PRIMEIROS
POVOS AMERÍNDIOS
Antes que os europeus chegassem às terras que
denominaram América, diferentes povos com culturas também distintas habitavam
este território.
O longo processo evolutivo, que se realizou na África,
culminou com a aparição do homem na Terra (o chamado gênero 'Homo'), a partir
de um ancestral comum ao homem e aos macacos antropoides. O 'Homo erectus' e o
'Homo ergaster' migraram da África, há pelo menos um milhão de anos e povoaram
a Ásia. O 'Homo antecesor' iniciou o povoamento da Europa, há 800.000 anos. Há
100.000 anos, o homem de Neandertal ocupava também a Europa e a Ásia Menor.
Todas essas espécies extinguiram-se, restando apenas o 'Homo sapiens' moderno,
única espécie sobrevivente, à qual todos
pertencemos. A América, antes dos descobrimentos dos espanhóis e portugueses, já
estava povoada por numerosos grupos humanos de diferentes culturas, embora
todos pertencessem à mesma espécie humana, a do 'Homo sapiens' moderno. Os
primeiros homens que povoaram a América, chegaram desde a Ásia, através do
Estreito de Bering.
Nas sociedades quer praticavam a agricultura, além da
caça e da pesca, as tarefas cotidianas distribuíam-se de acordo com o sexo e a
faixa etária. As mulheres encarregavam-se das atividades domésticas, da coleta,
da agricultura e da produção de cestos e
outros artefatos, enquanto os homens se dedicavam à caça, à pesca, à derrubada de árvores e
preparação das terras para o cultivo e também à guerra.
Entre os principais povos agricultores da América do
Norte estão os Sioux que plantavam
principalmente o milho mas dependiam principalmente da caça do bisão e do
búfalo. Já na América do Sul os tupis-guaranis podiam ser encontrados desde o
litoral norte até o Rio da Prata. Os Tupis dividiam-se em tupinambás, caetés,
potiguares e outros. O cultivo da mandioca, da batata-doce, da araruta, do
milho e do feijão era a base alimentar dos povos americanos.
Um dos costumes indígenas que horrorizou os europeus
foi o ritual antropofágico, praticado entre os tamoios e outros grupos
tupis-guaranis como os tupinambás. Não se tratava, porém, de uma evidência de
extremo primitivismo: comer a carne de
um guerreiro inimigo capturado em combate tinha um significado místico
arraigado na cultura das comunidades ameríndias. Entre os tupis, os festins
canibais eram desdobramentos das guerras.
INCAS
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado
um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres
(governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média (
funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa
(artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao
rei em mercadorias ou com trabalhos em
obras públicas.
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes
(América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século
XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos
espanhóis em 1532.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus
Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o
jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de
tudo).
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com
enormes blocos de pedras encaixadas,
como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente
em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A
agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços
(degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho
(alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso
dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de
ouro, prata, tecidos e joias.
MAIAS
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que
favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo
político e religioso da civilização e eram governadas por um estado
teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
O povo maia habitou a região das florestas tropicais
das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual
México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os
séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização
maia.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam
em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os
365 dias do ano.
A base da economia maia era a agricultura,
principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram
muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no
interior do império. Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um
grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de
tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
ASTECAS
O sistema político era uma monarquia, em que o
governante máximo era o Chefe dos Guerreiros (Tlacatecuhtli), com poder militar
e de política externa. Os povos dominados pelos astecas mantinham certa
independência tendo, no entanto, que pagar pesados tributos, estando sempre
prontos a revoltar-se. Isso ajuda a entender a relativa facilidade que teve
Cortez para conquistar o México.
O Império Asteca se estendia do México à Guatemala e
do Atlântico ao Pacífico, reunindo inúmeras tribos vizinhas subjugadas pela
violência e obrigadas a pagar tributos, além de sofrerem constantes violências
com as chamadas “guerras floridas” usadas pelos astecas para encontrar gente
para sacrifícios humanos dedicados a aplacar a ira dos seus deuses.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos
deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por
uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O
calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram
diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Os astecas foram grandes arquitetos
e escultores, possuíam um sistema de escrita e um sistema numérico vigesimal,
contando ainda com um calendário solar de 18 meses de 20 dias complementados
com mais 5 dias. Um período de 52 anos completava um ciclo.
PRINCIPAIS
REINOS AFRICANOS
IMPÉRIO
DE GANA
Conhecido
como Império do Ouro, seu povo dominava técnicas de mineração e usava
instrumentos como a bateia, importante para o avanço do ciclo do ouro no
Brasil.
IMPÉRIO
DE MALI
As
cidades de Gao, Djenne e Tombuctu localizavam-se `s margens do Rio Niger e
tornaram-se importantes centros mercantis e políticos do Mali. Tombuctu era um
dos importantes polos culturais do continente africano graças a vastas
bibliotecas e magníficas mesquitas.
Reinos
iorubas
Os
iorubas eram povos que compartilhavam língua e cultura semelhantes e habitavam
a região sudoeste da atual Nigéria e o sudeste do atual Benin. Os iorubas
constituíram sociedades tipicamente urbanas, detentoras de economias
diversificadas e ofícios especializados. Esses povos criaram importantes
microestados e reino. A maioria dos escravos trazidos para a Bahia era de
ascendência ioruba (também conhecidos como nagôs). Trouxeram também a
influência da religião com os Orixás.
Povo
Banto
Dentre
os milhões de africanos que vieram para o Brasil como escravos, boa parte deles
pertencia ao povo banto. Eles se concentravam em regiões de produção de açúcar,
onde reproduziam sua organização, arte e visão de mundo.
REINO
DO CONGO
Introduziram
na nossa lavoura a enxada, uma espécie de arado e diversos tipos de machados
que serviam para tanto cortar madeira
como para uso em guerras. O seu
rei iniciou um processo de assimilação da cultura portuguesa e de
estreitamento de relações diplomáticas e econômicas em uma tentativa de
“aportuguesamento”.
Formação
das Capitanias Hereditárias
Entre
os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra
brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado
de Tordesilhas. Estas enormes faixas de terras, conhecidas como Capitanias
Hereditárias, foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que
recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar,
colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater
os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca
destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como
a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região.
Estes
territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai
para filho. Fato que explica o nome deste sistema administrativo.
As
dificuldades de administração das capitanias eram inúmeras. A distância de
Portugal, os ataques indígenas, a falta de recursos e a extensão territorial
dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de
Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando. Desta forma, em 1549, o
rei de Portugal criou um novo sistema administrativo para o Brasil: o Governo-Geral.
Este seria mais centralizador, cabendo ao governador geral as funções antes
atribuídas aos donatários.
Embora
tenha vigorado por pouco tempo, o sistema das Capitanias Hereditárias deixou
marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das
terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo.
Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes
propriedades rurais.
Principais
Capitanias Hereditárias e seus donatários: SãoVicente (Martim Afonso de Sousa),
Santana, Santo Amaro e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa); Paraíba do Sul (Pêro
Gois da Silveira),Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho), Porto Seguro (Pêro
de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo Correia), Bahia (Francisco
Pereira Coutinho). Pernambuco (Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de
Barros), Baía da Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da,Cunha e
Fernando Álvares de Andrade).
Invasão holandesa no Brasil, conquista e administração
A invasão holandesa fez parte do projeto da Holanda
(Países Baixos) em ocupar e administrar o Nordeste Brasileiro através da
Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.
Após a União Ibérica (domínio da Espanha em Portugal
entre os anos de 1580 e 1640), a Holanda resolveu enviar suas expedições
militares para conquistarem a região nordeste brasileira. O objetivo holandês
era restabelecer o comércio do açúcar entre o Brasil e Holanda, proibido pela
Espanha após a União Ibérica.
A primeira expedição invasora ocorreu em 1624 contra
Salvador (capital do Brasil na época). Comandados por Jacob Willekens, mais de
1500 homens conquistaram Salvador e estabeleceram um governo na capital
brasileira. Os holandes foram expulsos no ano seguinte quando chegaram reforços
da Espanha.
Em 1630, houve uma segunda expedição militar
holandesa, desta vez contra a cidade de Olinda (Pernambuco). Após uma
resistência luso-brasileira, os holandeses dominaram a região, estabeleceram um
governo e retomaram o comércio de açúcar com a região nordestina brasileira.
Em 1637, a Holanda enviou o conde Maurício de Nassau
para administrar as terras conquistadas e estabelecer uma colônia holandesa no
Brasil. até 1654, os holandeses dominaram grande parte do território
nordestino.
Expulsão
dos holandeses
O período de domínio não foi tranquilo para os
holandeses. Muitas revoltas aconteceram, principalmente devido aos altos
impostos cobrados pelos holandeses. Após muitos movimentos de resistências e
revoltas, Nassau deixou seu cargo no ano de 1644. Com a saída de Nassau, os
portugueses perceberam que era o momento de reconquistar o nordeste brasileiro.
Tiveram vitórias contra os holandeses nas batalhas de Monte das Tabocas e na de
Guararapes.
Em 1654, após muitos guerras e conflitos, finalmente
os colonos portugueses (apoiados por militares de Portugal e Inglaterra)
conseguiram expulsar definitivamente os holandeses do território brasileiro e
retomar o controle do Nordeste Brasileiro.
Principais aspectos da administração de Nassau no
Nordeste do Brasil:
-
Estabeleceu relações amigáveis entre holandeses e senhores de engenho
brasileiros;
-
Incentivou, através de empréstimos, a reestruturação dos engenhos de açúcar do
Nordeste;
-
Introduziu inovações com relação à fabricação de açúcar;
-
Favoreceu um clima de tolerância e libertade religiosa;
-
Modernizou a cidade de Recife, construíndo diques, canais, palácios, pontes e
jardins.
-
Estabeleceu e organizou os sistemas de coleta de lixo e os serviços de
bombeiros em Recife.
-
Determinou a construção em Recife de um observatório astronômico, um Jardim
Botânico, um museu natural e um zoológico.
REVOLUÇÃO
FRANCESA
A França de 1780 tinha três
representantes da sociedade: o Clero, a Nobreza e o Terceiro Estado (composto
de burgueses, artesãos e proletários, no entanto quem sustentava
financeiramente estes dois primeiros era a burguesia que fazia parte do Terceiro
Estado e que não se conformava com esta condição pois tinha dinheiro e não
tinha poder.
Com o envolvimento da França na
independência dos Estados Unidos da América, a crise econômica agravou-se e o
Terceiro Estado foi obrigado a pagar mais imposto pois o Clero e a Nobreza não
queriam perder seus privilégios. Houve a convocação dos Estados Gerais com a
confirmação do aumento do pagamento de impostos para o Terceiro Estado, pois o
Clero e a nobreza se uniram contra eles. A burguesia não aceitou e pressionou o
rei a fazer a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte forçando a
formação de uma monarquia constitucional. A queda da Bastilha em 14/01/1789,
foi a maior prova da decadência do Antigo Regime e em agosto do mesmo ano foi
abolido o dízimo e todas as obrigações feudais que pesavam sobre os camponeses.
Em seguida aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que
estabelece a igualdade entre os homens.
Na Revolução Francesa, foi uma das
principais reivindicações do Terceiro Estado
a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da igualdade civil.
A Revolução Francesa representou um
marco da história ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao Antigo
Regime. Dentre as características da crise do Antigo Regime, na França, está a
crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia contra os
privilégios do clero e da nobreza.
A Revolução Francesa é um marco na
história da humanidade por ter produzido rupturas com o Antigo Regime. O fim da
servidão e dos privilégios feudais, a declaração dos direitos do homem e do
cidadão, o confisco dos bens do clero, a reforma do Exército e da Justiça.
NAPOLEÃO
BONAPARTE NO PODER
Ao assumir o poder com um golpe de
Estado, Napoleão Bonaparte prometeu aos franceses transformar a França na maior
potência mundial.
Ele chegou ao poder e era o único
homem capaz de recompor o país, aos olhos da burguesia. Jovem General, ele
abandonou seu exército em campanha no Egito e foi ovacionado pela população
quando chegou na França. No entanto ele tomou o poder num golpe conhecido como
18 Brumário (9 de novembro), no calendário criado pela revolução. A primeira
coisa que fez foi dissolver a Assembleia e aprovar uma outra constituição que
extinguiu o Diretório.
Napoleão sagrou-se Imperador da França
em 1804. Instituiu o Bloqueio
Continental. Durante o período napoleônico (1799-1815), esta medida teve
repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra em
1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses.
A era napoleônica (1799-1815)
caracterizou-se como um período de profundas transformações políticas e sociais
que consolidaram a hegemonia burguesa na França. A Promulgação do Código Civil
dos franceses foi uma delas.
O Congresso de Viena, de 1815, reuniu
representantes dos países europeus com o objetivo de reorganizar o mapa
político europeu e promover a paz entre os países beligerantes (ou seja em
guerra).
A Lei Eusébio de Queiróz foi uma modificação que
ocorreu em 1850 na legislação escravista brasileira. A lei proibia o tráfico de
escravos para o Brasil. É considerado um dos primeiros passos no caminho em
direção à abolição da escravatura no Brasil.
A
Guerra da Secessão
A Guerra de Secessão foi um conflito militar que
ocorreu nos Estados Unidos, entre os anos de 1861 e 1865. De lado um ficaram os estados do sul contra os estados
do norte.
Causas:
Os estados do sul tinham uma economia baseada no
latifúndio escravista e na produção, principalmente de algodão, voltada para a
exportação. Enquanto isso, os estados do norte defendiam a abolição da
escravidão e possuíam suas economias baseadas na indústria. Esta diferença de
interesses deflagrou o conflito.
Guerra
O conflito teve inicio em 1861 através de ações
militares do sul. Com duração de cinco anos, a guerra provocou a morte de
aproximadamente 600 mil pessoas. Os estados do norte, mais ricos e preparados
militarmente, venceram e impuseram seus interesses sobre o país.
Consequências
-
A escravidão foi abolida, atendendo aos interesses dos estados do norte. Apesar
disso, os negros não tiveram nenhum programa governamental que lhes garantissem
a integração social. Após a liberdade, foram marginalizados pela sociedade.
-
A região sul foi ocupada militarmente até o ano de 1877.
-
O processo de industrialização do norte intensificou-se ainda mais, gerando
mais riqueza na região. Por outro lado, o sul passou por uma crise, perdendo
influência política.
Segundo
Reinado
A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa
entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os
mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste período o imperador escolhia o
presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía
maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de
votos e até atos violentos para garantir a eleição.
Término
da Guerra dos Farrapos
Quando assumiu o império a Revolução Farroupilha estava
em pleno desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade de a região sul
conseguir a independência do restante do país. Para evitar o sucesso da
revolução, D.Pedro II nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias
utilizou a diplomacia para negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845,
obteve sucesso através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na
Revolução Farroupilha.
Revolução
Praieira
A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e
federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e
1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a
última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos
liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.
Guerra
do Paraguai
Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice
Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os
anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína.
Ciclo
do café
Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o
principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no
mercado interno.
Os fazendeiros (barões do café), principalmente
paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida
Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida
na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro,
favorecendo o processo de industrialização do Brasil.
Imigração
Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos,
chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de
1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido
as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho
nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do
Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.
Questão
abolicionista
-
Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no
Brasil
-
Lei do Ventre Livre (1871): tornou livres os filhos de escravos nascidos após a
promulgação da lei.
-
Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos
de idade.
-
Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
Crise
do Império
A crise do 2º Reinado teve início já no começo da
década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:
-
Interferência de D.Pedro II em questões religiosas, gerando um descontentamento
nas lideranças da Igreja Católica no país;
-
Críticas e oposição feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que se
mostravam descontentes com a corrupção existente na corte. Além disso, os
militares estavam insatisfeitos com a proibição, imposta pela Monarquia, pela
qual os oficiais do Exército não podiam dar declarações na imprensa sem uma
prévia autorização do Ministro da Guerra;
-
A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais,
jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e
maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais
republicanos, esta classe social passou a apoiar a implantação da República no
país;
-
Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do
Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande
poder econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam
insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em
contratar mão-de-obra remunerada.
Fim
da Monarquia e a Proclamação da República
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da
Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu
presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando
a República no Brasil e instalando um governo provisório.
No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família
imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República
Brasileira
Nenhum comentário:
Postar um comentário