quarta-feira, 21 de maio de 2014

REVISÃO FILOSOFIA PARA 2º A E B 2ª UNIDADE


CONCEITO DE LINGUAGEM
Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Ela possui uma função denotativa, exprime sentimentos e valores, é um sistema de sinais ou de signos e  tem uma função comunicativa.
FUNÇÕES DA LINGUAGUEM
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona?
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas.
1)  Função Referencial ou denotativa
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.
Exemplo:
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).
2)  Função Expressiva ou Emotiva
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
3) Função Apelativa ou Conativa
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.
Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!

4) Função Poética
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.
Função Poética Exemplos:
a)  “... a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado)     
 b) Em tempos de turbulência, voe com   fundos de renda fixa.  (Texto publicitário)
c) Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo
(Daniel Borges)
5) Função Fática
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Exemplo:
Alô? Está me ouvindo?
6) Função Metalinguística
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.
Exemplo:
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
TIPOS DE TEXTOS
Textos científicos – são divulgações científicas. Podem ser lidos em periódicos científicos, em revistas, em livros didáticos, em dicionários e enciclopédias.
Textos de correspondência – com o objetivo de outra pessoa ler ou visualizar. Podem ser divididos em: bilhete, carta, cartão-postal, e-mail e telegrama.
Textos instrucionais – sugere a função apelativa da linguagem. Podem ser: bulas, folhetos explicativos, guias de cidades, instruções de provas, manuais de instruções, receitas de cozinha, regras de jogos etc.
Textos jornalísticos – podem ser: anúncios, cartas, editorial, entrevista, notícia e reportagens.
Textos literários – nos textos literários é usada a criatividade, o jogo de imagens e figuras. Dividem-se em: conto, crônica, fábula, novela, peça teatral, poema e romance.
Textos literários com o uso de linguagem visual e verbal – podem ser: charge, cartum, história em quadrinhos e tira.
Textos publicitários – o objetivo do texto é seduzir o leitor ou convencer o consumidor de algo. Características: o uso de vários adjetivos, verbos no imperativo (apelativos), argumentativo e o uso de metáforas.
TIPOS DE LINGUAGENS
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
EMPIRISMO
De acordo com o empirismo, as teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas. Portanto, este sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé, intuição, lendas, senso comum) como forma de geração de conhecimentos.
INTELECTUALISMO
A palavra, dizem eles, é uma representação de um pensamento, de uma ideia ou de valores, sendo produzida pelo sujeito pensante que usa os sons e as letras com essa finalidade.
LINGUAGEM SIMBÓLICA E CONCEITUAL
A diferença entre linguagem simbólica e linguagem conceitual é o que deve interessar-nos agora. Fundamentalmente, a linguagem simbólica opera por analogias (semelhanças entre palavras e sons, entre palavras e coisas) e por metáforas (emprego de uma palavra ou de um conjunto de palavras para substituir outras e criar um sentido poético para a expressão).

A linguagem simbólica realiza-se principalmente como imaginação. A linguagem conceitual procura evitar a analogia e a metáfora, esforçando-se para dar às palavras um sentido direto e não figurado ou figurativo. Isso não quer dizer que a linguagem conceitual seja puramente denotativa. Pelo contrário, nela a conotação é essencial, mas não possui uma natureza imaginativa ou imagética.

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