CONCEITO DE LINGUAGEM
Linguagem
é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja
através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Ela possui uma
função denotativa, exprime sentimentos e valores, é um sistema de sinais ou de
signos e tem uma função comunicativa.
FUNÇÕES DA LINGUAGUEM
Sabemos
que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do
mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para
representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.
Sendo
assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que
ela funciona?
A
multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades
básicas.
1) Função Referencial ou denotativa
Transmite
uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos,
fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do
discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o
referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.
Exemplo:
Numa cesta de vime temos
um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto
informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).
2) Função Expressiva ou Emotiva
Reflete
o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores
da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de
pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
3)
Função Apelativa ou Conativa
Seu
objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de
convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é
comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo.
É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem
diretamente ao consumidor.
Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta
promoção!
4)
Função Poética
É
aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais
em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir
das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto,
surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja
própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da
literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas
de valor metafórico e na publicidade.
Função Poética Exemplos:
a) “... a lua era um desparrame de prata”. (Jorge
Amado)
b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. (Texto publicitário)
c) Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo
(Daniel Borges)
5)
Função Fática
Tem
por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada
em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala,
mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer
"relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas
fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam
que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?,
não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Exemplo:
Alô? Está me ouvindo?
6)
Função Metalinguística
Esta
função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código
usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do
poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são
exemplos de metalinguagem.
Exemplo:
Frase é qualquer enunciado
linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de
frase, usamos uma frase.)
TIPOS
DE TEXTOS
Textos
científicos – são divulgações científicas. Podem ser
lidos em periódicos científicos, em revistas, em livros didáticos, em
dicionários e enciclopédias.
Textos
de correspondência – com o objetivo de outra pessoa ler ou
visualizar. Podem ser divididos em: bilhete, carta, cartão-postal, e-mail e
telegrama.
Textos
instrucionais – sugere a função apelativa da linguagem.
Podem ser: bulas, folhetos explicativos, guias de cidades, instruções de
provas, manuais de instruções, receitas de cozinha, regras de jogos etc.
Textos
jornalísticos – podem ser: anúncios, cartas, editorial,
entrevista, notícia e reportagens.
Textos
literários – nos textos literários é usada a criatividade, o jogo
de imagens e figuras. Dividem-se em: conto, crônica, fábula, novela, peça
teatral, poema e romance.
Textos
literários com o uso de linguagem visual e verbal – podem ser:
charge, cartum, história em quadrinhos e tira.
Textos
publicitários – o objetivo do texto é seduzir o leitor
ou convencer o consumidor de algo. Características: o uso de vários adjetivos,
verbos no imperativo (apelativos), argumentativo e o uso de metáforas.
TIPOS
DE LINGUAGENS
Verbal: a
Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
Não
Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação,
que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e
sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto,
etc.
EMPIRISMO
De
acordo com o empirismo, as teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas
a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas.
Portanto, este sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé,
intuição, lendas, senso comum) como forma de geração de conhecimentos.
INTELECTUALISMO
A
palavra, dizem eles, é uma representação de um pensamento, de uma ideia ou de
valores, sendo produzida pelo sujeito pensante que usa os sons e as letras com
essa finalidade.
LINGUAGEM
SIMBÓLICA E CONCEITUAL
A
diferença entre linguagem simbólica e linguagem conceitual é o que deve
interessar-nos agora. Fundamentalmente, a linguagem simbólica opera por
analogias (semelhanças entre palavras e sons, entre palavras e coisas) e por
metáforas (emprego de uma palavra ou de um conjunto de palavras para substituir
outras e criar um sentido poético para a expressão).
A
linguagem simbólica realiza-se principalmente como imaginação. A linguagem
conceitual procura evitar a analogia e a metáfora, esforçando-se para dar às
palavras um sentido direto e não figurado ou figurativo. Isso não quer dizer
que a linguagem conceitual seja puramente denotativa. Pelo contrário, nela a
conotação é essencial, mas não possui uma natureza imaginativa ou imagética.
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