segunda-feira, 19 de setembro de 2016

REVISÃO SEGUNDOS HISTÓRIA TERCEIRA UNIDADE 2016

Revolução Francesa
A França, em 1789, era um país falido. Os exageros da corte, os gastos excessivos com guerras, a indisposição com a Inglaterra e os privilégios dispensados ao clero e à nobreza, fizeram aumentar a insatisfação da população.
A sociedade civil era dividida entre o clero, a nobreza e a burguesia, essa última, formada por parte da população que pagava impostos. Esse impostos eram altos, e serviam para custear a boa vida da corte, do clero e da nobreza. Esse foi um dos motivos que levaram a população a se revoltar.
A incapacidade do rei no governo também motivou a revolução. Além de levar o país à falência com a péssima administração econômica, ele ainda controlava os tribunais e fazia condenações injustas, de acordo com a sua vontade. Os presos eram levados à fortaleza da Bastilha, que depois foi invadida pela população.
O que foi a Revolução Francesa
Com tantas injustiças, a população se revoltou contra o rei e seu poder absoluto. As principais reivindicações eram o fim dos privilégios que o clero e a nobreza desfrutavam e a instauração da igualdade civil.
O movimento teve o apoio dos burgueses, que viam a má administração como um empecilho para o desenvolvimento do capitalismo. Vários intelectuais também denunciavam a situação, e buscavam conscientizar as pessoas.
Causas da Revolução Francesa
*A crise financeira sofrida pelo país antes da revolução (uma das principais causas);
*Os envolvimentos da França na Guerra de Independência dos Estados Unidos, além da participação e derrota na Guerra dos Sete Anos;
*O regime político do país, que era governado pelo absolutismo do rei;
*A ascensão da classe burguesa, que desejava mais liberdade em relação ao comércio e o fim dos altos impostos;
*O movimento cultural e intelectual iluminista, que buscava a reforma social e o fim dos pensamentos medievais;
Origem dos termos DIREITA E ESQUERDA
As ideologias “esquerda” e “direita” foram criadas durante as assembleias francesas do século 18. Nessa época, a burguesia procurava, com o apoio da população mais pobre, diminuir os poderes da nobreza e do clero. Era a primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799).
Com a Assembleia Nacional Constituinte montada para criar a nova Constituição, as camadas mais ricas não gostaram da participação das mais pobres, e preferiram não se misturar, sentando separadas, do lado direito. Por isso, o lado esquerdo foi associado à luta pelos direitos dos trabalhadores, e o direito ao conservadorismo e à elite.
         Dentro dessa visão, ser de esquerda presumiria lutar pelos direitos dos trabalhadores e da população mais pobre, a promoção do bem estar coletivo e da participação popular dos movimentos sociais e minorias. Já a direita representaria uma visão mais conservadora, ligada a um comportamento tradicional, que busca manter o poder da elite e promover o bem estar individual.
Com o tempo, as duas expressões passaram a ser usadas em outros contextos. Hoje, por exemplo, os partidários que se colocam contra as ações do regime vigente (oposição) seriam entendidos como “de esquerda” e os defensores do governo em vigência (situação) seriam a ala “de direita”.
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
Independência dos Estados Unidos
Antes: a colonização
O processo de independência dos Estados Unidos começa bem antes, durante a época da colonização daquele território, no século XVII. A Inglaterra foi a responsável pela colonização e manteve os Estados Unidos formados por treze colônias, que foram divididas e colonizadas de duas formas:
*Colônias do Norte: colonizadas por protestantes europeus fugitivos de perseguições religiosas. Foi chamada de Nova Inglaterra e era uma colônia de povoamento (mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o mercado interno).
*Colônias do Sul: colonizadas apenas por ingleses e deveriam seguir o Pacto Colonial, eram uma colônia de exploração (latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para exportação e monocultura).
Causas da Independência dos Estados Unidos da América
O primeiro processo de independência de uma colónia deu-se no século XVIII, com a Guerra da Independência e a Declaração da Independência por parte dos habitantes das Treze Colónias.
As principais causas da independência são de diferentes tipos:
*Financeiros e Económicos:
O aumento de impostos aos colonos americanos, como forma de fazer face aos problemas financeiros da Grã-Bretanha resultantes da Guerra dos Sete Anos e da manutenção de grandes exércitos e de uma poderosa marinha militar.
O aumento de impostos sobre o melaço, o açúcar e o selo, entre outros.
O reforço do exclusivo colonial, aumentando as patrulhas de forma a impedir os colonos de fazer comércio com outros estados europeus (holandeses, espanhóis e franceses) e impedi-los de vender os seus produtos nas Antilhas, sem a aprovação da metrópole.
As Treze colónias tinham uma economia bastante produtiva e lucrativa, tendo nas colónias do Norte e do Centro uma forte indústria, uma agricultura rentável assim como um comércio e uma pesca lucrativas. As colónias do sul tinham uma economia mais baseada na agricultura, com grandes produções de cacau e algodão.
Políticas e Sociais:
As Treze Colónias tinham, cada uma delas, um parlamento local. Tal instituição tinha como objectivo reforçar a autonomia e o espírito empreendedor das colónias.
O Parlamento inglês recusou a presença de colonos americanos no Parlamento de Londres pelo que aumentou ainda mais a tensão nas colónias americanas.
As ideias iluministas influenciaram a revolução tendo criado nos colonos um espírito de união e de independência.
A sociedade das colónias americanas era marcada por uma forte burguesia com espírito empreendedor e com bastante instrução de modo que conheciam as ideias iluministas.
Todas estas causas vão terminar com os confrontos entre soldados ingleses e milícias americanas, tendo como fim a proclamação da independência das Treze Colónias Americanas, criando-se assim os Estados Unidos da América.
Conjuração Baiana x Inconfidência Mineira Diferenças e semelhanças
Tanto a Conjuração Baiana (1798) quanto a Inconfidência Mineira (1789) foram movimentos de contestação que ocorreram no final do período colonial, em um contexto de crise. Por vezes, chamamos esses movimentos de contestação de “emancipacionista” e esta é a primeira grande semelhança, mas temos outras: ambos foram influenciados pelo Iluminismo, pela independência dos Estados Unidos e pelas ideias republicanas; além disso, há também a questão dos altos impostos – cada movimento, à sua maneira, sofria com este problema.
Entre as diferenças, podemos observar a orientação dos movimentos, a Inconfidência Mineira foi um movimento elitista, já a conjuração Baiana tinha um caráter popular; na Bahia falava-se em abolição da escravidão, algo que não era cogitado pelos inconfidentes de minas.
Notamos, desse modo, que há muitas aproximações entre esses movimentos e isso pode ser entendido devido às diversas imposições da coroa portuguesa sobre a colônia, os problemas administrativos e intensa exploração dos colonos.
A Expansão Napoleônica, o Bloqueio Continental
*Napoleão e o Império –  Napoleão chegou ao poder através do golpe de 18 Brumário, em 1799, que pôs fim à Revolução Francesa ao dissolver o Diretório. A partir disso, foi concentrando o poder em suas mãos até que, em 1804, proclamou-se imperador da França.
*O Bloqueio Continental – Com a Revolução Francesa havia se iniciado uma longa luta entre a França revolucionária e os países absolutistas que se sentiam ameaçados pelo seu exemplo. Com a ascensão de Napoleão, essa luta ganhou um novo impulso. Em 1805, Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia uniram-se pela terceira vez contra a França, coligação que Napoleão desfez com relativa facilidade, mas não conseguiu vencer a Inglaterra. Esta, graças à sua posição insular e sua poderosa marinha, manteve-se intocável. Para fazer face ao poderio britânico, Napoleão decretou o Bloqueio Continental em 1806, fechando o continente europeu à Inglaterra. Ele procurou, assim, criar toda sorte de dificuldades econômicas, a fim de desorganizar a economia inglesa.
Todavia, o bloqueio contrariava também os poderosos interesses econômicos do continente e, logo de início, encontrou fortes oposições. Outra fragilidade do bloqueio encontrava-se no fraco desempenho das indústrias francesas, incapazes de ocupar o grande vazio deixado pelo súbito corte do fornecimento britânico. Além disso, os produtos coloniais, cuja distribuição era controlada pela Inglaterra, te­riam de encontrar substitutos adequados.
*Portugal e o bloqueio – A economia portuguesa havia muito se encontrava subordinada à inglesa. Daí a relutância de Portugal em aderir incondicionalmente ao bloqueio. Napoleão resolveu o impasse ordenando a invasão do pequeno reino ibérico. Sem chances de resistir ao ataque, a família real transferiu-se para o Brasil em 1808, sob proteção inglesa. Começou então, no Brasil, o processo que iria desembocar, finalmente, na sua emancipação política.
A Transferência da Corte para o Brasil
O duplo aspecto das guerras napoleônicas – As guerras napoleônicas (1805-1815) apresentaram dois aspectos importantes: de um lado, a luta contra as nações absolutistas do continente europeu e, de outro, contra a Inglaterra, por força das disputas econômicas entre essas duas nações burguesas.
As principais nações continentais - Áustria, Prússia e Rússia - foram subjugadas por Napoleão a partir de 1806, em razão da sua imbatível força terrestre. Entretanto, foi no confronto com a Inglaterra que as dificuldades tomaram forma, paulatinamente, até asfixiarem por completo as iniciativas napoleônicas.
Em 1806, apesar de o domínio continental estar aparentemente assegurado, a Inglaterra resistiu a Napoleão, favorecida pela sua posição insular e sua supremacia naval, sobretudo depois da batalha de Trafalgar (1805), em que a França foi privada de sua marinha de guerra.
Strangford e a política britânica para Portugal – Sem poder responder negativa ou positivamente ao ultimatum francês por ocasião do Bloqueio Continental, a situação de Portugal refletia com toda a clareza a impossibilidade de manter o status quo *. Pressionada por Napoleão, mas incapaz de lhe opor resistência, e também sem poder prescindir da aliança britânica, a Corte portuguesa estava hesitante. Qual­quer opção significaria, no mínimo, o desmoronamento do sistema colonial ou do que dele ainda restava. A própria soberania de Portugal encontrava-se ameaçada, sem que fosse possível vislumbrar uma solução aceitável. Nesse contexto, destacou-se o papel desempenhado por Strangford, que, como representante diplomático inglês, soube impor, sem vacilação, o ponto de vista da Coroa britânica.
Para a Corte de Lisboa colocou-se a seguinte situação: permanecer em Portugal e sucumbir ao domínio napoleônico ou retirar-se para o Brasil. Esta última foi à solução defendida pela Inglaterra.
A fuga da Corte para o Brasil – Indeciso, o príncipe regente D. João adiou o quanto pôde a solução, pois qualquer alternativa era danosa à monarquia.
Afinal, a iminente invasão francesa tornou inadiável o desfecho. A fuga da Corte para o Rio de janeiro, decidida na última hora, trouxe, não obstante, duas importantes conseqüências para o Brasil: a ruptura colonial e o seu ingresso na esfera de domínio da Inglaterra.
         Chegando ao Brasil, D. João estabeleceu a Corte no Rio de janeiro e em 1808 decretou a abertura dos portos às nações amigas, pondo fim, na prática, ao exclusivo metropolitano que até então restringia drasticamente o comércio do Brasil. Promoveu a montagem, de um aparelho governativo no Brasil, pela transferência de órgãos administrativos e a criação de indústrias.
Revolução Pernambucana de 1817
A Revolução Pernambucana foi um movimento social (revolta) de caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. É considerado um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro.
 Causas
- Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos; Gerando assim um sentimento antilusitano.
- Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil;
- Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons;
 - Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região;
 - Fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816.
 Objetivo
         O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição.
 Como foi a revolta
Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o governador.
Após dominar a cidade de Recife, os revoltosos implantaram um governo provisório. Para conquistar o apoio popular, o governo provisório abaixou impostos, libertou presos políticos e aumentou o salário de militares.
Os rebeldes enviaram emissários para outras províncias do norte e nordeste para derrubar os governos e ampliar a revolução. Porém, sem apoio popular significativo, estes movimentos não avançaram.
Repressão do governo e fim da revolta
Preocupado com a possibilidade de ampliação da revolta para outras províncias, D.João VI organizou uma forte repressão militar contra os rebeldes de Pernambuco. As tropas oficiais cercaram Recife. Os embates duraram 75 dias, resultando na derrota dos revoltosos. Os líderes foram presos e condenados à morte.
REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO
         A Revolução Liberal do Porto foi um movimento político, ocorrido em Portugal no ano de 1820, de caráter liberal e antiabsolutista. Ele foi importante, pois teve consequências tanto em Portugal, quanto no Brasil. Foi organizado por políticos liberais e militares portugueses, tendo o Levante do Porto (24 de agosto de 1820) seu momento de início. Contou também com a participação de integrantes do clero, da nobreza e de pessoas do povo. Teve a cidade do Porto como ponto de partida, porém, rapidamente ganhou força em Lisboa e chegou a outras cidades portuguesas.
Em 28 de setembro de 1820, os governos de Lisboa e Porto uniram forças – foi formada uma Junta Provisória - para dar início a organização das eleições para formar as Cortes Constituintes, que teve a missão de formular a primeira Constituição de Portugal.
Objetivos principais
 - Forçar o retorno da corte, que estava no Brasil desde 1808, para Portugal.
 - Diminuir a influência britânica em Portugal.
 - Adotar medidas para recolonizar o Brasil, restabelecendo o Pacto Colonial (Brasil deveria voltar a comercializar exclusivamente com Portugal).
 - Enfraquecer o movimento pró-independência que crescia a cada dia no Brasil.
 - Substituir o regime absolutista pela monarquia constitucional, com uma Constituição de caráter liberal.
 Consequências:
 - Retorno, em 1821, da corte para Portugal. Porém, D. Pedro I ficou no Brasil como príncipe regente.
 - Fim do governo absolutista em Portugal e instalação de um regime político constitucional com preponderância política do poder legislativo.
 - Os portugueses colocaram em prática o plano para recolonizar o Brasil, tentando fazer com que D. Pedro I fosse para Portugal. A tentativa foi frustrada em 7 de setembro de 1822, quando ocorre a Proclamação da Independência do Brasil.
 - Em 23 de setembro de 1822, foi promulgada a Constituição Portuguesa, que acabou com o absolutismo e implantou em regime baseado na monarquia constitucional. Ela foi de grande importância para a implantação da democracia em Portugal.
Constituição de 1824
Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava o poder do imperador.  Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de sua confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou da redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de imperador.
         A primeira Constituição brasileira foi outorgada, por D. Pedro I, em 25 de março de 1824.
 Principais características da Constituição de 1824:
 - Concentrava poderes nas mãos do imperador, através do poder moderador.
- Só os ricos podiam votar, pois o voto era baseado em renda. Este sistema eleitoral excluiu a maioria da população brasileira do direito de escolher seus representantes.
- Igreja subordinada ao Estado.
- Manutenção do sistema que garantia os interesses da aristocracia.
O que ficou determinado pela Constituição de 1824:
- O Brasil seguiria o regime político monárquico, sendo que o poder seria transmitido de forma hereditária.
- O poder moderador, exercido pelo imperador, estava acima dos outros poderes. Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo brasileiro.
- Voto censitário, ou seja, para poder votar e se candidatar a pessoa deveria comprovar determinada renda.
- Estabeleceram os quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador.
- Estabeleceu a Igreja Católica como religião oficial do Brasil. A Igreja ficou subordinada ao Estado.
- Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador.
- Poder executivo exercido pelo imperador e ministros de Estado.
- Deputados e senadores seriam os responsáveis pela elaboração das leis do país, que seriam executadas pelo poder executivo.
- Manutenção da divisão territorial nacional em províncias.
- O imperador tinha o direito de não responder na justiça por seus atos.
- Estabelecimento de garantias e direitos individuais.


Confederação do Equador
A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. O movimento teve caráter emancipacionista e republicano. Ganhou este nome, pois o centro do movimento ficava próximo a Linha do Equador. A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba).
Em Pernambuco, centro da revolta, o movimento teve participação das camadas urbanas, elites regionais e intelectuais. A grande participação popular foi um dos principais diferenciais deste movimento.
Causas principais
- Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824;
- Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após a independência;
- A elite de Pernambuco havia escolhido um governador para a província: Manuel Carvalho Pais de Andrade. Porém, em 1824, D.Pedro I indicou um governador de sua confiança para a província: Francisco Paes Barreto. Este conflito político foi o estopim da revolta.
Objetivos da revolta
- Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Constituição de caráter liberal;
- Diminuir a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais;
- Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;
- Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo central imperial;
- Formação de um governo independente na região.
Reação do governo e fim do movimento
- Sob o comando do almirante britânico Thomas Cochrane, as forças militares do império atuaram com rapidez e força para colocar fim ao movimento emancipacionista. Um dos principais líderes, Frei Caneca, foi condenado ao fuzilamento. Padre Mororó, outra importante liderança, foi executado a tiros. Outros foram condenados à prisão como foi o caso do jornalista Cipriano Barata. Muitos revoltosos fugiram para o sertão e tentaram manter o movimento vivo, porém o movimento perdeu força no mesmo ano que começou.
Período Regencial
O Período Regencial é uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).
Crise politica
A crise política deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo entre diversos grupos políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder); Moderados (voto só para os ricos e continuação da Monarquia) e Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto para todas as pessoas).
Revoltas
As revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e serem atendidas pelo governo.
Principais revoltas do período:
- Cabanagem (1835 a 1840) – motivada pelas péssimas condições de vida em que vivia a grande maioria dos moradores da província do Grão-Pará.
- Balaiada (1838 – 1841) – ocorreu na província do Maranhão. A causa principal foi a exploração da população mais pobre por parte dos grandes produtores rurais.

- Sabinada (1837-1838) – ocorreu na província da Bahia. Motivada pela insatisfação de militares e camadas médias e ricas da população com o governo regencial.

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