REVISÃO 2ª UNIDADE PARA OS 3º ANOS HISTÓRIA
O
Entre Guerras (1918-1939) pode ser considerado, no seu conjunto, como um
período de crises econômicas. As perdas humanas e materiais e o endividamento
dos governos, provocado pela longa duração da guerra, debilitara as economias
europeias, enquanto os Estados Unidos se tornaram o principal financiador
dessas economias e o maior país exportador de bens para os países europeus.
Autoritarismo
– Sistema de governo autoritário, ele impõe as leis e limita a liberdade das
pessoas.
Totalitarismo
– É um regime extremo. A intervenção das pessoas é a máxima possível. As
relações sociais são regradas, o cotidiano é rigidamente policiado. A
propaganda ideológica do regime é intensa, a imprensa, a cultura e o sistema
educacional são diariamente controlados.
Fascismo
– Surgiu na Itália pós 1ª Guerra com Benito Mussoline no poder após forçar o
rei da Itália a acabar com a monarquia. Durou até o final da 2ª Guerra Mundial.
Nazismo
– Surgiu na Alemanha também no pós 1ª Guerra e teve impulso com a fragilidade e
o desemprego do povo alemão que acreditou nas ideias de purificação da raça,
instaurado por Adolf Hitler. O mesmo pregava que deveria haver a morte de todos
os inimigos da raça, os deficientes e os judeus. Com isso ele eliminou milhões
de pessoas com seu regime totalitário, graças à teoria do Arianismo que
afirmava a superioridade dos indivíduos de aparência loira e de olhos claros.
O
Tratado de Versalhes foi o acordo diplomático que pôs fim à Primeira Guerra
Mundial, pelo qual a Alemanha foi obrigada a ceder sua principal área
industrial (o Ruhr), as províncias da Alsácia e Lorena (obtidas na Guerra
Franco-Prussiana de 1871) e teve
estabelecidas limitações ao tamanho das forças militares de que poderia dispor.
A rigidez dessas condições tornou a paz politicamente inaceitável para o povo
alemão e foi uma das causas da ascensão do nazismo.
A
crise econômica europeia após a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa e a
ascensão dos movimentos comunistas provocaram o medo nas camadas burguesas e
conservadoras italianas e alemãs, que passaram a apoiar regimes repressores de
caráter centralizador. Na Alemanha, esse quadro foi agravado ainda mais pela
crise de 1929.
A
produção em série, a padronização e a racionalização elevaram a produtividade industrial,
nos anos 20, fazendo crescerem os lucros, os investimentos e as fábricas (60%
no EUA). O mercado consumidor europeu, entretanto, passou não absorver a produção industrial americana,
fazendo os produtos encalharem nas prateleiras.
A
crise culminou com a chamada “quinta-feira negra” (24 de outubro de 1929),
quando a Bolsa de Nova York “quebrou”. Essa quebra deveu-se à perda de valor
das ações das empresas que estavam sendo artificialmente elevado por
especulações alimentadas pela inflação monetária, resultado das facilidades de
crédito e pelo desenvolvimento dos trustes, que investiam na compra de títulos,
interessados numa alta. O New Deal
propunha a geração de empregos por meio da realização de grandes obras públicas
e o subsídio governamental aos pequenos proprietários criado pelo presidente americano
Franklin Delano Roosevelt.
Os
termos dos tratados de paz assinados ao fim da Primeira Guerra Mundial que
favoreceram o recrudescimento (renovação com maior intensidade) do nacionalismo
exacerbado e do revanchismo, as consequências da crise de 1929, a descrença nas
instituições liberais e a ascensão dos regimes totalitários como o nazismo e o
fascismo foram alguns dos fatores que contribuíram para a eclosão da Segunda
Guerra Mundial.
Getúlio
Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou
o governo de Washington Luís (que quebrou a aliança feita como os mineiros –
café com leite – indicando o paulista Júlio Prestes como seu sucessor). Seus
quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e
populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o
Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes
ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora.
Criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar
manifestações contrárias ao seu governo. Perseguiu opositores políticos,
principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário, esposa do líder
comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.
Vargas
criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação
das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também
são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48
horas e as férias remuneradas.
GV investiu
muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional
(1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco
(1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar. E também foi
durante seu governo que o voto da mulher foi instituído.
As causas da Segunda
Guerra Mundial
Um conflito
desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que
vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa
e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais
importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos
totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha
surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território
Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,
inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na
Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que
se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália
quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de
1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos
governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na
criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra,
navios, tanques etc).
Na Ásia, o
Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios
vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas,
uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e
com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O
marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a
Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De
acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se
dois grupos: Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos)
e Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
O
período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças
armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia,
Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria,
enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
Em 1941 o Japão ataca a base militar
norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato,
considerado uma traição pelos norte-americanos, os Estados Unidos entraram no
conflito ao lado das forças aliadas.
De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo,
iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste
período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas.
Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
O Brasil participa diretamente por influência
dos Estados Unidos com a proposta de uma compensação financeira que viria através
de investimentos na indústria brasileira. Foi enviado para a Itália (região de
Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de
25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória
ao lado dos Aliados.
Este
importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da
Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda
sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre
as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte
de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição
nestas cidades.
Os
prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram
milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais
arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma
ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos
de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do
conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo
objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também
um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos,
Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo
norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar
suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
Podem ser apontados como fatos marcantes do
Pós-Segunda Guerra Mundial o processo de descolonização da Ásia e da África. )
As origens da Guerra Fria relacionam-se com a eclosão de revoluções socialistas
em Cuba, na Coréia e no Vietnã do Norte, que ameaçam a presença econômica
americana na Indochina e na América Latina. A intervenção dos Estados
Unidos da América no Vietnã, no contexto dos conflitos militares da Guerra
Fria, tinha como propósito ) evitar a reunificação do Vietnã sob o poder do
governo socialista do Norte, o que representaria a ampliação da zona de
influência soviética.
Chama-se Guerra Fria ao conjunto de tensões entre Estados Unidos e
União Soviética, resultante da disputa, entre ambas, por uma posição hegemônica
no contexto internacional do pós Segunda Guerra Mundial.
Foi
na Conferência de Bandung, ocorrida em 1954, foi um momento importante na
reafirmação dos países africanos, latino-americanos e asiáticos nas relações
internacionais. Dentre as várias teses
apresentadas, inclui-se a do Terceiro – Mundismo.
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