Brasil por Francisco de Melo Palheta, em 1727,
que o contrabandeia da Guiana Francesa. Durante o século XVIII, seu cultivo
limita-se ao nordeste, onde os solos não são adequados. A cafeicultura só se
desenvolve no século XIX, quando o produto começa a ser cultivado na região
Sudeste.
EXPANSÃO DO AÇÚCAR
– A agroindústria açucareira do nordeste volta a se expandir no século XVIII,
quando as revoltas escravas nas Antilhas interrompem a produção local. O
aumento das exportações brasileiras estimula a expansão dos canaviais para o
Rio de Janeiro e São Paulo, já enriquecidos pelo comércio do ouro.
Pecuária
Fator essencial na ocupação e
povoamento do interior, a pecuária se desenvolve no vale do rio São Francisco e
na região sul da colônia. As fazendas do vale do São Francisco são latifúndios
assentados em sesmarias e dedicados à produção de couro e criação de animais de
carga. Muitos proprietários arrendam as regiões mais distantes a pequenos
criadores. Não é uma atividade dirigida para a exportação e combina o trabalho
escravo com a mão-de-obra livre: mulatos, pretos forros, índios, mestiços e
brancos pobres. No sul, a criação de gado é destinada à produção do charque
para o abastecimento da região das minas.
Invasão Holandesa no Brasil
A
invasão holandesa fez parte do projeto da Holanda (Países Baixos) em ocupar e
administrar o Nordeste Brasileiro através da Companhia Holandesa das Índias
Ocidentais.
Após a
União Ibérica (domínio da Espanha em Portugal entre os anos de 1580 e 1640), a
Holanda resolveu enviar suas expedições militares para conquistarem a região
nordeste brasileira. O objetivo holandês era restabelecer o comércio do açúcar
entre o Brasil e Holanda, proibido pela Espanha após a União Ibérica.
A
primeira expedição invasora ocorreu em 1624 contra Salvador (capital do Brasil
na época). Comandados por Jacob Willekens, mais de 1500 homens conquistaram
Salvador e estabeleceram um governo na capital brasileira. Os holandes foram
expulsos no ano seguinte quando chegaram reforços da Espanha.
Em 1630,
houve uma segunda expedição militar holandesa, desta vez contra a cidade de
Olinda (Pernambuco). Após uma resistência luso-brasileira, os holandeses
dominaram a região, estabeleceram um governo e retomaram o comércio de açúcar
com a região nordestina brasileira.
Em 1637,
a Holanda enviou o conde Maurício de Nassau para administrar as terras
conquistadas e estabelecer uma colônia holandesa no Brasil. até 1654, os
holandeses dominaram grande parte do território nordestino.
Expulsão dos holandeses
Em 1654,
após muitos guerras e conflitos, finalmente os colonos portugueses (apoiados
por militares de Portugal e Inglaterra) conseguiram expulsar definitivamente os
holandeses do território brasileiro e retomar o controle do Nordeste
Brasileiro.
Principais aspectos da administração de Nassau no Nordeste
do Brasil:
- Estabeleceu relações amigáveis entre holandeses e senhores
de engenho brasileiros;
- Incentivou, através de empréstimos, a reestruturação dos
engenhos de açúcar do Nordeste;
- Introduziu inovações com relação à fabricação de açúcar;
- Favoreceu um clima de tolerância e libertade religiosa;
- Modernizou a cidade de Recife, construíndo diques, canais,
palácios, pontes e jardins.
- Estabeleceu e organizou os sistemas de coleta de lixo e os
serviços de bombeiros em Recife.
- Determinou a construção em Recife de um observatório
astronômico, um Jardim Botânico, um museu natural e um zoológico.
REVOLTAS COLONIAIS
Entre
as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta de Beckman, Guerra dos
Emboabas, Guerra dos Mascates e a Revolta de Filipe dos Santos.
São revoltas separatistas: Inconfidência Mineira e
Conjuração Baiana.
A Revolta dos Beckman ocorreu no ano de
1684 sob liderança dos irmãos Manuel e Tomas Beckman. O evento que se passou no
Maranhão reivindicava melhorias na administração colonial, o que foi visto com
maus olhos pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi a
única revolta do século XVII.
A Guerra dos Emboabas foi um conflito que
ocorreu entre 1708 e 1709. O confronto em Minas Gerais aconteceu porque os
bandeirantes paulistas queriam ter exclusividade na exploração do ouro recém
descoberto no Brasil, mas levas e mais levas de portugueses chegavam à colônia
para investir na exploração. A tensão culminou em conflito entre as partes.
A Guerra dos Mascates aconteceu logo em
seguida, entre 1710 e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu senhores de
engenho de Olinda e comerciantes portugueses de Recife. A elevação de Recife à
categoria de vila desagradou a aristocracia rural de Olinda, gerando um
conflito. O embate chegou ao fim com a intervenção de Portugal e equiparação
entre Recife e Olinda.
A Revolta de Filipe dos Santos aconteceu
em 1720. O líder Filipe dos Santos Freire representou a insatisfação dos donos
de minas de ouro em Vila Rica com a cobrança do quinto e a instalação das Casas
de Fundição. A Coroa Portuguesa condenou Filipe dos Santos à morte e encerrou o
movimento violentamente.
A Inconfidência Mineira, já com caráter
de revolta separatista, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros contra a
exploração dos portugueses pretendia tornar Minas Gerais independente de
Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deflagrado e acabou sendo
punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes foi morto e esquartejado em praça
pública para servir de exemplo aos demais do que aconteceria aos descontentes
com Portugal.
A Conjuração Baiana, também separatista,
ocorreu em 1798. O movimento ocorrido na Bahia pretendia separar o Brasil de
Portugal e acabar com o trabalho escravo. Foi severamente punida pela Coroa
Portuguesa.
Revoluções inglesas do século XVII
MONARQUIAS
ABSOLUTISTAS
No século
XVII, basicamente, todas as potências europeias viviam sob o regime das
monarquias absolutistas. Tais governos se fortaleceram desde os últimos tempos
medievais, quando a crise que então assolava a Europa feudal abriu espaço à
formação dos Estados Nacionais Modernos. Neste momento, a existência de um governo
centralizador foi fundamental ao processo de unificação territorial, jurídica e
monetária pelo qual passaram países como Portugal, Espanha, Inglaterra e
França.
No entanto,
com o passar dos anos, as críticas ao excessivo centralismo político por este
Estado absolutista começaram a ganhar força em boa parte do Velho Mundo. A
burguesia mostrava-se, então, como o grupo social responsável pelos principais
ataques desferidos contra esse tipo de governo, o qual identificava como um
poderoso empecilho ao desenvolvimento de práticas econômicas mais liberais e
lucrativas.
MONARQUIA INGLESA
Embora as
estuturas absolutistas tenham começado a ruir mais visivelmente ao longo do
século XVIII, notadamente a partir da difusão dos ideais iluministas, este
processo pôde ser percebido na Inglaterra já em meados do século anterior. Após
os bem-sucedidos governos de Henrique VIII e Elizabeth I, os reinados de Jaime
I (1603 – 1625) e Carlos I (1625 – 1649) foram marcados pelo agravamento das
insatisfações sociais, o que acabou por debilitar o poder da Coroa.
O
parlamento inglês, que há tempos buscava ampliar sua autonomia frente aos
desmandos dos monarcas, mostrou-se ainda mais inconformado com as ações
centralizadoras tomadas nesses dois últimos governos. A burguesia, interessada
em um sistema econômico mais liberal, colocava-se claramente contrária ao
intervencionismo estatal típico das monarquias absolutistas. Por fim, as
reações de grupos religiosos perseguidos pelos reis anglicanos contribuíram
igualmente para a fragilização do Absolutismo na Inglaterra.
REVOLUÇÃO PURITANA
Nos
últimos anos do reinado de Carlos I, a Inglaterra assistiu ao desenrolar de uma
violenta guerra civil. Em lados opostos estavam os defensores do monarca,
grupos em sua maioria anglicanos, e a maioria dos burgueses e dos membros da
gentry (pequena nobreza rural), em geral defensores da religião puritana. Ao
lado do parlamento, estes opositores do rei foram liderados por Oliver Cromwell
na bem- sucedida Revolução Puritana, processo que determinou a queda da
monarquia inglesa.
A
República de Cromwell foi caracterizada por uma grande centralização do poder
nas mãos de seu líder. A Revolução Puritana havia rompido com o monarquismo,
mas não necessariamente com o autoritarismo. E foi utilizando-se desse seu
poder que Oliver Cromwell estabeleceu os “Atos de Navegação”, um conjunto de
medidas que favoreceram amplamente as relações comerciais feitas pela
Inglaterra e, consequentemente, sua burguesia. O "Ato de Navegação",
de 1651, estabelecia que as mercadorias compradas da Inglaterra ou vendidas a
ela só poderiam ser transportadas em navios ingleses Essa medida pode ser
considerada a consolidação do domínio inglês sobre os mares, que deu à
Inglaterra, por vários séculos, claro predomínio naval e mercantil,
especialmente no Oceano Atlântico;
REVOLUÇÃO GLORIOSA
Com a
morte de Oliver Cromwell e a renúncia de seu filho Ricardo, a monarquia acabou
sendo restaurada. Assim, a dinastia Stuart voltava ao governo e Carlos II era
coroado, dando início a um reinado extremamente autoritário. Mesmo com a
ascensão de Jaime II ao poder, a monarquia inglesa continuava a tender ao
absolutismo, o que gerava grande insatisfação nos parlamentares.
Formado basicamente por burgueses e membros
da gentry, o parlamento constitui, então, um exército com o objetivo de depôr o
rei. Ao mesmo tempo, negocia com Guilherme de Orange, genro de Jaime II, sua
indicação para o trono real. Em contrapartida, o parlamento exigia que o novo
rei jurasse obediência à “Declaração dos Direitos” (Bill of Rights).
Sucedia-se, assim, a Revolução Gloriosa, cujo principal desdobramento foi a
consolidação da monarquia parlamentar e a deposição do absolutismo inglês.
Revolução Industrial
A
Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos
séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a
substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o
final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia
o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo
produtivo.
Apesar
de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a
Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde
diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao
proprietário da manufatura.
A
Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores,
entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais
importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização
privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados
ultramarinos.
Como
muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo
forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além
disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem
suas famílias.
Diante
disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho
oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os
quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o
objetivo de defender o trabalhador.
O
trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de
fabricação passando a executar apenas uma etapa.
A Primeira etapa da
Revolução Industrial
Entre 1760
a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra.
Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear
mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a
continuação da Revolução.
A Segunda Etapa da
Revolução Industrial
A segunda
etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países
como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do
aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo,
a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de
produtos químicos foram as principais inovações desse período.
A Terceira Etapa da
Revolução Industrial
Alguns historiadores
têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira
etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o
celular seriam algumas das inovações dessa época.
O ILUMINISMO
O
Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na
Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e
política.
Este
movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O
Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham
interesses comuns.
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários
aspectos como:
- Mercantilismo.
-Absolutismo monárquico.
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos
acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do
estado na economia.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da
razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.
As idéias
liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis
absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a
aceitar algumas idéias iluministas.
Estes reis
eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de
governar absolutista com as idéias de progresso iluministas.
Alguns
representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia;
Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.
Alguns
pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e idéias neste
período. São eles:
John Locke
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua
principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a
razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas
feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos
poderosos.
Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário.
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo
burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.
Rousseau
Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”,
na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do
povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer
igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena
burguesia.
Quesnay
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia.
Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.
Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de
idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades
econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve
dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na
qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta
e da procura.
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